ESTREIA COM GOSTO AMARGO


Desligadas em campo e com uma atuação ruim, as Brabas sofrem a virada e saem derrotadas diante o Deportivo Cali 

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians 

Saudações, Fiel Torcida!

Sofrer por amor é bobagem, eu sofro por 11 atletas correndo atrás da bola. Nesta noite de quinta-feira (13), o Corinthians iniciou a Conmebol Libertadores Feminina com o pé esquerdo, perdendo de virada pelo placar de 2 a 1 para o Deportivo Cali, no estádio Chillogallo, em Quito, no Equador. Vale ressaltar que foi a primeira derrota das Brabas em 20 jogos na competição.

Com a derrota, a equipe se encontra na terceira colocação. Como o Olímpia venceu o Always Ready, é o líder, com três pontos – mesma pontuação do vice Deportivo Cali. Sendo assim, é de suma importância vencer as duas próximas partidas da fase de grupos.

A fase de grupos da Libertadores é feita por três rodadas, onde os dois primeiros de cada um dos quatro grupos avançam para o mata-mata, em turno único. A grande decisão está agendada para o dia 28 de outubro.

Por opção do técnico Arthur Elias, todas as atletas que vieram da seleção brasileira foram poupadas. E contando com a volta de Érika e Luana, recuperadas de lesão, o Timão foi a campo com: Paty; Giovana Campiolo, Erika, Yasmin, Luana Bertolucci; Gabi Zanotti, Diany, Juliete, Gabi Portilho, Victoria Albuquerque; Jheniffer.

O JOGO

PRIMEIRO TEMPO

As Brabas fizeram um primeiro tempo com muitos erros bobos, passes e domínios errados, coisa que não é comum nesse time. 

O Corinthians começou o jogo buscando entender o padrão da equipe colombiana e aos poucos quis impor seu ritmo. Com Luana e Erika jogando depois de tanto tempo, além do sistema proposto, o time foi entrando no jogo ainda.

Aos 24 minutos, em uma jogada construída pelo lado direito, Jheniffer observou o movimento da Vic e colocou uma linda bola. Victoria cabeceou bonito para o fundo das redes, abrindo o placar para o Alvinegro Paulista.

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians 

Comemoração incrível, do jeitinho Corinthians feminino de ser, alegria y alegria, porém… mal sabiam do que estava por vir. As meninas do Deportivo Cali subiram a marcação e começaram a impor seu jogo. O gol das Brabas serviu de motivação e elas resultaram essa confiança em gols.

Aos 42 minutos, Guerra fez de cabeça após cobrança de falta, e aos 46’, Ariza fez bela jogada individual e fez o segundo da equipe colombiana. O Cali fez praticamente o que quis nos últimos minutos e bastou 5 minutos para virar o jogo. Fim da primeira etapa, Deportivo Cali 2 a 1 Corinthians.

SEGUNDO TEMPO

Para o segundo tempo, Arthur Elias promoveu a entrada de Jaqueline no lugar de Gabi Campiolo, com o objetivo de fazer a equipe pressionar mais na frente.

Aos 10 minutos, Vic apertou a saída de bola das adversárias e, na sobra, Jheniffer bateu por cima do gol. Pouco tempo depois, Jaque avançou pela direita e cruzou, Carabalí quase entregou ao tentar afastar e mandar para o seu próprio gol, porém, Castano ficou com a bola.

Arthur Elias promoveu mais três alterações, colocando Tarciane, Grazi e Adriana nos lugares de Juliete, Gabi Zanotti e Luana. Aos 25′, Portilho recebeu o cruzamento na área e chegou chutando, mas pegou mal. 

Na sequência, as Brabas pediram um toque de mão dentro da área, mas nada foi marcado pela arbitragem. Por coincidência ou não, aconteceu uma situação parecida no empate sem gols do time masculino contra o Flamengo, na primeira final da Copa do Brasil.

Vic Albuquerque, autora do único gol das Brabas na partida, teve uma grande chance após o cruzamento de Yasmin, mas Castano defendeu. Em sequência, mais uma oportunidade das corinthianas, mas Arias evitou.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além da desatenção, chama atenção os erros técnicos neste jogo. Um passe mais forte, domínio ruim, decisões erradas e dificuldades de criar chances claras. No segundo tempo, o Corinthians foi dominante, porém não resultou a superioridade em gols.

Jogo para se esquecer? Obviamente não. O Corinthians precisa urgentemente aprender com os erros da partida. A Altitude pesou, mas a falta de concentração foi crucial.

Um jogo em que estavam totalmente desligadas, sem concentração e um pingo de seriedade, não é à toa que tomou uma virada em 4 minutos. Não pode vacilar. São detalhes. É Libertadores. Que os acontecimentos sirvam de atenção para o próximo jogo. Seguimos juntas, meninas!

Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim!

Por Thayná Carvalho

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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