Coxa é derrotado para o Santos nesta segunda-feira (8), em casa, e fica a um ponto da ZR
Começo esse texto com sentimentos de revolta e decepção. Sabemos que, em uma partida de futebol, não existe favoritismo. Do apito inicial ao final, são 22 atletas brigando, seja para fazer um gol ou para não levar do adversário. Já vimos times de menor expressão vencendo times multicampeões, e isso não deve ser considerado anormal, afinal, qual a graça teria se o futebol fosse previsível?
Perder faz parte. Ser derrotado não é o fim do mundo. Sempre tem o próximo jogo para tentar recuperar e, se não tiver próximo jogo no campeonato, tem a próxima temporada. Porém, quando as derrotas se tornam constantes e os fracassos viram parte da rotina, a gente cansa. Todo o apoio que o torcedor dá parece ser em vão e você se sente impotente e totalmente sem forças. É assim que eu me sinto.
Queda de treinador, saída de jogador, demissão de “head”, talvez resolveria os problemas. TALVEZ. Sabemos que, se algo não vai bem em um elenco, alguma mudança precisa ser feita. Ainda há tempo. Faltam 17 rodadas. Faltam 23 pontos dos 51 a disputar. Um time que iniciou o campeonato parecendo que não deixaria o seu torcedor fazer contas para não cair, agora nós obriga a pegar de novo as calculadoras. Rotina desgastante do torcedor do Coritiba.
O JOGO
Falando um pouco do que ocorreu no Couto Pereira na noite desta segunda (8). Primeiro, das cenas lamentáveis – e previsíveis – entre as torcidas de Santos e Coritiba. Brigas, tentativas de invasão, polícia, cavalaria… chega a ser cansativo bater na tecla de que violência não leva a nada, de que ir ao estádio está ficando cada vez mais perigoso. Um ambiente que era para ser de lazer e distração, se tornou cenário de guerra.
Em campo, um jogo péssimo no primeiro tempo. Se não teve chuva dentro dos gramados, teve chuva de faltas e cartões amarelos, além de poucas finalizações. Um show de horrores, que não vale nem a pena entrar em detalhes.
Na segunda etapa, logo no início, o primeiro balde de água fria. Com um minuto, Carlos Sánchez cobrou escanteio e Madson, com sua “super altura”, cabeceou e abriu o placar. O gol do adversário fez com que o Coritiba acordasse para o jogo e pressionasse o Santos. Thonny Anderson, que havia entrado no segundo tempo, deu assistência para Léo Gamalho, com seu faro de artilheiro, cabecear e empatar aos 10’.
O Verdão buscou a virada, mas pecou nas finalizações. E a bola meus amigos, ela pune. Já nos acréscimos, aos 47’, Angelo arrancou, ganhou a disputa com Guilherme Biro – o que não é difícil – e encontrou Bryan Angulo, que não desperdiçou a oportunidade. Fim de jogo, Coritiba 1×2 Santos.
Com o resultado, o time alviverde permanece na 15ª colocação, com 22 pontos – um a mais que o Fortaleza, o primeiro time da ZR. A situação é preocupante, visto que times da parte debaixo estão reagindo. Não bastasse isso, a sequência é pesada: Atlético-MG em casa, no domingo (14), às 11h, e Fluminense no sábado (20). Se você tem fé, torcedor, se apegue a ela, e muito, vamos precisar.
GREEN HELL
Não poderia deixar de registrar a parte boa da noite: o tradicional Green Hell, que enfeitou o estádio e deixou o clima encantador. A torcida mais uma vez deu seu show, cantando e apoiando, fazendo aquela festa que poucos sabem.
Novamente, enfatizo aqui: o Coritiba NÃO merece a torcida que tem!
E não esqueçam: vivam com FAIR PLAY!
REAGE, COXA!
Por Viviane Mendes, coxa doida de coração.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.