Fluminense é campeão da Taça Guanabara com direito a show da torcida
Na final da Taça Guanabara, diante do Resende neste sábado (5), o Rio de Janeiro se rendeu ao verde, branco e ao grená. Antes de um minuto de partida Jhon Arias mostrou por que promete ser um dos maiores nomes do Fluminense esse ano. Depois de uma roubada de bola e um passe açucarado de Nonato, o colombiano só teve o trabalho de empurrar para as redes. Reza a lenda que nessa hora já tinha torcedor pedindo o fim da partida. Eu, mera mortal, decidi fazer o que qualquer pessoa iludida faria: fui rezar e não fui ver o jogo, claro.
Na Cidade do Aço, o rolo compressor vinha direto de Laranjeiras. Aos 4 minutos, Ganso deu um presente para Arias, que entregou de bandeja para o sempre garçom Martinelli. Fluminense 2 x 0, já tinha torcedor enlouquecido. E eu alheia a tudo, rezando. Não tenho saúde cardíaca pra jogos decisivos, nunca tive (mentira, tenho sim).
Depois de mostrar ao Resende que é sim o rei do Rio, o Fluminense dominou o antigo estado da Guanabara. E com justiça levou sua taça. E pelo andar do rolo compressor a sequência que não se repetia desde o longínquo ano de 1919 será devidamente quebrada. Décima primeira vitória seguida.
Procura-se adversários e temos time pra dar e vender. Não quero ser pretensiosa, longe de mim, só quero aproveitar o hype, quero me iludir à vontade.
Aos 37 minutos ainda no primeiro tempo, Ganso mostrou por que merece o prêmio garçom do ano. Em um passe típico dele, ou seja, magistral, Nonato agradeceu fazendo o que o Fluminense tem feito de melhor: gol. Fluminense 3 x 0. Sobrou futebol, sobrou talento.
No segundo tempo o Fluminense fechou a conta aos 12 minutos. Em uma nova jogada trabalhada de pé em pé e com o prêmio de garçom do ano sendo disputado pelo elenco, Samuel Xavier passou para Cano, que enquanto procurava a bola ela já estava na rede. Quando a fase é boa, amigo, até um chute mal dado é rede. Cano procurando a bola e o placar já mudava.
Daí pra frente perdoem essa mísera jornalista. O grito de “É campeão” já estava comendo solto. 4 x 0 aos 15 do segundo tempo, um time envolvente, só uma derrota até agora título com uma rodada de antecedência. Toda a partida foi mero cumprimento de tabela.
Abelão sabe o que faz. Embora contestado no primeiro jogo, nossa única derrota, um dos maiores nomes das Laranjeiras mostrou por que é ídolo. Como diz nosso hino: fez a torcida querida vibrar de emoção.
E o Rio se rende as Laranjeiras. Vence o Fluminense usando a fidalguia. Salve o tricolor.
por Angelita Campelo
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