Na base de uma teimosia absoluta e de uma insistência ferrenha, o Colorado garantiu 3 pontos contra o América-MG
No pré jogo da partida entre Internacional e América-MG (https://mulheresemcampo.com/2022/07/11/fortalecido-pela-noite-epica-na-sula-o-inter-volta-ao-brasileirao/) falamos sobre a importância da partida contra o Colo-Colo, da maneira como aconteceu e de que a virada do placar não seria refletida somente naqueles noventa minutos. O jogo desta noite de segunda-feira (11), pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro reflete essa percepção.
De um lado, o Internacional que vinha para fechar a rodada dependendo de si para estar no G4, um time extenuado e cheio de desfalques. Do outro, um América-MG com unhas e dentes querendo se afastar da área debaixo da tabela.
Se a equipe de Vagner Mancini veio com uma proposta de se defender bem e tentar surpreender no contra ataque, só uma das partes funcionou.
Aos 9′, Heitor roubou a bola ainda no campo de defesa do Internacional e, lado a lado com Pedro Henrique, partiu na correria para o ataque. Foi frente a frente com Cavichioli que o lateral chutou fraco e parou na defesa americana
Aos 13′, a chance que se tornaria ao longo da partida um caso de ódio. O Inter conseguiu envolver a defesa do Coelho e furar os bloqueios, David recebeu a bola LIVRE de frente para o gol, mas foi INCAPAZ de marcar. A chance foi a que passou deliberadamente mais próxima de abrir o placar e que foi custando mais caro com o tempo.
As equipes entraram em uma dança lenta onde cada time dava a oportunidade ao adversário de se restabelecer na defesa e, assim, cada ataque se tornava uma frustração. Um bate de lá, bate de cá que não mostrava muito perigo.
O jogo foi se transformando naquelas tragédias anunciadas, nada de gol e diversas chances que ficaram no quase, como a cobrança de escanteio de Carlos De Pena aos 39′, que faltou um sopro na bola para se tornar um gol olímpico.
Os times foram para o intervalo sem marcar e aí que a coisa acontece. Em outros tempos, veríamos um Internacional voltando com ansiedade e extremamente nervoso, como já aconteceu em diversas oportunidades. A falta da bola na rede por mais de uma vez derreteu a sintonia do time, mas não foi o que aconteceu.
Ambas as equipes precisando da vitória voltaram mais ousadas e buscaram ser mais ágeis na partida. Não durou muito, é verdade, mas os minutos iniciais da segunda etapa foram mais atrativos.
Aos poucos, Cavichioli foi se transformando em um personagem importante no confronto. O segundo tempo foi de chances mais agudas e, com isso, os goleiros que pouco trabalharam na primeira etapa tiveram de aparecer – Cavichioli muito mais que Daniel.
Aos 33 minutos, Daniel tirou o fôlego do torcedor. O goleiro, que vem sendo muito criticado e exposto por erros de decisão, saiu em busca de recuperar a bola, só ele e o atacante, mas dessa vez o bote foi certeiro e o arqueiro Colorado salvou o que seria a melhor oportunidade de gol do time mineiro.
Dali em diante, foi só na reza pelo gol cagado. O jogo se encaminhava para o fim e a torcida já assimilava um empate modorrento na noite chuvosa de Porto Alegre, mas havia um homem que não desistiria.
Já nos acréscimos, cobrança de escanteio para o Colorado. Boschilia cobrou e a bola encontrou o arqueiro do América-MG que espalmou. Na sobra, já fora da grande área, Johnny repôs a bola em jogo que encontrou Moisés, no cantinho, no último centímetro da grama, mas incansável para beliscar a bola e mandar para o fundo da rede.
O lance ainda passou por uma longa revisão do VAR, bem insistente inclusive, mas não houve infração no gol improvável do lateral esquerdo. Bola na rede, fim de papo, três pontos na conta e o Internacional finaliza a rodada na terceira colocação e a 2 pontos do líder.
Por Jéssica Salini
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