O Náutico garantiu vaga na semifinal da Copa do Nordeste contra o Botafogo-PB na agonia das penalidades máximas
Nesta quarta-feira(23), o Náutico foi à Paraíba enfrentar o Botafogo-PB, pelas quartas de final da Copa do Nordeste e trouxe para casa a classificação para a semifinal. Foi sofrido, foi emocionante, foi nos pênaltis, foi com a torcida e deu o Timba.
No primeiro tempo foram duas grandes chances de gol para cada time, os jogadores do Botafogo miravam no gol e só mandavam para fora, já o Náutico teve o goleiro Luis Carlos como seu empecilho. Foi um jogo bem equilibrado nos primeiros 45 minutos, o negócio só começou a esquentar na volta do vestiário.
Mesmo com as fortes chuvas, o que estava valendo naquele jogo fez com que os jogadores voltassem com mais dedicação, pelo menos na equipe do Belo. A equipe paraibana veio com tudo, não deu chances para o Timba pensar, a cada momento era um novo ataque mas não acertavam o alvo deixando Lucas Perri (goleiro do Náutico) afobado.
Aos 14’ veio a bomba, Richard Franco fez a falta em cima do Leilson, já estava pendurado e levou o segundo amarelo seguido do vermelho e foi desse lance que saiu o primeiro gol da partida. A falta foi cobrada dentro da área e marcaram o gol, mas chamaram o VAR que anulou.
Mas para o torcedor Alvirrubro, nada pode ser de mão beijada e o Belo sabia disso e correu atrás da chance de vencer. Aos 26’, Adriano colocou a bola lá na frente, nos pés de Coutinho, que estava sem marcação, ele fez o cruzamento para Leilsom que estava na frente do goleiro e só precisou chutar a bola e abrir o placar para o Botafogo-PB, 1 a 0.
O mundo da torcida Alvirrubra estava desmoronando, muitos saíram de Recife para prestigiar seu time do coração, mas o time não correspondia às expectativas da torcida. E quando muitos estavam com o pensamento na volta para casa, Junior Tavares mostrou o porquê está no Náutico.
Aos 42’ do segundo tempo uma falta marcada, Junior Tavares pronto para bater e fez apenas o que sabe, fez a cobrança que desviou na barreira e foi para o fundo da rede. Gol do Náutico, o empate que dava a chance do Alvirrubro voltar a sonhar, era só ter coração para suportar os pênaltis.
O juiz apitou e ninguém mais marcou, era chegada a hora do cardíaco fechar os olhos, do religioso rezar, do cachaceiro virar a dose e todas as torcidas se concentrarem.
As penalidades começaram, Lucas Perri e Luis Carlos no gol. Gustavo Coutinho iniciou marcando para o Botafogo-PB, em seguida Pedro Vitor empatou, Leilson e Hereda mantiveram o empate, Ratinho mandou para fora e Amarildo deu a vantagem pro Timba, Adilson Bahia marcou e Juninho Carpina mandou na mão do goleiro deixando tudo igual novamente, Bruno Ré não bateu certo e Perri defendeu. Só cabia a Junior Tavares ser o nosso salvador, ele foi lá e fez o que prometeu, colocou o Náutico na semifinal e fez história no time pernambucano.
Mais uma vez o Náutico faz história em jogos decisivos fora de casa e leva consigo a certeza que precisa melhorar em muitas coisas, pois o próximo jogo não será fácil. Enfrentarão a equipe do Fortaleza, na Arena Castelão, mais uma decisão fora de casa para fazer história ou permanecer morrendo na praia.
Mesmo com toda hostilidade da PM-PB, sem poder usar o manto, sem ver o vermelho e branco na arquibancada, deu Náutico. E ainda tem gente que duvida que o gigante é o Náutico.
Por Daleth Dantas.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Mulheres em Campo.