Coritiba é derrotado para o Sport na Ilha do Retiro e dá adeus à Copa do Brasil
Mais um jogo, mais uma derrota. Está virando rotina quando se trata de Coritiba em campo. O torcedor segue sendo feito de palhaço, acreditando que o time vai evoluir, que vai ser diferente. Muda treinador, muda esquema tático, mas a postura em campo? Ah, essa não muda nunca.
Nesta quarta-feira (26), o Coritiba foi até Recife enfrentar o Sport, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. O time alviverde precisava vencer para avançar de fase, ou empatar para levar às penalidades, mas o resultado foi favorável aos donos da casa: 2×0 Sport – 5 a 3 no agregado -, que carimbou a classificação do time pernambucano para as oitavas de final.
Chega a ser cansativo e repetitivo vir aqui e falar que o time precisa mudar a postura de derrotado. Virou rotina levar gol no início, levar sempre mais de um gol nas partidas e sequer ter uma finalização decente. É inacreditável que o time intitulado com “maior investimento da história” apresente esse futebol pífio toda a partida.
Mais um ano sendo eliminado na terceira fase da Copa do Brasil. Foi assim em 2021, 2022 e agora. Dessa vez, contra um adversário que vem em boa campanha, mas figura na série B. No mais, parabéns ao Sport. Já para o Coritiba, atitudes precisam ser tomadas o quanto antes.
O JOGO
Em sua estreia oficial, Antonio Zago mexeu na formação do time, escalando a equipe com Victor Luis de zagueiro e com Jesús Trindade, após anos luz no banco de reservas, entre os titulares.
Expectativas foram criadas. Outra formação, treinador novo, será que agora iria? Pois bem, não foi. Vimos o mesmo filme de todos os últimos jogos: levar gol do adversário logo no início da partida. Aos 3 minutos, em mais uma falha do sistema defensivo alviverde, o Sport abriu o placar, após Luciano Juba cruzar na área e a bola encontrar Ewerton, que não desperdiçou. 1×0.
O gol foi um balde de água fria no time alviverde, mas, aos poucos, a equipe foi crescendo e manteve mais a posse de bola, principalmente pelas laterais e principalmente com Jamerson – uma das poucas peças desse elenco que vale ser exaltadas. Com o Coxa com mais posse de bola, o Sport teve que se fechar e jogar nos contra-ataques, mas também sem efetividade.
Na segunda etapa, Zago manteve o time sem alterações, e a proposta seguia a mesma: mais posse de bola e muitos erros nas conclusões. Eis que, aos 11 minutos, o momento crucial: o treinador simplesmente sacou Alef Manga para colocar Zé Roberto (????). Tudo bem que Alef Manga não estava nas suas melhores noites, mas todo mundo sabe o quão decisivo ele pode ser. Ninguém entendeu nada, mas ninguém aceitou de bom grado – muito menos o atleta. Ponto negativo para o estreante da noite.
A mudança, obviamente, não surtiu efeito. Com Pinho em péssima noite, Zé Roberto com mal desempenho e Kaio César jogando praticamente sozinho no ataque, o gol alviverde ficou apenas no sonho dos torcedores. Para fechar com chave de ouro a noite desastrosa, aos 25 minutos, em mais um cruzamento de Luciano Juba, Wanderson cabeceou com força e mandou para o gol, sem chances para Gabriel. 2×0 Sport.
Óbvio que dava tempo para buscar o empate, mas o que esperar de uma equipe sem poder nenhum de reação? Nada. O resultado foi esse mesmo, mais uma derrota, mais uma eliminação na conta e mais um vexame.
No fundo, a gente já sabia. Só assistimos de bestas mesmo!
Agora, é voltar as atenções à única competição que resta, o Brasileirão, e ir em busca da primeira vitória. Neste sábado (29), o Coritiba enfrenta o São Paulo, às 16h30, no Couto Pereira, pela terceira rodada da competição. Esperamos que chegue ao fim o jejum de dois meses sem triunfos, já passou da hora desse time voltar a jogar bola e reagir.
ACORDA, CORITIBA!
Por Viviane Mendes, Coxa doida de coração.
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