3 DERROTAS EM DERBI, JÁ PODE PEDIR MÚSICA?


Corinthians é derrotado diante o arquirrival e perde a invencibilidade, em casa, pelo Brasileirão

Karen Fontes

Na noite de sábado (13), o Corinthians enfrentou o arquirrival pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro e decepcionou os mais de 44 mil presentes. Mesmo com maior volume de jogo, o alvinegro foi punido pela bola e com gol contra de Roni, foi derrotado por 1 a 0. Com a derrota, o Time do Povo segue na segunda colocação da tabela, com 39 pontos, mas pode perder posições ao final da rodada.

Fiel, pior que perder, é perder jogando bem. É como eu digo: o futebol é uma caixinha de surpresas. Assim como o passe de Cantillo resultou no gol de Arrascaeta, uma inversão de bola sem nexo resultou no gol da vitória do arquirrival. Um erro individual que custou caro demais. O jogo era nosso, dominamos as ações, fomos superiores, jogamos para ganhar, mas o futebol é definido em detalhes e o resultado, na maioria das vezes, é injusto. 

O time da Barra Funda jogou para não perder, sabíamos que o empate para eles estava de bom tamanho, portanto, Cássio não precisou trabalhar, não foi nem acionado no jogo. Um jogo de lá e cá, em que as equipes cederam espaços, a qualquer momento poderia sair um gol, e saiu. Contra times como o rival, não pode vacilar, eles aproveitam o nosso erro, como fizeram hoje. É um time que não erra, portanto, errar é fatal. Um erro bobo e perdemos o jogo. 

A maior falha foi de Fagner, apesar de quem ter marcado o gol contra ter sido o Roni, não existe um jogador com a experiência do Fagner, fazer uma inversão dessa e entregar a bola de graça ao adversário. Imagina se ele tivesse tocado para o Roni, que estava ao seu lado, ao invés de fazer essa inversão de bola? 

Reprodução Premiere

O psicológico dos jogadores do Corinthians precisa ser trabalhado. O time não tem um psicológico bom e resiliente o suficiente. E isto não é de hoje, não é de ontem, é de muito tempo. Não pode tomar um gol e sentir, precisamos reagir, pressionar, buscar o empate e até mesmo a virada. Mostrar quem é o Corinthians e o tamanho da sua grandeza. 

O jogo não era só um Derbi. Era a nossa chance de seguir na busca pelo título. Não que agora não seja, até porque, o Campeonato Brasileiro ainda não acabou, mas, como parar a equipe de Abel Ferreira? Não poderíamos ter saído da Neo Química Arena sem os 3 pontos…

Ponto positivo da partida? Renato Augusto. Que jogador. Que meio campista e que privilégio é ter ele no Corinthians. Voltando de lesão e fez os 90 minutos impecáveis, sendo o melhor em campo. Gerou jogo, criou as jogadas, buscou gol sempre que tinha oportunidade, e inclusive, merecia demais um golzinho se quer pela partida que fez. Estava em todos os lugares do campo. Deu carrinho e se matou até o último segundo. Um jogador que deu outra dinâmica ao meio campo e na armação do time. MAESTRO!

Sendo sincera com vocês, é extremamente evidente os problemas que estamos tendo com a equipe, e por isso, é preciso corrigir e mudar o quanto antes, pois quarta-feira já está batendo na porta. É chegar em outro cenário, com outra postura. Se antes ganhar era obrigação, após hoje, ganhar se tornou MUITO MAIS QUE OBRIGAÇÃO. 

É como eu falo, ser torcedor é ter um lado emocional e racional. Racionalmente, sabemos a situação que o time se encontra, e isso nos desanima demais. Perdemos a Libertadores, perdemos no Brasileiro e quarta-feira tem Copa do Brasil precisando reverter um dois a zero. Tudo isso em pouco mais de 15 dias. É muito para a cabeça do torcedor corinthiano. Tudo dando errado e para os rivais tudo certo. Já o lado emocional acredita até o fim, mesmo sabendo das situações, das derrotas e da eliminação, até porque, nada foi fácil para nós corinthianos, só nós sabemos. Portanto, seguiremos te apoiando, Corinthians. Até o fim das nossas vidas.

Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo. 

Por: Thayná Carvalho.

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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