Galo enfim joga bem, mas peca nas finalizações
Skank nunca errou quando disse que bola na área não altera o placar. Jogando na temida Vila Belmiro diante do Santos, o elenco atleticano entrou em campo neste domingo (23), precisando mostrar um bom futebol, além de conquistar os 3 pontos. Não tivemos um bom futebol, mas foi bem melhor que nas últimas partidas, porém faltou os três pontos, a bola na rede, e o jogo terminou no empate por 0x0.
Coudet entrou com um bom time, mexeu na zaga promovendo a entrada do Bruno Fuchs e tivemos um sistema defensivo que passou bem mais confiança. Em compensação, a lateral esquerda foi só por Deus e a bola morria todas as vezes que passava pelo meio de campo, além da péssima partida do Paulinho, um jogo para esquecer.
Sendo bem sincera, jogo do Galo na Vila Belmiro já é esperado uma derrota, um empate é lucro e triunfo motivo de festa, mas na fase turbulenta que se vive o adversário, era jogo para Atlético ganhar e espantar de vez o clima ruim que reina sobre a equipe mineira. Chances não faltaram, tanto que João Paulo foi eleito o melhor em campo, mas faltou capricho no último passe, uma boa tomada de decisão.
As primeiras grandes chances vieram do adversário, mas logo o Galo conseguiu equilibrar a partida e criar as melhores chances do jogo. Oportunidades de balançar as redes não faltaram, seja com Hulk (sempre ele), Zaracho ou Hyoran, mas a bola cismava em não entrar.
Aos 35′ veio um lance inacreditável para o elenco do Coudet, Hyoran cabeceou, Matias Zaracho mandou na trave e o dono da 10 furou. Infelizmente, superioridade em posse de bola e chances perdidas não dão um gol de caridade, e com isso o jogo foi para o intervalo com os zeros no placar.
Na volta para a etapa final os times tentaram balançar as redes mas a tarde era dos arqueiros. Everson, mesmo que pouco acionado, salvou sempre que precisou, do outro lado, João Paulo fez uma boa defesa no chute de Otávio de fora da área.
Chacho mexeu no time, algumas substituições até sem sentido como a saída do Hyoran, mas de nada adiantou, o empate persistiu até o apito final. Até tivemos a chance de tirar o bendito grito de gol da garganta já nos minutos finais no contra ataque do Galo, mas o Paulinho teve a proeza de perder uma chance incrível, cara a cara com o goleiro rival.
Péssimo empate, gosto amargo e sentimento de frustração. Mais uma partida em que o time jogou bem, criou chances mas perdeu todas. Não canso de dizer a falta que faz o Allan neste meio de campo e que falta inenarrável faz o Guilherme Arana na minha lateral.
É surreal a fase que vive o Galo, onde até jogadores que são excelentes, estão em uma fase terrível. O Paulinho não desaprendeu a jogar o bom futebol que tem, o Rubens não esqueceu como se cruza uma bola de uma hora para a outra, está ficando desgastante assistir jogos do Atlético, porque o final é sempre o mesmo, ódio atrás de ódio.
O time está sim voltando a jogar um futebol, mas os gols tem que sair rápido, até porque campeonato nenhum vai esperar o time se reorganizar. Estamos respirando por aparelhos na Libertadores, na Copa do Brasil vamos para Pelotas jogando pelo empate em jogo que era para ser decidido no Mineirão, com total respeito ao adversário porque foi-se o tempo que tinha time bobo, e apesar de ser início de Brasileirão, perdemos 5 pontos em confrontos que o Galo era sim o favorito.
Os triunfos e título mineiro deram uma mascarada nas atuações que o time vinha apresentando, mas agora não tem mais um Ipatinga, Democrata e afins do outro lado. Houve sim mudanças de postura no Atlético, mas sem a bola na rede, o triunfo, os três pontos, NADA disso importa.
E vale o destaque que a partida deste domingo (23), mostrou ainda mais que Eduardo Coudet é um dos menores problemas desse time, e que ele nunca errou quando disse que o time precisava de um centroavante.
Sem tempo para muitas lamentações, o time já volta a campo nesta quarta (26), diante do Brasil de Pelotas, às 19:30, pelo jogo de volta da 3ª fase da Copa do Brasil, fora de casa.
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.