O primeiro clássico do ano em Pernambuco terminou empatado com seis gols
O Clássico das Emoções foi eletrizante mesmo, não se via um clássico entre Náutico e Santa Cruz com tantos gols, desde 2011, quando terminou com o mesmo placar de 3×3. O confronto da terceira rodada colocou o Náutico em 4° lugar com quatro pontos.
Se o costume é que os times se estudem um pouco mais nos primeiros minutos, não foi o que aconteceu hoje. Na primeira etapa não teve tempo sequer para ir ao banheiro, porque o torcedor poderia perder lances importantes
Com cinco minutos de jogo, o time tricolor já abriu o placar, em uma bola aérea, que claramente, continua sendo o ponto fraco do time alvirrubro, assim como nas últimas temporadas. Menos de dez minutos depois e o empate saiu. Em saída errada dos donos da casa, Jean Mangabeira recuperou a bola e mandou para Matheus Carvalho, que deu um lindo passe de calcanhar para Júlio, balançar as redes.
A torcida alvirrubra não pôde nem respirar, pois para o nosso azar, em um bate, rebate, trave, pernas e confusão, a bola foi no joelho de Anilson, que marcou contra! Santa Cruz mais uma vez na frente, 2 x 1.
A posse de bola do Náutico aumentou, assim como as tentativas para empatar. O esforço foi favorável e aos 36’, Júlio recebeu um cruzamento perfeito de Souza, dominou e bateu forte para novamente o empatar.
Anilson quase marcou o seu segundo gol contra. Dois minutos depois do gol, ele mandou por cima do goleiro e a bola foi no travessão. Antes do intervalo, o Tricolor conseguiu fazer mais um gol e foi para o intervalo com o placar a frente.
O time alvirrubro pareceu ter escutado bem o que foi dito nos vestiários, porque o Timba voltou com uma melhor posse de bola e aos sete minutos, deixou tudo igual no Arruda. O “vilão” se fez “herói” e pode ter feito o gol mais bonito do campeonato, até o momento. Anilson fez o segundo gol dele no jogo, dessa vez a favor! De fora da área, ele arriscou e a bola só parou nas redes.
Daí pra frente, o Santa Cruz tentou muito, até teve boas chances, mas não conseguiu mais balançar as redes e o Náutico que tentou fazer o gol da virada, com contra-ataques, também não foi efetivo.
Um parêntese para os clássicos que ainda virão: que os times saibam o que é provocação válida, pois isso faz parte do futebol, o que é diferente de desrespeito e incitação a violência, pois estes são crimes. Comemorar muito o seu gol, olhar para a torcida rival, pedir pra se calar, chamar de time pequeno, colocar mãos nos ouvidos, procurando o grito da torcida que se calou… Tudo isso é válido e faz o futebol ser o que é. Usar apelidos homofóbicos, mostrar o dedo para torcida, faz parte das atitudes que não queremos mais ver no futebol. Aquele que disse que ia fazer e acontecer, pareceu nem entrou em campo. O outro que saiu no intervalo, perdendo, não trouxe o mais importante para casa, que seria a vitória.
Que possamos viver mais momentos de resenha e de paz dentro e fora de campo.
Por Francyne Iasmym
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