Jogando bem, Corinthians derrota o Botafogo e ganha tranquilidade para se preparar para a Libertadores
Em meio ao caos e a desconfiança do torcedor, o Corinthians foi ao Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo e lavou a alma. Com um primeiro tempo avassalador, o Coringão reencontrou o caminho das vitórias ao derrotar os cariocas por 3 a 1, e vai para o segundo jogo da Libertadores com um pouco mais de tranquilidade.
Não foram dias fáceis. Depois da amarga derrota para o Always Ready, torcedores ameaçaram alguns atletas e o clima de insegurança se instaurou no Parque São Jorge. Mas, espantando qualquer hipótese de saídas de atletas, o time entrou em campo 100%, rápido e com fome de gol. Willian, um dos que recebeu as ameaças, atuou apenas 45 minutos, mas com certeza foi o craque do jogo, afinal, jogou o fino da bola e deu assistências para os gols.
O Botafogo lotou o Nilton Santos, mas quem mandou na partida foi o Corinthians. Willian deitou e rolou pela esquerda, infernizando a zaga botafoguense. Foi do camisa 10, o passe para Paulinho inaugurar o marcador.
O adversário tentou responder, mas sem sucesso. Em lance de escanteio, Maycon mandou para Roger Guedes, que só ajeitou para o gol de Mantuan. A arbitragem sinalizou impedimento, mas o VAR corrigiu o erro e validou o gol. Já no fim da primeira etapa, o Timão chegou ao terceiro gol quando Willian e Paulinho tabelaram e Píton, rasteiro, guardou.
Na segunda etapa, os paulistas administraram o placar e VP aproveitou para rodar o elenco, promovendo a estreia Giovane, atacante do sub-20. O Botafogo descontou em cobrança de pênalti de Diego Gonçalves, mas foi só, 3 a 1 Coringão.
Cássio comemorou como nunca, saiu de campo aliviado. Também, depois da boçalidade de ver sua família ameaçada, quem não respiraria aliviado? Concordo que devemos cobrar o time, a postura dos atletas, mas incitar violência, ameaçar crianças e esposas é o auge da covardia. O arqueiro desabafou:
“Então fiquei chateado com as pessoas envolverem meu nome com panela, com uma série de coisas, panelinha, time rachado, isso não existe no Corinthians. Pode perguntar ao presidente, ao Alessandro, ao nosso diretor e ao treinador mesmo. Falando de mim, é só vocês verem, tenho feito tudo o que o treinador pede, de jogar mais com os pés, então fico chateado, sabe? Respeito a crítica, sou ser humano, erro, mas jamais vou me sentir maior que a instituição. Tudo o que aconteceu com minha família e esposa, essas ameaças, a gente sente, não vou dizer que não sinto, que não fiquei chateado, mas é bola para frente, seguir trabalhando, tem coisas muito boas pela frente”, disse Cássio.
O Corinthians me obriga a beber e foi o que fiz. Curti cada gol, comemorei e agradeci a Deus por ser Corinthiana. Foi um jogo de postura, de se afirmar e pôr os pés no chão!
por Mariana Alves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.