Sem gols em Itaquera, Corinthians é prejudicado pela arbitragem diante o Flamengo
Saudações, Fiel Torcida!
A cada jogo que passa, sinto mais vergonha da arbitragem brasileira. Nesta noite de quarta-feira (12), Corinthians e Flamengo não saíram do zero a zero pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.
A Neo Química Arena estava linda, com a presença de 47.031 torcedores presentes. O clima era de tensão, obviamente, mas não deixaram de gritar e vibrar pelo todo poderoso Timão.
O Corinthians chega com o empate para o jogo de volta, que será disputado no Maracanã no dia 19 de outubro, às 21h45. Quem vencer, leva o título. Se continuar tudo igual, a taça será decidida nos pênaltis.
Porém, como o calendário brasileiro é uma loucura, antes da grande final, o Corinthians vira a chave mais uma vez neste sábado (15), às 19h, diante o Goiás, na Serrinha, pela 32ª rodada do Brasileirão.
Tendo Cássio novamente disponível, Vítor Pereira fez o famoso “arroz e feijão” sem novidades, com seus 11 iniciantes sendo a equipe titular de origem.
Vítor Pereira foi a campo com: Cássio; Fagner, Gil, Balbuena e Fábio Santos; Du Queiroz, Fausto Vera e Renato Augusto; Adson, Róger Guedes e Yuri Alberto.
Jogo digno de uma final de Copa do Brasil. Corinthians e Flamengo fizeram um jogo em geral muito equilibrado, o tradicional lá e cá, porém foi marcado por um erro injusto de arbitragem (mais uma vez).
O JOGO
O Corinthians teve o controle do jogo no início do primeiro tempo. Porém, aos poucos, o Flamengo foi se impondo tecnicamente e dificultando a vida dos corintianos. Aos 30 minutos, Fagner foi desarmado no meio-campo e a equipe rubro-Negra saiu em contra-ataque. Da entrada da área, Pedro mandou Gabriel, que ficou cara a cara com Cássio, mas o goleiro saiu bem e fez a defesa. Cássio Ramos de 2012 em estado puro!
A melhor chance do primeiro tempo foi do Corinthians, em um bom momento no jogo. Aos 41 minutos, Gil deu um balão da área defensiva, Léo Pereira não cortou no meio-campo e Yuri Alberto dominou com o campo ofensivo livre. Ele partiu em velocidade em direção ao gol de Santos, mas foi travado por Thiago Maia na hora do chute.
Quatro minutos depois, o Corinthians chegou novamente com perigo. Renato Augusto tabelou com Róger Guedes e ficou com o lance limpo na entrada da área. O camisa 8 de longe, finalizou, porém, pegou mal e mandou para fora.
Corinthians e Flamengo voltaram para o segundo tempo sem alterações no intervalo. E logo com 20 segundos de jogo, na primeira escapada rubro-negra, Gil cometeu falta em Pedro na entrada da área. Arrascaeta cobrou, e viu a finalização sair por cima da meta corinthiana.
Já aos dois minutos, Fausto Vera fez falta em Pedro pela esquerda. Filipe Luís lançou para Léo Pereira na segunda trave, e Cássio ganhou tiro de meta. Em seguida, o Corinthians respondeu após boa trama pela esquerda, com Fábio Santos, que recebeu boa bola em profundidade e cruzou para Yuri Alberto. O centroavante tocou de cabeça, mas sem a direção certa
Aos 12’, Cássio Ramos faz milagre em Itaquera. A equipe Rubro-Negra rodou a bola, cruzou para Éverton Ribeiro, que cabeceou para o meio e Gabigol finalizou, porém Cássio não deixou passar. Mais uma baita defesa do camisa 12.
A resposta veio com Renato Augusto. O meia recebeu a bola pela esquerda, trouxe até o meio e finalizou para o gol, assustando o goleiro Santos.
Após alguns minutos, Vítor Pereira fez duas alterações. Róger Guedes e Renato Augusto saíram para as entradas de Mateus Vital e Giuliano. Logo em seguida aos 30, Ramiro e Mosquito nas vagas de Du Queiroz e Adson.
Confesso que estranhei as mudanças do Vítor Pereira, mas foi de um Corinthians retraído para um Corinthians com mais movimentação pelos lados. Amplitude e profundidade. Talvez, quem sabe, sirva de atenção para o segundo jogo.
Aos 35’, o lance polêmico que marcou o jogo entre as equipes. Yuri Alberto recebeu girando o lateral de Fábio Santos, mas a bola foi “deslocada” por Léo Pereira com a mão. O juiz não marcou o pênalti, inclusive.
E enfim, a decisão acabou no empate 0 a 0.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A arbitragem brasileira ao invés de ajudar, só atrapalha. São detalhes. Detalhes como erros de arbitragem podem ser (e são) cruciais. É nítido o quão aberto está o braço de Léo Pereira, é de surpresa o movimento, mas não deixa de ter colocado a mão na bola com os braços ABERTOS. Roger Guedes admitiu na zona mista que o Léo Pereira falou que tinha batido na mão sim a bola. Portanto, qual o motivo, razão e circunstâncias do árbitro não ter visto e muito menos o VAR? Bom, fica aí a reflexão.
No meu ponto de vista o Corinthians fez um jogo OK. Poderia ter saído de Itaquera com 1×0? Sim. Mas ainda tem mais 90 minutos. Vejo alguns problemas na marcação, como por exemplo: em alguns lances, o Arrascaeta recebia a bola livre. Éverton Ribeiro tinha tempo para pensar. e também, muitos jogadores não tendo a mesma leitura de jogo do Gabigol, que estava vindo buscar bastante o jogo também.
Outro ponto: A dupla de volantes NECESSITA ser revista. Du Queiroz vem muito abaixo tecnicamente, mas não é de hoje. A falta confiança do Du com a bola em campo está nos prejudicando aos poucos. Errou quase tudo hoje. Desde os passes até as decisões tomadas em campo. A sede do Du Queiroz de marcar gols está matando com o futebol dele, literalmente. Em oportunidades que ele poderia dar continuidade na jogada, ou até mesmo conseguir uma assistência, ele simplesmente jogou fora e mete um bolão para o gol. Neste jogo aconteceu isso e vem acontecendo bastante nos últimos. Houve momentos que eu queria entrar na tela da televisão e puxar o Du para sair dos gramados… Difícil.
Meus parabéns são para: Cássio e Gil.
Cássio Ramos de 2012 segue nos ajudando e sendo gigante. Fundamental para não termos tomado gols. Já o Gil fez uma partida brilhante. Não sentiu o jogo, não se afobou e teve uma atuação perfeita, literalmente.
Agora é rever a atuação na partida, mudar os erros e chegar bem no Rio de Janeiro. Ainda não acabou, ainda tem 90 minutos. Jamais desacreditem do Corinthians. Vamos juntos!
Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim.
Por Thayná Carvalho
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
