Nesta quarta-feira (9), o Palmeiras ergueu a taça de campeão Brasileiro de 2022 após vencer o América-MG por 2×1, de virada. Benitez abriu o placar para os mineiros com um golaço de falta; Scarpa e Murilo fizeram para o Verdão.
Agora com 81 pontos somados, o Verdão líder e campeão bate o recorde de campanhas anteriores, quando terminou os campeonatos de 2016 e 2018 com 80. Com apenas duas derrotas em toda a competição – com a possibilidade de sofrer mais apenas uma – o Palmeiras pode bater o recorde de campeão com o menor número de reveses.
Como vinha fazendo em jogos anteriores, o América-MG deu trabalho para o time da casa. Aos 14 minutos, em cobrança de falta muito próxima ao gol, Benítez fez um golaço. Os visitantes até chegaram a fazer o segundo aos 30, mas foi anulado por falta no lance.
O Verdão foi para cima e conseguiu o empate aos 41’ com um gol de pênalti de Scarpa, que se despediu do Allianz Parque e do torcedor palmeirense. No lance, Alê derrubou Marcos Rocha na área e após ouvir o VAR, o árbitro marcou a penalidade.
De volta para o segundo tempo, o Alviverde pressionou o América-MG, que viu o Verdão criar várias chances e ficar perto de virar o marcador. Cavichioli foi a pedra no sapato da equipe de Abel Ferreira. Em grande noite, o goleiro fez grandes defesas evitando as bolas na rede.
Logo aos quatro minutos, Scarpa arriscou de fora da área e parou na defesa do arqueiro americano. Na sequência, o meia que depois sairia aplaudido e ovacionado pelos palmeirenses, cobrou falta direto para o gol e acertou a trave. No rebote, Vanderlan deu uma paulada para mais uma defesa.
Depois, Scarpa teve mais uma chance, chutando de fora da área. No entanto, o goleiro defendeu.
Intercalado com algumas chegadas do Coelho, o Verdão seguiu bem no jogo e criou chances também com Endrick. Aos 23, Zé Rafael quase marcou o segundo e viu a trave trabalhar mais uma vez depois de grande defesa de Cavichioli. Três minutos depois, Rony desviou de cabeça e viu a bola explodir no travessão.
Era questão de tempo para a virada palmeirense, que veio da cabeça do zagueiro-artilheiro Murilo. Scarpa cobrou um escanteio curto tocando para Menino. O camisa 25 cruzou certeiro na área, encontrando Murilo, que subiu mais que a defesa do Coelho e mandou para o fundo do gol – dessa vez sem chance para Cavichioli e a trave.
Mesmo com o fim de jogo interrompendo uma possível jogada promissora do Palmeiras, o apito final deu o start oficial para soltar ainda mais os gritos de “é campeão” e a longa contagem dos 11 títulos de Campeonatos Brasileiros. Logo, a festa tomou conta do gramado e mais uma taça foi erguida.
Agora, o Palmeiras encerra a temporada no próximo domingo (13), quando enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, às 16h, pela última rodada do torneio.
E, se engana quem pensa que esse último jogo não vale nada. Atualmente, o Inter ocupa o posto de melhor mandante do campeonato, seguido do Verdão. Em caso de vitória alviverde no Beira-Rio, o Palmeiras passaria o Colorado e terminaria o torneio segurando a marca também de melhor mandante.
O Allianz Parque vai sentir saudades, Scarpinha!
Quando Scarpa assinou o pré-contrato com o time inglês Nottingham Forest, no meio do ano, sua despedida parecia distante, mesmo em um ano atípico no qual o Campeonato Brasileiro acabaria mais cedo para dar espaço à Copa do Mundo.
No entanto, o tempo voou e nesta quarta-feira tivemos a oportunidade de ver os últimos momentos de Scarpa no Allianz Parque – pelo menos nessa, que se configura como sua primeira passagem pelo Palmeiras.
Um jogador que chegou precisando mostrar muita bola já que as expectativas eram altas por suas boas atuações no Fluminense. Por um problema judicial com seu ex-clube, sua adaptação foi comprometida. Mas nada que não se resolvesse logo depois.
Principalmente com a chegada de Abel Ferreira, o camisa 14 disparou em campo e fez campeonatos brilhantes, não à toa, levando agora na bagagem oito títulos pelo Palmeiras. Como um dos protagonistas do time, Scarpa conquistou o coração da torcida, que agora fica com a saudade e não vê a hora de tê-lo de novo dinamizando o meio-campo.
Por Victória Amorim
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