Apoiado e empurrado por mais de 40 mil torcedores, o Verdão se classificou para as semifinais da Libertadores de forma épica e heróica
Na noite desta quarta-feira (10) o Palmeiras mostrou o quanto têm raça os jogadores para jogar a Taça Libertadores. Após buscar o empate fora de casa, no Allianz Parque segurou a igualdade no placar (estando com 2 jogadores a menos) e na disputa de pênaltis deixou o Atlético-MG para trás, avançando para as semifinais da competição sul-americana.
O time foi guerreiro em campo, a torcida que canta e vibra foi insana e ensurdecedora, e esta combinação criou uma das noites mais inesquecíveis e incríveis do futebol. Vamos para cima, vamos por mais, Avanti Palestra!
O JOGO
Quando o juiz apitou e a bola rolou, nenhum palmeirense poderia sequer imaginar o que estaria por vir. Como era de se esperar, o começo foi equilibrado, com as equipes se estudando. O Palmeiras aos poucos achou espaços para chegar ao ataque e aos 7 minutos Dudu cruzou rasteiro na área, Scarpa tentou finalizar mas foi cortado por Arana.
Aos 14’, Scarpa arriscou da entrada da área e a bola passou perto da trave e saiu. Na casa dos 28 minutos, para nosso desespero, Danilo foi expulso após entrada em Zaracho. Já não estava fácil, com um a menos a angústia tomou conta, a batalha tinha acabado de ficar mais árdua.
Desistir nunca fez parte, e o Palmeiras mesmo em desvantagem ouviu os gritos da torcida e lutou sem parar. Aos 31′, Dudu arriscou de fora da área, mas parou na defesa de Everson. Na casa dos 37’, Weverton salvou um chute de Hulk. Sem maiores sustos, a primeira etapa foi encerrada sem gols.
O Verdão voltou para a etapa complementar disposto a dar tudo de si. Aos 10′, Zé Rafael aproveitou uma sobra e bateu de primeira e por pouco a bola foi para fora. Com a vantagem numérica, o clube mineiro passou a pressionar, no entanto, a segurança defensiva do Verdão afastou todas as tentativas.
Abel levou amarelo aos 33 minutos por reclamação, só que nada é tão ruim que não possa piorar. Aos 36′, Scarpa foi expulso na sequência de um lance onde sofreu uma falta que não foi marcada. Foi aí que o Alviverde fez valer o “todos somos um”. Time e torcida entraram ainda mais sintonia, e enquanto a arquibancada pulsava e cantava para lutarem sem parar, o elenco manteve a cabeça fria para não se entregar.
O Palmeiras mostrou que é cascudo, conseguiu criar chances mesmo com a desvantagem numérica. Veiga soltou uma bomba que explodiu na marcação atleticana, já aos 40 minutos. Quanto mais os minutos passavam, mais nossa agonia aumentava, afinal, o histórico recente de decisões por pênalti não estava dos melhores. O Atlético-MG ainda teve Vargas expulso por receber o segundo amarelo por peitar o árbitro. Vitor Castanheira foi expulso por reclamação quando o segundo tempo já estava encerrado.
Iniciamos a temida disputa de pênaltis, porém, apesar de apreensiva, a torcida do Palmeiras não desacreditou. O Atlético-MG começou batendo e converteu todas as cobranças. O Palmeiras também não errou, Veiga, Gómez, Zé Rafael, Piquerez e Rony bateram conscientes e converteram.
A partida dramática seguiu para as cobranças alternadas, e nelas mandamos embora a zica dos pênaltis. Weverton defendeu a cobrança de Rubens, e Murilo converteu para carimbar o passaporte para as semifinais.
Eu diria que poucas vezes vi o Palmeiras com tanta segurança emocional, mas parando para pensar, eu nunca vi um Palmeiras como o de Abel.
24 horas para comemorar e virar a chave para o Brasileirão, pois o Verdão volta a campo no próximo sábado (13), para um Derby em Itaquera, às 19h.
“PALMEIRAS MINHA VIDA É VOCÊ!”
Por Vânia Souza
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.