Coritiba vai até Salvador enfrentar o Bahia e sai derrotado pelo placar de 3×1
As expectativas já eram baixas para mais um tormento, digo, rodada do Campeonato Brasileiro, a ÚNICA competição que resta ao Coritiba Football Club em 2023. Mas, o torcedor sempre tenta acreditar que algo será diferente, principalmente após ver uma mínima porcentagem de evolução da equipe no duelo contra o São Paulo, válido pela rodada anterior. “Opa, uma semana cheia de trabalho para o Zago, agora ele poderá conhecer bem o elenco e montar um time decente”. Não montou.
Neste domingo (7), o Coritiba foi até a linda Salvador enfrentar o Bahia, o mais novo integrante do grupo City, pela 4ª rodada do Brasileirão. O duelo foi na Arena Fonte Nova, às 16h. O resultado foi de 3×1 para o Tricolor Baiano, que alcançou a sua segunda vitória na competição. Já o Coxa, segue sem vencer e amarga a vice-lanterna, com apenas um ponto conquistado até então. Preocupante…
Afinal, como explicar o Coritiba? Uma equipe que teve o maior investimento até então comparado às temporadas anteriores, que teve um treinador apático substituído por um mais experiente, mas que aparentemente segue a mesma linha de raciocínio de António. Um time sem alma, sem vontade, pura preguiça e sem nenhuma qualidade. Após a partida deste domingo, não dá para defender ninguém. Uma equipe que parecia mais disputar uma competição de pescaria do que uma partida de futebol: um BANDO de bagres.
O JOGO
Tanto Coritiba, quanto Bahia buscavam o ataque logo no início, mas sem lances efetivos, pois ambos tentaram ser firmes na marcação. A preocupação do torcedor coxa-branca era a mesma de todos os últimos jogos: será que o time ia tomar gol antes dos 15 minutos? Pois bem, não tomou, mas marcou, aos exatos 16 minutos de jogo… porém, CONTRA. Em um ataque do time da casa, Matheus Bahia cruzou na pequena área, a bola bateu no goleiro Gabriel e em Victor Luis, que jogava improvisado novamente de terceiro zagueiro, e entrou. É meus amigos, quando a fase é ruim, o azar chama. 1×0 Bahia.
O Coritiba seguiu o primeiro tempo com um pouco mais de posse de bola, mas pecava e muito nas finalizações. O trio de ataque Manga – Kaio – Pinho vem devendo e muito, tanto que até agora nenhum deles marcou gol até o momento na competição.
Na volta para a segunda etapa, Zago resolveu mudar o time, sacando Rodrigo Pinho e colocando o meia Boschilia. Não foi a mudança que o torcedor queria, mas a alteração ajudou a equipe a enfim chegar ao empate, e foi dos pés dele, Gabriel Boschilia, que o time alviverde igualou o marcador, aos 17 minutos: o meia mandou de fora da área e marcou um golaço, sem chances para o goleiro do Bahia. 1×1.
Não preciso nem dizer aqui que a alegria de Coxa dura pouco, né? A nossa não durou nem dois minutos, porque o Bahia logo marcou o segundo, aos 19 minutos, com Biel, e o terceiro aos 22’, com David Duarte. 3×1 para os donos da casa.
Zago ainda tentou fazer algo, colocando o atacante Zé Roberto no lugar de Kaio César, e na sequência sacando Bruno Gomes e Natanael para as entradas de Matheus Bianchi e Marcos Vinicius. Mudanças tardias, que completaram com a entrada de Marcelino Moreno, a mudança que o torcedor pede há tempos, mas apenas aos 38 minutos de jogo, no lugar do “reestreante” zagueiro Henrique, que passou alguns meses no DM e substituiu Kuscevic, com lesão na coxa. As mudanças foram apenas para dar um sangue novo ao time, mas nada mais resolvia: o placar final foi de 3×1 para o Bahia, e o time alviverde chega ao décimo jogo sem vencer.
É cansativo criticar, cobrar, apoiar e não ver resultados. Cada vez mais difícil seguir com o apoio incondicional ao clube que não demonstra reciprocidade com o seu torcedor. Todos precisam e devem ser cobrados, e as atitudes de “time perdedor” precisam mudar, antes que seja tarde. Não podemos esperar um processo que é uma incógnita como a SAF, para poder reagir. A hora é AGORA!
Sem muito tempo para lamentações, o Coritiba já tem mais uma pedreira no meio de semana: recebe o Vasco na quinta-feira (11), às 19h, pela quinta rodada do Brasileirão, no estádio Couto Pereira. Mais uma vez, o torcedor fará sua parte, mas e o time, fará a dele quando?
REAGE, COXA!
Por Viviane Mendes, coxa doida de coração.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.