MANIFESTAÇÃO, BOMBA, PROMESSA E PESCARIA!


No clássico do “salve-se quem puder”, melhor para o Corinthians que garante a pescaria na Vila Belmiro 

Rodrigo Coca

A noite da Fiel foi um misto de paz e tranquilidade que há muito não tínhamos. Em um clássico de equipes pressionadas, com seca de vitórias, vivendo sob manifestações das torcidas e com os treinadores balançando, o alívio – ainda que momentâneo, foi do Coringão. 2 a 0 fora de casa, selando o fim do jejum de Yuri Alberto, a primeira vitória longe de Itaquera pelo Brasileirão e a pescaria na Vila. 

A parada FIFA fez bem ao Corinthians – ou seria o protesto da Fiel na chega a Baixada? Eis a questão. Luxemburgo apostou na juventude alvinegra e a torcedora que vos fala explodiu de felicidade vendo Biro jogar. Ruan caiu como uma luva e Bidu tem demonstrado que não pode deixar a equipe titular. 

O time entrou em campo com outra postura e dominou a primeira etapa. Yuri Alberto estava sedento e por pouco não inaugurou o placar logo aos 4 minutos. Melhor para João Paulo, que fez uma grande defesa. O quase ainda foi maior: no rebote, o artilheiro Roger Guedes carimbou a trave. Uuuuuuuh….

O goleiro rival, inclusive, foi uma pedra no sapato do Corinthians. Mas a noite era nossa, era de espantar a zica e pagar promessas. Ruan Oliveira, iluminado, serviu bem Yuri Alberto que abriu o placar. A lei do ex segue implacável!

Pouco depois, a tal da lei do ex quis aprontar para cima do Coringão. Mendoza empatou, mas a bola havia batido no braço do atacante e o lance foi invalidado.

Como é que diz o ditado? Quem não faz toma! E assim, Ruan Oliveira, o melhor em campo, ampliou para o Timão em cobrança de falta.

Ruan foi o nome do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca

Com 2 a 0 no placar, o Corinthians jogou o segundo tempo fechadinho. Assim, Cássio foi brilhante e garantiu o placar. Yuri ainda cabeceou na trave e Gil desperdiçou.

Quando o jogo se encaminhava para o fim, cenas lamentáveis. Mais uma vez, a torcida do rival atirou rojões e sinalizadores em direção a Cássio. Na Copa do Brasil de 2022 havia acontecido a mesma coisa, além é claro da agressão, e a punição foi ridículo. E agora CBF? Vai passar pano de novo?

Diante da insegurança, a partida foi encerrada aos 44 do segundo tempo. Não havia segurança. Torcida depredando o estádio, jogadores escoltados. Rojões sendo atirados no campo. Corre corre.

E sabemos bem que se tivéssemos perdido, o protesto seria da Fiel. Ufa! Pelo menos um pingo de tranquilidade! E que vire rotina!

O camisa 9 atravessou o gramado de joelhos. Foto: Marcos Ribolli

Ainda deu tempo para o camisa 9 retornar ao gramado e pagar a promessa. Yuri atravessou o campo de joelhos, enquanto falava com sua família. Lágrimas e gratidão. Amém, amém e amém. Que Deus o abençoe, pois precisamos do nosso maior investimento bem, tinindo em campo. 

Por Mariana Alves

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo 


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