A VINGANÇA DO DRAGÃO


Em Goiânia, Red Bull Bragantino é superado pelo Atlético-GO e perde a oportunidade de aproximar-se do G6 da competição nacional

Atlético Clube Goianiense e Red Bull Bragantino, em confronto, no Estádio Antônio Accioly, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2022. – Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Dá-lhe Braga, leitores que acompanham o Portal Mulheres em Campo!

Fora de casa, o Poderoso Leão presenciou a força do tão temido “Dragão das Copas”, o qual foi empurrado pelos torcedores atleticanos até o apito final, gerando pressão e, sobretudo, fogo dentro das quatro linhas… ops, digo, dentro do castelo. Diante dessa situação, os nossos guerreiros tinham a missão de resgatar os três pontos da torre mais alta, porém o objetivo dos paulistas não foi alcançado, enquanto os anfitriões tiveram um final feliz e concluíram sua vingança, já que na primeira batalha levaram um “chocolate” (4 a 0) do time comandado por Barbieri, no Nabizão.

Neste sábado (06), o Red Bull Bragantino enfrentou o Atlético Clube Goianiense, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2022. Embora ambos os lados tenham alternado o controle das ações durante o jogo, o Dragão retornou do intervalo “on fire”, demonstrou uma reação, voou mais alto e levou a melhor pelo placar de 2 a 1 (com gols de Marlon Freitas e Diego Churín; e Luan Cândido diminuiu para os visitantes), reencontrando o caminho das vitórias.

Na tabela de classificação, o Massa Bruta estacionou na 8ª posição, com 30 pontos, desperdiçando a chance de aproximar-se do G6 do Brasileirão. Já o Rubro-Negro Goiano segue na zona de rebaixamento, em 18ª colocado, mas soma 20 pontos, quebrou o jejum de 7 confrontos sem vencer (seis derrotas e um empate) e respirou aliviado, ficando próximo de alguns oponentes diretos.

O JOGO

1º TEMPO

Na primeira etapa, o Bragantino possuiu uma marcação firme e dificuldades de sair do campo de defesa, criando poucas jogadas ofensivas. O Atlético-GO, por sua vez, tomou a iniciativa do duelo e, logo aos 4 minutos, Wellington Rato levou perigo às redes dos visitantes, exigindo uma boa defesa de Cleiton Schwengber.

Aos 6’, Dudu cruzou na área, onde o goleiro bragantino defendeu rapidamente, a bola escorregou de suas mãos e quase mandou para a própria meta, entretanto, Cleiton soube reverter a situação, testando mais uma vez o coração dos torcedores. Aliás, faltou pouco para a “casa” não cair, hein?

Aos 9 minutos, Airton tentou anotar o seu gol, obrigando Raul a intervir na batida. Em contrapartida, Jan Hurtado fez o pivô, tocou para Luan Cândido, que de bobo não tem nada, aproveitou e bateu, contudo a finalização não obteve sucesso.

Quando o relógio atingiu a marca de 34 minutos, houve uma boa troca de passes no campo de ataque, onde Hurtado recebeu a pelota de Artur e chutou forte, todavia, a tentativa saiu pela linha de fundo. Dois minutos depois, o camisa 17 do Toro Loko teve mais uma oportunidade clara de inaugurar o marcador e soltou uma bomba, carimbando o travessão.

Aos 39’, “Little Hélio” arriscou de longe e a redonda desviou na marcação atleticana. Na sequência do lance, Bruno Praxedes aproveitou a sobra e chutou firme, exigindo uma excelente defesa de Renan.

Antes do intervalo, exatamente aos 45 minutos, Peglow cobrou uma falta, lançou a bola na área e, na segunda trave, Marlon Freitas cabeceou para fora, proporcionando um “pequeno susto” na torcida bragantina. 

O primeiro tempo encerrou-se com tudo igual (0 a 0), no Castelo do Dragão.

Os jogadores do Atlético-GO comemorando o segundo gol. – Foto: Isabela Azine/Agif/Gazeta Press

2º TEMPO

Na segunda etapa, os dois adversários retornaram do vestiário elétricos e produziram chances claras de gols, no entanto, os jogadores pecaram na hora de finalizar, deixando um suspense no ar de qual plantel iria construir a vantagem primeiro.

Quando o relógio atingiu a marca de 6’, nós obtivemos a resposta, pois Marlon Freitas recebeu de Wellington Rato na intermediária, soltou um chute venenoso, a pelota bateu no travessão, superou o goleiro do Toro Loko e fez uma pintura, abrindo o placar em Goiânia. 

Aos 14’, Peglow cobrou um escanteio, Diego Churín subiu mais alto que todo mundo, cabeceou livre e balançou as redes, fazendo a segunda conversão da noite.

Na medida em que o tempo foi passando, o clube comandado pelo técnico Jorginho, que tem como prioridade o torneio nacional por conta da situação crítica, tirou o pé do acelerador, administrando o resultado. Por outro lado, o Braga promoveu algumas substituições e permaneceu buscando o gol, correndo atrás do prejuízo.

De tanto insistir, exatamente aos 40 minutos, Ramon cruzou na área, onde Carlos Eduardo dividiu com a marcação goiana, a redonda sobrou viva, e Luan Cândido, surgiu de primeira para diminuir o marcador, recuperando as esperanças dos torcedores. 

Na reta final da partida, o Massa Bruta apostou suas últimas fichas para buscar o empate, mas não obteve sucesso. Sendo assim, o árbitro Marielson Alves Silva apitou e o segundo tempo terminou com o grande triunfo do Atlético Goianiense, por 2 a 1, no Antônio Accioly.

ENTREVISTA PÓS-JOGO: BARBIOLA

Segundo o Globo Esporte, o treinador Maurício Barbieri atendeu os jornalistas, lamentou o revés diante do Dragão e disse que os dois tentos sofridos eram “evitáveis”, realizando uma análise geral do embate. Confira: 

“Geramos um bom volume, tivemos uma bola na trave do Jan, tiveram defesas do Renan, mas não fizemos os gols. Acho que eram gols evitáveis que acabamos tomando. Um ponto para corrigir na próxima partida”, disse.

“No primeiro gol, acho que demoramos para se ajustar num lateral defensivo. Demoramos para diminuir o espaço do Marlon. É uma situação de encurtar esse chute. Sobre o escanteio, preciso analisar com calma o porquê o Churín ficou livre. Não quero fazer uma análise agora, mas é sempre um lance mais passível de controlar e evitar”, analisou o comandante.

“Acho que até no primeiro tempo, geramos algumas boas ocasiões, mas mais depois dos 20 minutos. Até então, não estávamos nos encontrando. Eles chegaram bastante com avanços do Dudu. No segundo tempo, voltamos melhores que eles. No momento em que estávamos melhores, eles marcaram em uma desatenção nossa. Depois, fizeram o segundo em bola parada. Depois, tentamos, fizemos um gol, tentamos mais, mas não conseguimos o empate. Eles foram mais eficientes que nós”, concluiu.

O jogador do Toro Loko, Helinho, arriscando de fora da área. – Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

PRÓXIMO COMPROMISSO: NO MORUMBI, UM REENCONTRO ENTRE CENISMO E BARBIERISMO!

O Red Bull Bragantino volta a campo no próximo domingo (14), contra o São Paulo, no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, às 16h (de Brasília), na capital paulista, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.

“Na força de uma raça, na luta já vencida.” – Hino Bragantino.

Por Luana de Oliveira 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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