Alemanha vence a Costa Rica mas caí novamente na fase de grupos
Quem viu aquela super Alemanha que botava medo nos rivais, viu. Agora, aqueles que não viram, eu sinto informar que vai demorar no mínimo uns 4 anos para ver novamente.
Saímos de uma super seleção, tetracampeã, que colocava medo e respeito nos adversários, para uma seleção que há duas copas seguidas é motivo de chacota caindo em fase de grupos, e em grupos considerados fáceis.
Os erros de 2018 não serviram de nada, ninguém aprendeu. Uma defesa que é só apertar que entrega, o ataque ainda afobado no último passe e aquele que tem futebol para salvar, passa todos os 45′ iniciais no banco de reservas, estratégia ruim do Flick, que pagou caro.
A volta para casa mais uma vez será bastante dolorosa, mas esperamos que seja reflexiva. Que seja hora de mudar esse elenco, a gratidão por 2014 existe, mas tem que rodar esse time. Apenas gratidão não vence jogo, e muito menos classifica.
Depois de mais um vexame desses, pairam no ar os vários “e se” tivesse mantido o mesmo ritmo no segundo tempo contra o Japão”, “era só” calibrar mais o pé diante da Costa Rica”, “era só um sistema defensivo melhor diante da Espanha”, e por aí vai, mas de nada mais adianta.
O JOGO:
Precisando vencer o duelo, a Alemanha começou o jogo pressionando o adversário, fazendo o Navas trabalhar e aos 9′, Gnabry balançou as redes de cabeça, e deu esperança à torcida Alemã. A festa ficou em dobro quando na partida ao “lado”, a Espanha também vencia seu confronto, tirando o Japão da segunda colocação e entrando os Germanos.
A vantagem no placar dava a esperança de mais gols da Alemanha, e se pintasse uma goleada nem precisaria contar com ajuda de ninguém. Mas, como visto anteriormente, a equipe comandada por Flick brincou de perder gols, e foi para o intervalo com a vantagem mínima.
A volta para a segunda etapa foi um filme de terror para a Alemanha, e aos 24′, a Costa Rica já tinha virado o placar. Do outro lado, a Espanha também tinha levado o empate e a virada. Drama no grupo E com as duas seleções favoritas momentaneamente eliminadas, e caos total nos gramados do Al Bayt para os alemães.
Sabe-se lá porque o técnico Flick resolveu bancar o Havertz no banco, quando finalmente colocou o dono da 7 em campo, ele precisou de apenas 18′ para virar o placar, 3×2 Alemanha, e um pingo de esperança para a torcida.
Ainda teve tempo de Fullkrug marcar o quarto gol, mas de nada adiantou o triunfo, já que o placar foi insuficiente para ocupar a segunda colocação que foi da Espanha com 4 pontos e seis de saldo, contra 4 pontos da Alemanha e apenas 1 de saldo.
Em jogo que marcou (negativamente) o arqueiro Neuer como o goleiro com mais disputas em copa, com 19 partidas, o clima das entrevistas pós jogo foram em tons de despedidas do treinador Flick, e principalmente de Thomas Müller:
“Se foi meu último jogo queria dizer aos torcedores que foi um enorme prazer vestir a camisa da seleção. Agradeço muito aos fãs, de todo o meu coração. Houve muitas coisas boas e também muitas dores. Mas o que posso dar a vocês agora é essa mensagem de agradecimento”.
Apesar de ter passado em branco nesta edição no Catar, o atacante possui 12 gols em Copas, com 133 partidas com a camisa Alemã e quatro copas disputadas. Independente de apresentar um futebol abaixo do esperado, é um grande Ídolo.
Hora de juntar os cacos, rever os erros e mais uma vez voltar à Alemanha com as mãos vazias, assim como em 2018…
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.