Em duelo marcado por cinco penalidades máximas, Red Bull Bragantino luta até o apito final e arranca empate com o Ceará
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Na noite deste domingo (21), a cidade de Bragança Paulista estava dominada pelo frio, mas o clima foi totalmente diferente no Nabizão, onde os torcedores presenciaram um forte “calor” de emoção nas arquibancadas, reencontraram um dos “ex-matadores” do Red Bull Bragantino, Matheus Peixoto, não deixaram de apoiar e, principalmente, testaram os corações durante esse duelo maluco, já que ocorreu o tão temido: Festival de Pênaltis.
Embora a igualdade no marcador tenha se mantido na saída para o intervalo, o Braga assustou o arqueiro visitante no início da etapa final, enquanto o Ceará Sporting Club cobrou três penalidades máximas, inaugurando o placar com Zé Roberto. Bom, a pergunta que fica no ar é a seguinte: será que teria mais um pênalti marcado? Claro que sim, pois no apagar das luzes, exatamente aos 55 minutos, Luan Cândido balançou as redes e decretou um empate heroico (1 a 1), em jogo válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2022.
Na tabela de classificação, o Massa Bruta caiu para a 10ª posição e chegou aos 31 pontos, desperdiçando a chance de reabilitação na competição nacional. Por outro lado, o Vovô está cada vez mais próximo da zona de rebaixamento, em 15ª colocado, com 26 pontos, ampliando o jejum de vitórias (três derrotas e dois empates).
O JOGO
1º TEMPO
No início da primeira etapa, o Bragantino realizou sua primeira chegada na área do oponente, na qual Aderlan recebeu a bola de Artur, cruzou à meia altura e Hyoran finalizou de primeira, obrigando o goleiro João Ricardo a realizar uma defesa tranquila. O Ceará, por sua vez, intensificou a marcação e apostou em contra-ataques, adotando uma postura mais defensiva.
Aos 21 minutos, Helinho arriscou de longe, porém não obteve sucesso. Dez minutos depois, o Rei Artur, Carlos Eduardo e “Little Hélio”, novamente, levaram perigo para a meta cearense, entretanto, João defendeu ambas as tentativas.
Quando o relógio atingiu a marca de 36 minutos, aconteceu a primeira oportunidade clara de gol dos visitantes. Em um contra-ataque, Vinícius Goes Barbosa de Souza, mais conhecido como Vina, serviu a redonda para o atacante Jhon Vasquez, que aproveitou e soltou um chute venenoso, exigindo uma “defesaça” do arqueiro bragantino.
Antes do intervalo, exatamente aos 45’, o Poderoso Leão teve uma grande tentativa de inaugurar o marcador, pois “Cadu” recebeu um lançamento de Helinho, conduziu a pelota até a área, foi derrubado por Luiz Otávio e o juiz assinalou pênalti. Na cobrança, Lucas Evangelista bateu forte, no entanto, João Ricardo acertou o canto, salvando o Alvinegro Cearense mais uma vez.
O primeiro tempo encerrou-se com tudo igual (0 a 0), no Estádio Nabi Abi Chedid.
2º TEMPO
Na segunda etapa, o time de Maurício Barbieri retornou do vestiário elaborando chances de abrir o placar e sufocando o adversário. Já o Vozão cresceu no duelo, realizando algumas mudanças no estilo de jogo que era imposto no primeiro tempo.
Aos 15’, Luan aproveitou uma sobra e finalizou de voleio, obrigando João a encaixar a batida. No minuto seguinte, Vasquez respondeu os anfitriões e cabeceou firme, todavia, a bola bateu na trave, saindo pela linha de fundo.
Chegou o momento de comentar sobre a tão aguardada parte desse pós-jogo, ou seja, a continuação do Festival de Pênaltis: na primeira tentativa, aos 28 minutos, Erick bateu forte, Cleiton Schwengber acertou o lado, Vina aproveitou o rebote e deixou sua conversão, mas o VAR anulou o lance, assinalando a invasão do atacante; consequentemente, houve uma nova cobrança, o “Goleiro de Milhões” mais uma vez proporcionou medo no mesmo batedor, adiantando-se para realizar a defesa, razão pela qual o árbitro Bruno Arleu de Araújo mandou repetir a jogada e, por fim, na terceira penalidade máxima, aos 34’, Zé Roberto, que de bobo não tinha nada, chutou a redonda para o meio das redes do Toro Loko, abrindo o placar em Bragança Paulista.
Na medida em que o tempo foi passando, o clube comandado pelo auxiliar Juca Antonello soube administrar a vantagem construída, possuindo muita confiança que sairia com os três pontos. Por outro lado, o Braga promoveu substituições, seguiu lutando e criou oportunidades de reverter a situação adversa, contudo, os jogadores pecaram na hora de finalizar.
No apagar das luzes, exatamente aos 55 minutos, vocês acharam mesmo que a esperança do torcedor do Massa Bruta tinha acabado? Claro que não, porque Gabriel Novaes disputou a pelota na área, onde Messias cometeu falta no camisa 35 e a arbitragem revisou o lance, marcando o último pênalti da noite. Na execução, Luan Cândido, que será pai de um menino, conseguiu deixar tudo igual, realizando um excelente mortal e dando números finais ao confronto.
ENTREVISTA PÓS-JOGO: BARBIOLA
De acordo com o “Globo Esporte”, o treinador Maurício Barbieri atendeu os jornalistas, ficou na bronca com a atuação da arbitragem, realizou uma análise dos pênaltis e exaltou o empate diante do Ceará, comemorando a evolução da equipe do interior dentro das quatro linhas. Confira:
“Na hora do gol do Zé Roberto o Erick está invadindo. Eu tenho imagem aqui e posso mostrar. Por que não mandou voltar? Claro que os jogadores não sabiam disso naquele momento, mas é uma situação difícil. Um senso de injustiça e de que as coisas não estão acontecendo que é muito difícil de lidar”, disse.
“É difícil para gente entender isso. Eu entendo que o VAR não possa atuar nesse quesito, mas é difícil para gente aceitar que houve uma infração e que essa infração deveria ter sido apontada. Eu não estou falando isso só em relação ao Bruno (árbitro da partida), mas em relação a todos os outros jogos porque isso acontece corriqueiramente. Que se mude e amplie a atuação do VAR. Que ele verifique tudo, porque de uma maneira ou de outra acaba sendo uma decisão injusta. Houve um erro da arbitragem independente de quem foi. Isso deveria ser revisto e melhorado”, afirmou o comandante.
“Satisfeitos nós não estamos, sem dúvida nenhuma. A gente trabalhou e se cobra para ter outro resultado. Mas em função de estar perdendo o jogo até 50 minutos do segundo tempo e conseguir ao menos um ponto, é positivo e temos que valorizar. O fundamental foi que hoje nós melhoramos principalmente na questão da atitude, espírito, entrega e combatividade. Uma postura muito diferente do que havia sido no último jogo, que foi algo que incomodou a todos e procuramos trabalhar e ajustar na semana”, completou.
PRÓXIMO COMPROMISSO: EM ITAQUERA, UM DESAFIO IMPORTANTE!
O Red Bull Bragantino volta a campo na próxima segunda-feira (29), contra o Corinthians, na Neo Química Arena, às 21h30 (de Brasília), em Itaquera, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.
“Na força de uma raça, na luta já vencida.” – Hino Bragantino.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.