Galo joga bem e na estreia da nossa casa vence o Santos por 2×0
Afirmo com toda certeza que, o dia 27/08/2023 se tornou uma data especial para toda geração atleticana. Do mais novo, que está entendendo agora o que é esse sentimento pelo Atlético, até o mais velho de caminhada, que já vivenciou altos e baixos do clube mas continuou fiel, “uma vez até morrer”!
Confesso que ainda não caiu a ficha de que agora temos nossa casa, nosso terreiro, o poleiro do Galo. Até gostamos dos momentos de glórias vividos no Mineirão – nosso salão de festas, e no Horto, com a famosa alcunha “caiu no Horto, ‘tá morto”. Porém, nada como a nossa casa, nada melhor que a nossa casa!
Dificilmente você irá achar um torcedor alvinegro que tenha conseguido dormir na véspera desse jogo, seja quem iria à Arena ou quem iria assistir de casa, o sentimento de ansiedade, nervosismo, aflição e todos os outros possíveis sintomas eram os mesmos em todos. As horas deste domingo custaram a passar, chegava a próxima Copa do Mundo mas nada das 16:00, nada da hora do confronto diante o Santos.
O entorno da Arena estava lotado desde cedo, a Galo TV fez uma cobertura maravilhosa desde às 10:30, e a torcida contava os minutos para a bola rolar. Além da festa de inauguração, o clube aproveitou também para erguer diante a torcida o troféu do Campeonato Brasileiro, vencido em 1937, mas que só foi validado pela CBF na última sexta-feira (25), tornando o Galo TRIcampeão da competição.
Apesar de controversas na escalação, Felipão mandou a campo um Atlético com força máxima e com surpresas entre os 11 iniciais, como a titularidade do meia Pedrinho e o retorno de Mariano na lateral. Quando a bola rolou, o elenco atleticano pressionou o adversário e quase abriu o placar com menos de 10′ de jogo, com Hulk e Paulinho, no entanto, os chutes pararam em boas defesas de João Paulo.
Melhor na partida, o gol alvinegro viria em questão de minutos. E veio aos 12′, em um belíssimo lançamento de Pedrinho para o Hulk, que dentro da grande área deu uma assistência de letra para o dono da 10 inaugurar o placar na casa nova, com um golaço e firmar seu nome ainda mais na história do clube. A torcida que já estava em festa, empurrou o time ainda mais em busca de ampliar o placar. Até conseguimos minutos depois, também com Paulinho, mas o VAR apontou impedimento no início da jogada e não validou o gol.
Com a mínima vantagem no placar, o elenco de Felipão simplesmente colocou os pés no freio e já não chegava à grande área adversária com perigo, o que fez o Santos gostar do jogo e criar várias chances, mas os deuses do futebol estavam a nosso favor e impediram qualquer gol do Peixe. Antes do intervalo ainda tivemos a chance de marcar o segundo gol com Guilherme Arana, mas infelizmente a bola parou novamente no goleiro rival.
Voltamos para a etapa final e, graças às muitas orações, o Galo voltou querendo jogo. O time da casa brincou de perder gols no início e novamente teve um gol anulado, dessa vez com o Bataglia. Anulação essa bastante discutível de uma arbitragem que marcava tudo a favor do Santos, amarelou meio time do Galo e não marcava nada a nosso favor.
O dia estava predestinado ao nosso amigo flecheiro, ao Paulinho, que aos 22′ balançou as redes novamente. Dessa vez, de cabeça em outra assistência de Hulk. E dessa vez não dava nem para o juiz dar o “migué” de anular. Apesar de passar o jogo sem balançar as redes, o incrível Hulk ainda mandou um balaço na trave, que se bobear está tremendo até agora. Praticamente no último minuto, foi a vez do Igor Gomes tentar marcar o dele, mas lá estava João Paulo novamente, e o placar fechou nos 2×0 para o time atleticano.
A etapa final foi toda do Galo, o time entendeu a importância desse jogo e todos jogaram muito bem, dando raça em cada lance. Vale destacar a grande partida de Pedrinho, que finalmente estreou com o manto alvinegro e fez o que quis no meio de campo, tomando conta mesmo. O camisa 10 e Hulk mostraram mais uma vez ao falso técnico que eles não podem de jeito algum jogar separados, os dois foram feitos para jogar juntos, lado a lado.
Calando a boca de muitos e principalmente de quem aproveita para ser racista e cometer intolerância religiosa disfarçada de críticas, que partidaça fez nosso amigo Paulo Henrique Sampaio Filho, como é bom pertencer ao fã clube do meu camisa 10 e entender que o problema nunca foi ele.
Mais uma vez, a torcida deu AULAS de arquibancada, ficando ainda mais comprovado que não se compara torcida em Minas Gerais, os mais de 30 mil torcedores presentes apoiaram durante todos os minutos de bola rolando, fizeram mosaico, subiram o famoso bandeirão e foram sem dúvidas o 12ª jogador.
Poderia ficar horas e horas procurando palavras para descrever toda a emoção deste jogo, o sentimento inenarrável de ver meu time inaugurando um baita estádio, com grandes estruturas para receber a massa alvinegra, mas nada que eu fale explicaria esse sentimento, só quem vive esse amor pela instituição Clube Atlético Mineiro e ama esse escudo consegue entender as lágrimas de vários torcedores tanto neste domingo, como ao longo da semana com vídeos e matérias preparadas pelo Galo nas redes sociais.
Estreia maravilhosa, digna do Atlético, que joga por terra toda essa zica de perder em inauguração de estádio e de ver o adversário marcar o primeiro gol. Que seja o primeiro triunfo de muitos na nossa casa, e que possamos ser muito felizes na Arena, o lar atleticano!
Com 30 pontos conquistados, o Galo pula para a 9ª colocação e já começa a sonhar com a parte de cima da tabela, para conquistar a vaga direta para a Libertadores, além de estar há apenas 15 pontos do número mágico contra o rebaixamento.
O elenco agora volta a campo no próximo sábado (2), contra o xará com “h”, na casa deles, às 16:00. Que possamos ver mais um belo jogo atleticano e que o time volte para a casa com os 3 pontos.
“E o Galo?! O Galo ganhô!!”
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo