Em casa, Colorado sua sangue, pare uma bigorna, mas garante uma vitória importantíssima pela Copa Libertadores
Haja saúde, haja paciência, haja resistência, HAJA CORAÇÃO ao torcedor Colorado! Em noite de Libertadores a magia do futebol dança uma música com uma sintonia diferente de todas as outras. Em noite de Libertadores, o sangue dentro das veias corre num ritmo diferente e a história sabe o que faz.
O Internacional recebeu o Metropolitanos-VEN pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores na noite desta terça-feira (18). Contra o time estreante na competição mais sanguínea das Américas, o Internacional conquistou os três pontos, mas não sem antes torturar o seu próprio torcedor.
O Inter mostrou que estava em casa logo de cara, e não teve dificuldades para impor seu jogo e acuar o adversário na sua defesa. O Colorado empilhou oportunidades de fazer gol para todos os gostos e aí, justamente aí que mora o perigo. O torcedor da Avenida Padre Cacique sabe exatamente como se desenha uma tragédia à beira do Rio Guaíba.
A primeira boa oportunidade do Metropolitanos-VEN veio aos 26 min. Uma bobeada do meio de campo deixou com que os caras carregassem a bola pelo lado direito de ataque e na grande área fizessem Keiller trabalhar pela primeira vez. Foram três chances da equipe venezuelana de abrir o placar e que no bate e rebate fizeram que a torcida suasse frio na noite de abril.
O Inter seguiu criando um volume de jogo convincente, passou a maior parte do tempo do meio para frente, mas é impressionante como chuta mal na hora de fazer o gol, foi chute pela lateral, por cima que deve ter chegado a orla… A equipe perdeu gols displicentes.
Para a segunda etapa Mano optou por uma troca importante. Carlos De Pena entrou no lugar de Johnny e deu maior mobilidade ao jogo. Logo no primeiro minuto o uruguaio apresentou suas cartas e quase marcou.
QUASE; palavra que foi repetida a perder de vista também nos minutos finais.
Os visitantes pouco ofereceram perigo e com o correr do tempo foram aceitando o empate como um grande resultado. Estacionaram um ônibus na frente da área, já que não conseguia mesmo criar oportunidades de ataque e passqram a se defender e arriscar a sorte de um contra ataque.
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, mas nesse caso o problema era mais na água mesmo, foram as trocas já passadas dos 30 minutos da etapa complementar que fizeram a magia acontecer. Aos 25 minutos Alemão substituiu Luiz Adriano e aos 33 foi Lucca quem entrou no lugar de Wanderson e o sangue novo e a insistência fizeram a mágica.
Quem nunca ouviu o famoso “teimoso mesmo é quem teima com alemão”, pois é o goleiro venezuelano até tentou, mas foi na insistência e no tesão pela bola, que aos 46 minutos no segundo tempo, numa bola enroscada que passou do menino Lucca e sobrou já com pouco força, que o número 35 empurrou ela chorada pro fundo da rede.
Até o mais forte dos corações bateu aliviado ao ver ela rolando devagarinho, deixando a defesa e o goleiro do Metropolitanos-VEN acompanhando com o olhar sem nada fazer, estava dentro da rede e era gol Colorado.
Vitória absolutamente importante e justa no Beira Rio!
Por Jéssica Salini
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo
