FALTOU PONTARIA, CAPRICHO E MALANDRAGEM


Em casa, o Colorado recebeu o Nacional-URU e deixou a vitória escapar nos acréscimos, outra vez

Foto: Reprodução/ CONMEBOL Libertadores 

Um dos duelos mais esperados dessa reta inicial de Libertadores se deu na noite desta quarta-feira (3), às 19h. O Inter recebeu os uruguaios do Nacional em uma verdadeira noite de copa. 

Brigando pela liderança do grupo B, o Inter de Mano Menezes iniciou a partida com uma intensidade ainda não vista até aqui: foram 30 minutos de bom futebol, e do primeiro ao último passe era nítido para quê o time entrou em campo: por uma vitória consistente. 

Aos 11’ ainda do primeiro tempo, a raça e luta gerou resultado, em um “inacreditável” gol de Gabriel Mercado que surgiu dentre a defesa uruguaia após uma cobrança perfeita de escanteio pelo camisa 11. Colorado à frente no placar. 

Mesmo com o gol no início de jogo, o time seguiu em cima enquanto as pernas responderam, mas as decisões erradas seguem sendo um ingrediente azedo dos resultados que ficam com aquele saber de “podia/quase”.

Aos 23 minutos, o garçom Wanderson optou por não fazer o que faz de melhor, servir, e mudou o rumo do jogo. A bola trabalhada entre ele e o camisa 35, chegou à frente e no segundo decisivo, Wandeco não serviu Alemão, que vinha livre de frente para o gol, mas o chute atravessou a área e saiu pelo fundo do campo. 

O gol que tinha tudo para ser perfeito e para dar ao Colorado maior estabilidade na partida ficou pelo caminho, pelas decisões impensadas e o erro custou bem caro. 

Não há time que suporte imprimir tamanha intensidade por uma partida inteira de futebol e aos poucos o Nacional foi absorvendo espaço. Se até então não havia feito uma única boa chegada à meta Alvirrubra, precisou somente de uma para deixar tudo igual. Aos 38 minutos, o empate chegou e com requinte, já que a bola rebateu na zaga colorada antes de estufar as redes. 

A segunda etapa voltou com menos “correria”, as pernas cobraram e o jogo ficou mais pelo meio de campo, com menos espaços para arriscar. Já aos 30 minutos da etapa complementar, Pedro Henrique chegou a ampliar o placar, mas a bola resvalou no braço de PH e o VAR invalidou o lance. 

A noite precisava de uma estrela e ela chegou do banco de reservas: aos 36′, Lucca veio para o jogo e precisou de dois toques na bola para servir Carlos De Pena de frente para o gol e deixar de novo o Clube do Povo à frente no placar. 

Com 2 a 1 e 40 minutos do segundo tempo, foi que faltou malandragem ao time do Inter, cadenciar a bola, morder o jogo, faltou ao time todo 2% da bagunça que Iarley fez na vida de Puyol lá no Japão. 

Foto: Jonathan Heckler

Do outro lado, sobrou oportunismo e sorte. Sorte do Nacional que o goleiro Colorado é Keiller, que outra vez aceitou levar um gol nos acréscimos. O empate amargurou toda a partida e roubou do Inter a possibilidade de ser líder do grupo. 

Pela Libertadores, o Colorado só volta a campo em mais de 20 dias, e se espera poder contar com o acréscimo de Charles Aranguiz até lá.

Fora das quatro linhas, a união entre Grêmio e Nacional-URU deu exemplos de o porquê ser tão simples. Mais de um torcedor dentre a torcida mista que se formou no espaço adversário entre torcedores gremistas e uruguaios, e mais de um caso de racismo foi identificado. Bananas erguidas, macacos sendo imitados em direção à torcida Colorada. Infelizmente vindo do lado de lá pouco surpreende, a essência de ambos se encontra na falta de caráter. 

Fotos: Reprodução internet

Vídeo: https://twitter.com/Infernodestino/status/1653934325287493635?t=1jIiFKDP4crW2bwhX713uA&s=19

Por Jéssica Salini

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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