O América encara o Potiguar de Mossoró, nesta quarta-feira (30), em disputa válida pela última rodada do returno, às 20h, no Estádio Nogueirão. Líder do campeonato com 13 pontos, o Alvirrubro de Natal dependerá exclusivamente de si para se manter no topo da tabela, o que pode ser um alívio para alguns torcedores, mas que também preocupa um pouco.
Contra o Força e Luz, o América foi superior durante toda a partida, impondo seu jogo em busca da vitória. O resultado foi uma goleada sobre o Time Elétrico, pelo placar de 4×0, com gols de Wallace Pernambucano (2), Thiaguinho e Luis Henrique. Em uma análise fria e breve, é possível afirmar que temos bons jogadores, mas se faz necessário reforçar algumas posições para disputar o Brasileiro sem passar tanto sufoco.
E por falar em sufoco… Às vésperas do duelo, perdemos dois jogadores que atuaram na última partida, após a Segunda Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do RN decidir pela suspensão dos atletas Leozinho (lateral) e Alexandre (zagueiro) por 2 jogos. O que motivou o julgamento foi o América ter permanecido com 12 jogadores em campo por alguns minutos durante o clássico, realizado em 10 de fevereiro. Quanto à arbitragem que falhou durante a substituição dos jogadores, não houve punição.
Por outro lado, o zagueiro Lucas Rex voltou a treinar com o grupo e poderá ser uma opção para Leandro Sena, enquanto Elvinho e Raniery seguem em trabalho de transição.
O redator do GE local, Augusto César Gomes, publicou um texto mostrando os possíveis cenários para a semifinal – vale a pena conferir para entender um pouco melhor – mas, para aqueles que querem objetividade, o América precisa vencer para confirmar o primeiro lugar e qualquer outro resultado pode não ser tão vantajoso. Se vencermos, terminamos em 1º e pegaremos o 4º colocado na tabela. As chances são boas, basta saber aproveitá-las.
Não podemos esquecer que, nessa última rodada, houve intensa movimentação extracampo. Fomos surpreendidos com a informação de que o volante Juninho, cria do América, não seguirá no clube após o Campeonato Estadual. Alguns devem lembrar de uma situação muito semelhante que ocorreu por aqui na temporada passada. Coincidentemente, ambos são representados pelo mesmo empresário renomado. Resta saber se vamos ver o América sair perdendo mais uma vez ou se aprenderam com os erros cometidos no passado.
Sempre defendi a ideia de que carreira de atleta tem prazo de validade, por isso, evito julgar algumas decisões, mas nesse caso, o oportunismo pode ser destrutivo para a carreira de um atleta que eu ainda respeito. Juninho ganhou meu respeito como torcedora ao longo dos anos, por tudo que construiu até aqui, o admiro por seu estilo de jogo e afirmo com todas as letras que ele tem potencial para se desenvolver sem precisar virar as costas para o clube responsável pela sua formação.
Não é segredo para ninguém que o América dificilmente valoriza as pratas da casa. Na minha opinião, Juninho sempre mereceu maior espaço, assim como outros jogadores igualmente talentosos que deixaram o clube. A questão nunca será sair, mas, saber sair. Espero, do fundo do meu coração, que essa negociação seja boa para ambos os lados e que não seja prejudicial para a visibilidade do atleta, como acabou sendo da última vez.
No mais, é partir para Mossoró em busca da vitória e torcer para que Juninho não se torne o novo Zé Eduardo, que após ser reverenciado pela torcida e ter virado as costas quando o clube mais precisava, retornou ao América apenas para receber seu salário sem apresentar um futebol de qualidade em campo.
Por Amanda Oleinik
* Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.