PARA LAVAR A ALMA


Com direito a expulsão e pênalti em desfavor do Flamengo, Furacão bate o time carioca pelo placar de 3 a 0 

Foto: José Tramontim/Athletico Oficial

Se alguém afirmasse, ainda que em sã consciência e a plenos pulmões, e com a certeza de quem voltou do tempo futuro para contar um fato histórico, que em uma mesma partida o Flamengo teria um jogador praticamente intocável expulso, e um pênalti marcado a seu desfavor, ninguém acreditaria.

Mais do que a surpreendente vitória por 3 a 0 em solo capixaba e com uma maioria flamenguista na arquibancada, a noite de quarta-feira (13) reservou surpresas para o Furacão, que nem o mais otimista dos torcedores pensaria.

É bem verdade que o Flamengo não vem em boa fase depois da desclassificação na Libertadores e questões internas. Mas é mais verdade ainda, que o Athletico também não vem em boa fase, já que o fato de ser a equipe brasileira com mais jogadores convocados para suas respectivas Seleções para a Data FIFA não reflete o que se vê em campo. 

Adicione-se a isso o descontentamento com os mandos de Wesley de Carvalho – e suas entrevistas coletivas que mais parecem reunião de coach – e a eliminação da Copa do Brasil para este mesmo Flamengo, e teremos o puro suco do negativismo futebolístico, no melhor estilo “hoje qualquer empate é goleada”.

Mas não foi isso que aconteceu em Cariacica, pela 23ª rodada do Brasileirão, porque, mesmo enfrentando desfalques importantes, o Athletico venceu. E venceu jogando muito bem.

Os primeiros 10 minutos de jogo foram de pressão do Flamengo e desacerto do Furacão. Léo Linck precisou agir e já de início fez importantes defesas, garantindo a meta do paranaense. Mas depois, um equilíbrio tomou conta da partida e, por muito pouco, Vitor Bueno e Cuello desperdiçaram suas chances.

Mas aquela era noite de Furacão, e, após uma jogada originada do tão odiado “escanteio curto”, a bola sobrou para Vitor Bueno, que não tomou conhecimento e meteu para o gol. Matheus Cunha deu o rebote, e o zagueiro Cacá não desperdiçou, abrindo o placar em Cariacica.

Quando se achava que o Flamengo viria mais forte para a segunda etapa, não foi bem o que aconteceu, com o Athletico sendo mais efetivo e levando maior perigo de gol. Aos 20 minutos, Gabriel Barbosa foi expulso por agressão. É claro que o lance demandou revisão pelo VAR, mas a “braçada” violenta em Cuello foi bastante descarada e, desta vez, a arbitragem teve peito de fazer o certo e mandar o atacante para o chuveiro mais cedo.

Aos 37 minutos, Alex Santana ampliou a vantagem em uma bela sapatada. E apesar de uma expulsão e uma vitória por 2 a 0 estarem de bom tamanho àquela altura, Rômulo foi derrubado por Everton Ribeiro e a arbitragem de imediato assinalou a penalidade máxima. Vitor Bueno que, aliás, comandou o meio de campo, converteu, fechando o caixão em 3 a 0 para o Athletico.

A vitória veio para lavar a alma do atleticano que não via um placar positivo há quase um mês, e, de quebra, para vingar – ainda que de forma muito suave – as últimas eliminações dolorosas para o rubro-negro carioca.

O próximo adversário do Athletico será o Internacional, em jogo que acontece na Arena da Baixada na próxima quinta-feira (21).

Por Daiane Luz 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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