Com gol no finalzinho, o Arsenal derrotou o United em clássico de reviravoltas
O clássico entre Gunners e Red Devils aconteceu neste domingo (22), no Emirates Stadium, e foi um teste para cardíacos. O Arsenal derrotou o rival por 3×2 e se manteve firme na liderança da Premier League. O jogo foi marcado pelo brilho de alguns jovens jogadores e de belíssimos gols.
O Arsenal não teve surpresas na escalação e veio desta forma: Ramsdale; White, Saliba, Gabriel, Zinchenko; Partey, Xhaka; Saka, Ødegaard, Martinelli e Nketiah. Já o United foi a campo com: De Gea; Wan-Bissaka, Varane, Martínez, Shaw; Eriksen, McTominay; Antony, Bruno Fernandes, Rashford e Weghorst.
O jogo iniciou frenético, com o Arsenal partindo para cima do United. É um padrão que vem acontecendo nos jogos dos Gunners em casa. Posse de bola e muita pressão em cima da defesa adversária até sair o gol.
Nos 15 minutos iniciais, o Arsenal teve algumas chances de abrir o placar, enquanto o United se defendia como podia. Entretanto, aos 17 minutos, a estrela de Rashford – um dos principais jogadores do Red Devils nesta temporada – brilhou. O inglês recebeu a bola de Bruno Fernandes no meio campo, avançou, driblou Partey e livre, chutou forte de fora da área sem chances para Ramsdale. Um golaço que colocou o United na frente do placar. Foi apenas a primeira chegada do rival no jogo.
Os Gunners não se abalaram com o gol sofrido e foram em busca do empate. Estavam famintos pela vitória. Aos 23 minutos, Odegaard rolou a bola para Xhaka, que num lindo cruzamento para dentro da área encontrou Nketiah, que de cabeça balançou as redes. A partida continuou com o Arsenal tentando a virada, porém o mau desempenho de Thomas Partey no meio campo e de Ben White na lateral direita para as construções das jogadas, influenciou diretamente no ataque até o fim do primeiro tempo. Ambos jogadores não estavam nos seus melhores dias.
No segundo tempo, o treinador Arteta realizou uma mudança no intervalo. Ben White, que já estava amarelado, saiu para a entrada de Tomiyasu. Os Gunners mantiveram a mesma postura do primeiro tempo e foram para cima da defesa adversária. O gol saiu logo aos 53 minutos, quando Saka recebeu bola de Tomiyasu e arriscou um chute de fora da área, e o goleiro De Gea não conseguiu alcançar. Era a virada no jogo, 2×1 para os donos da casa.
A partida continuou muito intensa e de alto nível como o clássico pedia. O United teve uma chance logo após o gol do Arsenal, mas parou em boa defesa do Ramsdale. O gol de empate do lado vermelho de Manchester veio logo depois do lance. Aos 59 minutos, Eriksen bateu escanteio, a bola sobrou na área após defesa de Ramsdale e Lisandro Martinez cabeceou para dentro do gol.
O resultado parcial parecia ser o que o United queria, mas o Arsenal não se intimidou com o gol e novamente foi para o ataque. Neste meio tempo, Trossard entrou no lugar de Martinelli, que estava um pouco apagado, para fazer a sua estreia.
O canhão de Londres começou a rondar a área adversária e teve várias chances de desempatar a partida. O sufoco que o rival estava levando era enorme e parecia que não iriam segurar por muito tempo. Um dos lances mais perigosos da partida foi aos 84 minutos, com um chute de Eddie Nketiah. Ele bateu forte dentro da área e parou em defesa milagrosa de De Gea. Porém, o jovem parecia que estava numa noite iluminada, será que foi abençoado pelo ídolo Thierry Henry e sua camisa número 14, a mesma que veste, para decidir a partida?
Aos 90 minutos, a busca implacável pelo gol da vitória dos Gunners foi correspondida. A jogada iniciou com Trossard que passou a bola para Zinchenko livre. O ucraniano cruzou para dentro da área, a redonda chegou a desviar no Odegaard e logo depois caiu no pé de Nketiah, que só deu um toquinho para balançar as redes. O lance foi revisado pelo VAR para deixar o torcedor ainda mais tenso e nervoso, mas foi confirmado. Era o gol da vitória, dos 3 pontos e do homem da partida.
Nketiah foi o craque do jogo. O centroavante assumiu a titularidade após lesão de Gabriel Jesus e mesmo com a pressão e desconfiança da torcida, vem apresentando um bom futebol e ajudando a equipe. Hoje, o jogador assumiu a responsabilidade para si e fez 2 gols no clássico, além de ter estado muito presente nos lances de ataque. Outro nome que merece menção é Bukayo Saka, o ponta inglês vive o seu auge e apareceu quando foi necessário. Por fim, o lateral-esquerdo Zinchenko foi o cérebro do time. Construiu inúmeras jogadas, ajudou nas roubadas de bola, além de ter um espírito vencedor e transmitir isso para o restante da equipe. O ucraniano se entregou em campo nos 90 minutos.
Um jogo para não ser esquecido. Um jogo de dois times que passaram por momentos tristes, de goleadas e vexames históricos. Um jogo de dois times em reconstrução e se reencontrando com sua história. Um jogo de dois times que são protagonistas do futebol inglês, mas que estavam apagados. Um jogo à altura da grandeza de Arsenal e Manchester United.
O resultado positivo no clássico deixou o Arsenal com 50 pontos e na liderança isolada do campeonato. O Manchester City, segundo colocado, está com 5 pontos a menos. O United, com a derrota, caiu para o 4º lugar e permaneceu com 39 pontos. Os Gunners voltam a campo nesta sexta-feira (27), onde encaram o Manchester City, pela Copa da Inglaterra.
COME ON YOU GUNNERS!
Por Juliana Yamamoto
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.