A Albiceleste venceu bonito a sua primeira partida na Copa do Mundo e o México ficou encurralado para seguir vivo na competição
Quem diria que a Argentina entraria em campo pressionada nesta segunda rodada do grupo C da Copa do Mundo e que o México jogaria como sempre e perderia como nunca – uma tristeza para os mexicanos. O confronto era um clássico latino-americano, Argentina x México. Um confronto emblemático, cheio de histórias e tradição no torneio.
Era final: Para a Argentina, era vencer ou vencer, caso perdesse, estaria eliminada ainda na primeira fase do Mundial. Para o México, também era vencer ou vencer, se perdesse estaria encurralado, e foi o que aconteceu.
A Albiceleste conseguiu vencer, convencer, mandando toda e qualquer uruca embora. O placar de 2×0 foi crucial para a seleção sair da última colocação e subir para a segunda posição no grupo, ficando assim um pouco mais aliviada e dependendo somente de si para avançar para as oitavas de final.
“Hoje vimos a Argentina do processo. Não tinha bola perdida para ninguém. Agora vem aí outra “final” para nós”. – Emiliano Martínez.
Falando em final, o próximo jogo que o México enfrentará será uma grande final. O desempenho do El Tri não foi o esperado. Apertamos a saída de bola, dificultamos, demos trabalho, mas recuamos. E o ditado, lema do futebol, se fez presente: “Quem não faz, leva.”
Em um primeiro tempo que eu considero “chato” para o olhar dos torcedores, El México povoou a metade do seu campo de defesa, ou seja, jogou recuado. Palmas para o senhor Gerardo Martino. Era tanta gente em apenas um lugar, a Argentina não tinha espaço para fazer nada, se não assistir. Não conseguiu assustar Ochoa.
Um segundo tempo diferente. O técnico argentino, Scaloni, conversou com a rapaziada e fez um segundo tempo totalmente diferente. A Albiceleste veio com mais afinco, com gana de furar a todo custo o bloqueio mexicano e conseguiu. A linha de 5 conseguiu segurar o ataque da Argentina por um bom tempo, mas não o suficiente, o time esqueceu de atacar.
Para alívio de todo torcedor argentino, que estão afobados com a partida, Di Maria mandou a bola para Messi, que de canhota mandou um balaço para o fundo da rede, sem chances para o grande goleiro Ochoa. Messi vibrou como nunca, pedindo para que não desacreditassem!
O México recomeçou e saiu jogando, trocando passes por aproximação em direção ao campo de ataque. Baqueado, El Tri tentou, fez substituições, deu chance, mas não acertou. Até que o segundo gol da Argentina já se desenhava e foi concretizado depois de escanteio cobrado curto. Enzo Fernández recebeu o passe, fez o drible no marcador e mandou um foguete para o fundo da rede.
Os argentinos comemoram de maneira espetacular e a uruca saiu de vez. Enzo foi “INMENZO”. Com dois gols maravilhosos, a Argentina venceu por 2×0 e está mais tranquila para a última rodada. “As pessoas eu peço que confie, não vamos deixá-los na mão”. – Messi
Deixados na mão, esse é o sentimento do torcedor méxicano. Foram – apenas – dois chutes a gol. Um no alvo, sem chances claras. O outro de bola parada, a oportunidade mexicana de falta, não deu em nada. Emiliano Martínez fez uma bonita defesa.
Los Hemanos precisam vencer a Arábia Saudita na última rodada e ficar de olho no outro jogo, que acontece simultaneamente. Se a Polônia vencer, avançará às oitavas com um triunfo. Caso a Argentina vença, terá de superar a Águia no saldo de gols. Seja o que Deus quiser!
Apesar dos pesares – dependendo para quem – o duelo foi um jogaço, aplaudido e digno de recordes, afinal, Argentina e México tiveram o maior público da Copa do Mundo do Catar, até então, sendo 88.966 pessoas acompanharam o duelo no estádio Lusail.
Fim de jogo. No vestiário, a equipe argentina comemorou a vitória cantando e o defensor Otamendi registrou tudo em suas redes sociais. A alma foi lavada e saiu urucubaca! O México teve puxão de orelha, bronca e tristezas. Hora de parar de se lamentar e juntar as forças, afinal, estão encurralados.
As equipes voltam a campo na próxima quarta-feira (30). A Argentina já pensa no próximo jogo diante da Polônia, que será às 16h (horário de Brasília). Do outro lado, o México se prepara para enfrentar a Arábia Saudita no mesmo horário, às 16h (horário de Brasília).
Por Adriene Domingos, colunista da Argentina, e Bruna Dias, colunista do México.
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