CARTA AO PAI AMERICANO


Oi pai…

Essa carta vai chegar ao senhor e eu envio notícias boas sobre nosso time. Há pouco mais de 30 anos, eu cheguei na sua vida e, ao longo dos anos, seu amor pelo Coelho foi passando do seu coração para o meu. O senhor viu nosso time comandado por Yustrich e sempre falava dele quando íamos de moto ao Independência sentar naquele cimento quente. O senhor viu nosso clube enfrentar o Milan em 92 e me mostrava o ingresso da partida com todo orgulho. O senhor me jogou para o alto na conquista do Brasileiro de 97 e comemorou feito louco a Copa Sul Minas em 2000. Em 2001, vencemos o Mineiro, um time inesquecível. Como era bom vencer os rivais, sempre soberbos. 

Foto: Arquivo Pessoal/Rayssa Rocha

De lá pra cá, pai, tivemos algumas quedas, mas o Coelho se reergueu, como sua história já demonstra que sempre fará. A série A se tornou nosso lugar, pai, e a América do América está sendo conquistada, passo a passo. O Coelho se classificou para a primeira Libertadores e passou para a fase de grupos em uma campanha histórica. O senhor sabe como eu sou: sofri, chorei, torci, vivi. Foi incrível, pai, e não houve momento que o senhor deixou de estar comigo. Nossos amigos e familiares continuam mantendo o senhor em pensamento nos jogos do nosso time.

Foto: Mourão Panda/América-MG

Hoje não somos mais vistos como candidatos ao rebaixamento (só pelos antis) e as competições internacionais vão se tornar rotina. Acredita, pai? Parece loucura, mas chegamos a um nível espetacular. Hoje só sonhamos com voos mais altos, gigantes como somos. O senhor também ia se espantar com os jogadores internacionais que conseguimos contratar. É o América Dinheiro, pai! A fase é boa demais, estamos aproveitando ao máximo e cobrando para que não voltemos aos tempos difíceis, até de série C (Deus nos livre!). 

Continuaremos torcendo JUNTOS para sempre, paizinho. Obrigada por me ter feito americana. Feliz dia e pra cima deles, Coelho!

Por Rayssa Rocha

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo. 


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