TRIUNFO NO ESTILO GALO DE SER, SOFRIDO


Galo vence por 3×2 com gol no fim, e mantém vantagem para o jogo de volta

Clube Atlético Mineiro/Pedro Souza

Jogaram como nunca, perderam como sempre.

Neste sábado (1), rolou o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro e o elenco Alvinegro resolveu testar o coração de sua torcida no famoso “se não for sofrido, não é Galo.”

Jogando diante do rival de verde no Independência, o Galo teve a proeza de abrir 2×0, levar o empate, perder um pênalti após expulsão do jogador adversário e vencer literalmente no último minuto.

Surpreendendo a todos, Coudet mandou a campo um time modificado com Mariano, Rubens, Hyoran e Pavon, entre os 11 iniciais. 

A partida mal tinha começado e logo ao 1′ o placar foi aberto por Pavon, que finalmente estreou pelo Galo. O dono da 9 recebeu um belíssimo lançamento do Maurício Lemos, tirou da defesa adversária e mandou um balaço no ângulo do goleiro, um verdadeiro golaço levando a torcida alvinegra à loucura.

Nem o mais otimista torcedor do Galo esperava um início tão bom assim, não dando tempo e nem espaço para o adversário pegar na bola, e quando pegava, errava tudo que tentava.

Enquanto o rival tentava se encontrar no jogo, o elenco alvinegro buscava descer no contra-ataque para ampliar o marcador.

O adversário teve a chance de empatar aos 32′ em uma cabeçada livre dentro da grande área, mas como diz o ditado “quem não faz, leva” e no minuto seguinte veio mais um golaço do Galo, desta vez com o Hyoran, na entrada da grande área.

Tudo começou a desandar quando Coudet teve que realizar uma alteração no time por conta de lesão, sacando o autor do gol Hyoran e o time resolveu “sentar” no resultado que estava em 2×0. Já nos acréscimos da primeira etapa, o Galo fez uma falta besta na entrada da grande área, o Everson falhou (mas tá perdoado por todo crédito que tem) e o adversário diminuiu o placar.

Clube Atlético Mineiro/Pedro Souza

Na volta para a etapa final, a torcida atleticana foi do céu ao inferno em questão de minutos. Logo aos 5′ tivemos outra falha no sistema defensivo e lá estava, novamente, Benitez para balançar as redes e empatar a partida.

Após ver o placar igualado, o elenco alvinegro lembrou que ainda estava acontecendo uma final e resolveram voltar a jogar. Tivemos a chance de pular novamente a frente do placar numa cabeçada do Paulinho, que foi incrivelmente defendida pelo Marlon, lateral do adversário, que foi prontamente expulso.

Pênalti para o Galo, Hulk na bola e defesa de Cavichioli, e foi aí que começou o sofrimento atleticano.

O time do Coudet pressionava bastante em busca do gol, e do outro lado o adversário queria apenas uma bola para descer em contra-ataque, mas a bola cismava em não entrar para nenhum dos dois lados.

Paulinho e Hulk, as esperanças da torcida nesse jogo, fizeram um jogo muito abaixo do esperado, com o dono da 10 tendo a infelicidade de acertar a bola na trave duas vezes. O juiz deu 7′ de acréscimos, o goleiro adversário fez uma cera surreal e o banco de reservas já informava que tinha acabado, que faltava apenas um minuto para a bola rolar.

Acontece que o dono da 7 precisou de apenas uma bola, um contra-ataque, uma tabela com Paulinho na grande área para correr para o abraço. Na raça, no sofrimento e no jeito atleticano de ser, o gol do triunfo veio faltando apenas 6 segundos para o apito final.

Mais uma vez o herói apareceu no final, numa bola, para deixar de ser o vilão, pelo pênalti perdido, e virar o salvador pelo gol no último minuto. O Galo sentiu o gol levado no final da primeira etapa e o empate logo no início do segundo tempo, além da penalidade perdida, mas soube se impor dentro de campo e buscar o resultado.

Apesar dos craques do time terem um sábado apagado, eles foram importantíssimos para o último gol. Como é bom pertencer ao fã clube do Givanildo! 

Tivemos dois tempos distintos do Galo, sabe-se lá o porquê o Coudet resolveu tirar o Pavon para os últimos 45′ e por incrível que pareça, ele fez falta nessa partida.

Sabíamos que esse jogo não seria fácil, foi-se o tempo que era tranquilo jogar contra o rival de verde, e ficou nítido mais uma vez que eles vão dar muito trabalho para o jogo de volta. Coudet ainda tem alguns pontos para melhorar neste time, sofremos e levamos sustos que não tinham necessidade.

Além de tirarmos a invencibilidade do rival, essa é a primeira vitória do técnico atleticano em clássico no Brasil. Para o jogo de volta, que será no domingo de Páscoa (9), o Galo poderá perder por até um gol de diferença, que a taça é nossa.

Mas antes disso, o time entra em campo na quinta-feira (6), pela Libertadores, lá no Mineirão, às 19:00, diante do Libertad.

Clube Atlético Mineiro

IDA E VINDA DE JOGADORES

O Galo anunciou também neste sábado, a chegada do volante Rodrigo Battaglia, até dezembro de 2024. 

Por outro lado, o atacante Ademir foi vendido ao Bahia. Com a camisa atleticana, o “Fumacinha” conquistou a Supercopa do Brasil e o Campeonato Mineiro, em 2022.

Agradecemos ao Ademir pelo tempo aqui jogada e por honrar nossa camisa, e desejamos as boas vindas, e boa sorte para o Battaglia com o Manto Alvinegro.

Sentimento, amor sincero ao alvinegro!

 Por: Thais Santos

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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