NO GRUPO DA MORTE, A MORTE FOI O BAYERN!

Bayern derrota a Inter e finaliza a campanha com 100% de aproveitamento

Saudações à torcida Bávara e aos leitores que acompanham o Portal Mulheres em Campo

No tal “Grupo da Morte”, quem sobreviveu foi a morte. Os Bávaros derrotaram a Inter de Milão pelo placar de 2 a 0, na Allianz Arena, pela última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

QUEBRANDO RECORDES E TABU!

O Bayern nunca tinha vencido a Inter de Milão jogando em Munique. Até então, nos últimos três confrontos, os italianos venceram duas vezes e houve um empate, mas o tabu obviamente caiu por terra.

Seis jogos, seis vitórias – nada melhor do que isso! Com a vitória, o FC Bayern terminou a fase de grupos da Liga dos Campeões desta temporada com o máximo de 18 pontos, e sendo o único clube invicto nesta fase de grupos. Depois de 2019/20 e da temporada passada, é a terceira vez que a equipe de Munique vence todos os seis jogos da fase de grupos – mais do que qualquer outra equipe na competição de clubes mais prestigiada da Europa.

A definição de ‘especialista da fase de grupos’ define o Bayern. Os Bávaros estão invictos nos últimos 34 jogos nesta fase (V31, E3), e venceu os últimos 13 – ambos recordes do torneio.

Para o duelo, o técnico Julian Nagelsmann não pôde contar com: Bouna Sarr (joelho), Lucas Hernandez (recuperação pós lesão), Thomas Müller (problema no quadril), Manuel Neuer (ombro), Matthijs de Ligt (problema no joelho) e Leroy Sané (recuperação pós distensão muscular).

Com a sequência de jogos, lesões e jogadores cansados, Julian Nagelsmann mandou em campo: Ulreich; Mazraoui, Pavard, Upamecano, Stanišić; Kimmich, Sabitzer; Gravenberch, Coman, Mané; Choupo-Moting.

Pelo lado da Inter, o técnico Simone Inzaghi não pôde contar com: Romelu Lukaku, Marcelo Brozovic, Danilo D’Ambrosio e o goleiro Samir Handanovic.

Sendo assim, a seguinte escalação foi: Onana; Darmian, De Vrij, Acerbi; Bellanova, Barella, Asllani, Gagliardini, Gosens; Lautaro e Correa.

O JOGO

Na primeira parte, o Inter de Milão foi uma equipe completamente diferente daquela que o Bayern derrotou por 2-0 em San Siro. Eles eram organizados, famintos e eficientes – incomodando o Bayern, colocando os jogadores em espaços apertados e realmente testando-os, mas isso não durou muito, pois os donos da casa subiram suas linhas de marcação e pressionaram os Nerazzurri

Logo aos 7 minutos, o Bayern contou com a sorte. Após o escanteio para os italianos, Barella arriscou de fora da área e a bola desviou nos braços de Mané, dentro da área. O árbitro revisou, mas não marcou pênalti para os Nerazzurri.

Aos 32 minutos, Kimmich cruzou para a área, que chegou até Pavard. O lateral subiu sozinho entre os zagueiros e cabeceou para o chão, sem chances para o goleiro Onana fazer a defesa.

Jogadores como Eric-Maxim Choupo-Moting e Sadio Mané, embora pressionados pelos zagueiros do Inter, criaram várias tentativas de gol. Embora não parecesse fácil, era óbvio que os bávaros eram o lado dominante.

A maior oportunidade para os visitantes foi desperdiçada por Lautaro Martínez, que desviou de um ângulo apertado um cruzamento de Robin Gosens.

No segundo tempo, Dayot Upamecano saiu para a entrada de Alphonso Davies, que foi para sua posição de origem, a lateral esquerda. Stanisic foi para a defesa.

Com um minuto de jogo na segunda etapa, uma falta foi cobrada para a área e a defesa do Bayern de Munique não acompanhou os atacantes. Francesco Acerbi subiu sem marcação e, de cabeça, balançou as redes, mas o bandeirinha assinalou impedimento e o gol foi anulado.

Após um tempo, Julian Nagelsmann promoveu duas alterações. Jamal Musiala e Serge Gnabry no lugar de Mazraoui e Mané. Taticamente foi extremamente interessante, pois o Bayern fechou uma linha com 3 zagueiros pela primeira vez após semanas.

Não demorou muito para as alterações surtirem efeito. Aos 69′, Musiala fez linda jogada, deixando os marcadores para trás e invadindo a área. O jovem bateu firme e rasteiro, mas Onana pulou e fez a defesa.

Aos 70′, Onana salva a Inter novamente. Desta vez Gravenberch arriscou de longe e Onana defendeu em dois tempos.

No minuto seguinte, Davies acionou Choupo-Moting, que ajeitou e acertou um lindo chute da intermediária, forte e no ângulo de Onana. 2 a 0 para o Bayern, acabando com as esperanças dos adversários de virar o jogo.

Os 75 mil torcedores presentes fizeram a festa, cantando e bebendo sua cerveja de lei. A Inter já estava cabisbaixa, e o Bayern satisfeito por ter feito sua parte, o árbitro apitou o fim de jogo. 2 a 0 Bayern de Munique.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Orgulho. É o que eu sinto quando se trata do Bayern de Munique. Em um grupo considerado o mais difícil, nos saímos melhores do que o esperado, sendo o único clube invicto com 100% de aproveitamento nesta fase de grupos.

Dayot Upamecano foi muito criticado na última temporada. Ele era altamente crucificado pelos erros bobos em momentos cruciais. É nesta temporada que realmente vemos sua forma madura e confiável na parte de trás. Com a ausência de Lucas Hernández, Upa se consolidou na linha de trás como uma rocha inabalável e vem sendo extremamente importante.

O mesmo vale para Benjamin Pavard, que também foi criticado, porém com seus famosos desarmes, presença em campo e posicionamento, conquistou um papel para si mesmo como zagueiro e lateral-direito.

Alphonso Davies, mesmo durante seu período de recuperação, tem sido brilhante e imbatível como sempre. Enlouquecendo os defensores com seu ritmo explosivo, criatividade e inteligência, Davies prova repetidamente por que ele é o melhor lateral que o Bayern tem.

Kingsley Coman foi pouco eficaz, fazendo cruzamentos medonhos e chutes questionáveis. Sadio Mané, embora decente, simplesmente não estava no seu melhor no jogo. O posicionamento de Ryan Gravenberch como meio-campista ofensivo foi uma escolha confusa do técnico Julian Nagelsmann.

Choupo-Moting vem vivendo sua melhor fase. Levou o prêmio de melhor do jogo, cortesia de um forte desempenho geral pontuado por mais um gol. Ele é um atacante totalmente envolvido no ataque do Bayern de Julian Nagelsmann e o finalizador letal que o time estava implorando. Um toque ligeiramente melhor aqui ou ali, e ele teria uma assistência em seu nome também. A Era Choupo não vai acabar tão cedo.

Noussair Mazraoui continua a dificultar a vida de Pavard ou Stanišić para começarem como defesa-direito. Sua inteligência e consciência brilham mais através de seu jogo.