Galo esquece de entrar em campo e é eliminado da Copa do Brasil
É até difícil achar um jeito de falae no momento de mais puro ódio. Não se pode sequer para falar que a eliminação do Galo foi algo surpreendente, porque o time tem o prazer de ser pipoqueiro desde 1908.
Jogo de volta da Copa do Brasil em Itaquera, vantagem nossa por 2×0, e o Galo conseguiu a proeza de entregar os dois gols para o adversário, que só não fez mais porque não quiseram. O pior foi na hora das penalidades máximas: de 4 atletas na cobrança, apenas 1 acertou, e Everson não estava em noite de salvação, apesar de ter defendido um.
Foi cantada a bola que do outro lado não tinha time morto, que os cara estavam em casa e tinham Cássio debaixo das traves. Mas o Galo quis entrar em campo pique final de campeonato, solteiros x casados, e o adversário entrou querendo ganhar, jogando sério.
Entendo e respeito quem vê a culpa no Coudet por poupar o time, o que na verdade foi só o Hulk, porque de restante é cara que já teve seu momento de titularidade. Mas é importante lembrar que não foi Chacho que recuou uma bola medonha e bizarra na nossa grande área igual o Otávio, ocasionando o primeiro gol deles. Não foi Chacho que entrou em campo arrastando, nem querendo jogar, perdendo TODAS as bolas, jogando extremamente recuado, perdendo pênalti igual Hulk e Edenilson e tampouco foi o treinador que brincou de futebol americano igual o Battaglia.
Óbvio que o primeiro sentimento que fica é o ódio, a ira diante da comissão técnica e do elenco, mas é importantíssimo frisar que desmancharam o time campeão de 2021 e não trouxeram peças de reposição à altura. Mais uma vez ficou nítido que o time não sabe jogar sob pressão, e que com essa postura não chegará longe na Libertadores e nem brigará pelas cabeças no Brasileirão.
Não é hora de ter terra arrasada, até porque os outros campeonatos estão aí freneticamente e não teremos 7 dias de luto após a eliminação para nos recuperararmos. No entanto, precisamos cobrar de quem promete uns 3 Hulk’s e nos entrega um Edenilson. É preciso cobrar de quem entra em mata-mata como se fosse um jogo qualquer, contra um time qualquer.
Esse vexame não veio porque Coudet alterou a escalação. Otávio era titular. Lemos, que fez uma partida horrorosa, era titular e aclamado pela torcida, Patrick sempre jogou pelas laterais. Perdemos porque o time decidiu não jogar, decidiu pipocar e entregar gols ao adversário por pura caridade.
Segundo ano seguido caindo nas oitavas após fazer o resultado em casa e ir para o jogo de volta apenas para turistar, conhecer a famosa Avenida Paulista. Nada define mais o Atlético Mineiro do que umas pipocadas. Elenco medíocre, time apático dentro de campo.
Eliminação que veio como prato cheio para quem fez o Galo de palanque para briga de egos. Para quem vendeu uns 5 titulares, 3 reservas e 7 atletas da base na desculpa de que estamos sem dinheiro. Lembrando mais uma vez que não é terra arrasada, o time vinha apresentando bom futebol, mas clube sem planejamento e elenco escolhendo quando joga, não ganha muita coisa não, no máximo uns vexames como o desta quarta-feira.
Agora é se preparar o clássico deste final de semana contra os cara de azul. Jogo de 6 pontos para os dois times eliminados no primeiro mata-mata do ano. E para tirar esse clima eliminatório, nada melhor que vencer um clássico. Agora resta saber se os amigos de Eduardo Coudet vão querer jogar essa partida.
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
