Barcelona empata dentro de casa e praticamente dá adeus à Champions
Mais uma pipocada dentro de casa, mais uma vez precisando do milagre para não cair novamente na fase de grupos da Champions. Mais um vexame para as páginas do Futbol Club Barcelona, e novamente com dedo dos medalhões e líderes desse time.
Todo mundo precisa aprender a fechar ciclos, principalmente no futebol e principalmente quando você tem uma belíssima história com o clube. É preciso saber a hora de se aposentar, a hora de pendurar as chuteiras e sair pela porta da frente, sair de bem com a torcida.
Quem assiste uma partida do Barcelona com Piqué e Busquets em campo, percebe que não tem o porquê eles serem titulares nas partidas. Por conta dos desfalques, até dava para entender a titularidade do zagueiro se o histórico dele de entregar em jogos importantes não fossem grandes, agora se tratando do meio campista, é inadmissível ele ser titular com De Jong no banco, todo mundo vê isso, menos o técnico Xavi.
Torcida, diretoria e elenco tem total confiança e esperanças no técnico Culé, mas a culpa do nosso empate, com gosto de derrota, vai quase tudo na conta dele. Mais uma escalação ruim do Xavi, e as mexidas além de demoradas, foram ruins também.
O Raphinha era um dos jogadores que mais buscou jogo, que mais insistiu em cada jogada e buscava o gol, e se você precisa vencer a qualquer custo dentro de casa, você não tira um cara desse, deixando piores em campo.
Era notório o quão perdido o Pique estava no jogo, e não tem como deixar ele titular o jogo todo, principalmente depois de entregar um gol bizarro. De brinde tivemos ele falhando também no terceiro gol da Inter.
Esperamos que após esses erros em escalações e substituições, ele tenha aprendido e nos próximos confrontos já venha com time que dá resultado, que tem entrega, que busca e realmente quer jogo.
Pediram tanto a presença e apoio da torcida, que 92.305 pessoas fizeram presença e se tornaram o décimo segundo jogador, faltou só quem estava dentro de campo retribuir isso.
Diferentemente do jogo no San Siro, vimos na primeira etapa um Barcelona com vontade de jogo, que brigava por cada bola, que chegava junto e estavam na sede de balançar as redes.
A ilusão começou aos 39′, quando Dembele abriu o placar para a equipe Culé. Fomos com a vantagem para o intervalo, era só manter e correr pro abraço.
Mas as coisas começaram a desandar quando, aos 4′, da etapa final, a Internazionale empatou a partida em uma falha bizarra do grande capitão e líder Pique. Erro juvenil que nem o povo de várzea costuma cometer.
O time sentiu o gol e foi massacrado dentro de casa, e a virada da equipe alemã veio, aos 17′, com falha de outro capitão e líder desse time. Busquets falhou feio no base perto da grande área e entregou a paçoca, contando com uma ajuda do “zagueiro” Eric Garcia.
Daqui para frente foi só daqui para trás, o time bateu cabeça ainda mais e contamos ainda com substituições erradas do Xavi.
Com requintes de crueldade, Lewandowski marcou, aos 25′, era o gol do empate, da esperança, mas acabou sendo anulado por impedimento. O time catalão fez a famosa blitz misturada com desespero, que acabou dando “certo”.
O empate veio aos 36′, com o dono da 9, que dessa vez não estava na banheira, a bola ainda desviou antes de morrer no fundo do gol.
O placar mostrava 2×2, a torcida estava insana e confesso que já estava me iludindo com outra remontada. Mas foi aí que o capitão e líder Pique resolveu entregar a paçoca mais uma vez e, aos 43′, os visitantes pulavam na frente novamente.
Outra blitz Culé e outro gol nosso, Lewandowski novamente deixando tudo igual e deixando um pingo de ilusão para a torcida.
Mais uma vez a arbitragem pegou um destaque negativamente, o goleiro da Inter fez cera desde o hino da UEFA, as cobranças de laterais duravam uma eternidade e ninguém levou um amarelinho, e para compensar, apenas 6′ de acréscimos.
Apesar do desespero e as bolas alçadas na área, de nada adiantou, o placar seguiu 3×3 e estivemos mais perto de levar outro gol do que a marcar, mas felizmente Ter Stegen estava em ação.
Além de pecar no último passo e sofrer com uma boa linha de defesa da Inter, o Barcelona brincou de tomar decisão errada, chutava quando precisava tocar, tocava quando era para chutar e assim foi.
Matematicamente não estamos eliminados, mas precisamos do impossível, do milagre, da fé, da superstição e tudo mais. Precisamos vencer nossa pedra no sapato, vulgo Bayern, e torcer para a Inter não vencer o Vitória, lanterna do grupo.
Pelo futebol apresentado e o sistema defensivo que temos à disposição, é hora de aceitar que mais uma vez vamos jogar a Europa League. Um time que gastou horrores sofreu em uma partida dentro de casa e mais uma vez vai sentir financeiramente o custo da não classificação.
Como tudo que está ruim pode sim piorar, nossa próxima partida é nada menos que um El Clásico, no domingo (16), às 11h15 (horário de Brasília), na casa do adversário, e o “melhor”, com grandes chances de Pique titular.
Pero nunca dejaré de ser del Barça. La decepción es temporal, el amor por ti es eterno!!
¡Visca El Barça!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.