GANHANDO OU PERDENDO, SEREMOS PALMEIRAS


O resultado não foi o esperado, mas o visto em campo foi além do que imaginávamos. Temos um elenco guerreiro, um comandante firme, e temos orgulho de sermos Palmeiras 

Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

O clima parecia bom para o Verdão, atual campeão da Libertadores, que enfrentaria o Chelsea, detentor da Liga dos Campeões. A confiança na equipe liderada por Abel Ferreira, que em 15 meses, estava disputando sua sétima final, espalhou-se pelos Emirados Árabes e pelas ruas de São Paulo, especificamente nas ruas Caraíbas e Palestra Itália.

Em Abu Dhabi, a invasão alviverde deu um show à parte. Presente nas arquibancadas, a torcida que canta e vibra não parou de apoiar um segundo sequer. Todos somos um, e fomos. Empurramos o Verdão das arquibancadas, das ruas, de casa, sempre acreditando até o apito final.

O plano de Abel Ferreira estava montado e todos os jogadores dispostos a cumprir suas funções. Funcionou e vimos um primeiro tempo em que, apesar de deixar o adversário mais com a bola, levamos perigo ao gol de Mendy com Dudu. Os europeus assustaram com um chute de longe de Thiago Silva, mas Weverton fez bem a defesa. A primeira etapa, porém, terminou sem gols.

No segundo tempo, mais a vontade no jogo, o Chelsea abriu o placar aos 9 minutos, quando Hudson-Odoi acertou um cruzamento na cabeça de Lukaku, que subiu mais que Luan para balançar a rede. O Palmeiras não se desesperou e empatou aos 18 minutos em uma cobrança de pênalti convertida por Raphael Veiga. No lance, Thiago Silva subiu com a mão aberta e tocou na bola, o VAR chamou o juiz para a marcação da penalidade.

A partida só foi decidida aos oito minutos do segundo tempo de prorrogação. Luan, de costas, subiu para disputar uma bola no alto, a bola bateu em sua mão e o juiz marcou a penalidade para os ingleses. Havertz bateu bem e converteu. Vimos o Verdão lutar do início ao fim, vimos o amadurecimento e a união do grupo. Contra tudo e contra todos, fomos mais longe do que esperavam.

Ao som do apito final, a torcida alviverde fez a única ação possível e aplaudiu a equipe que lutou até o fim. Luan, longe de ser o vilão do jogo, terá mais uma vez que se reerguer, pois fez uma grande partida até o lance do pênalti, fruto de uma regra questionável. Os nervos devem ter feito com que o zagueiro fizesse a falta que o expulsou, mas é impossível culpá-lo. Agora ele precisa levantar a cabeça e seguir em frente. Como já vimos antes, com apoio de Abel Ferreira em suas peças, é totalmente possível.

Sem dúvidas, o título deixaria esse início de temporada ainda mais tranquilo. Contudo, assim como todo o time, cantando e vibrando em tantas decisões, a torcida amadureceu junto ao time, e sabe que agora mais do que nunca é estar presente e mostrar todo apoio. Claro que lamentamos a derrota, pois sempre queremos ver o Palmeiras no alto, sempre campeão. 

Ainda neste mês, o Palmeiras enfrenta mais uma final, consequência do mesmo título da Libertadores 2021. Diante do Athletico-PR, o Verdão disputa a Recopa Sul-Americana no dia 23 de fevereiro. O lamento pela derrota tem prazo certo para acabar, pois logo outra chance de título chega.

Apesar de voltarem sem a taça, a delegação foi recebida pelos torcedores na chegada a São Paulo. Assim como fizemos na ida, apoiamos mais uma vez. Ganhando ou perdendo estaremos juntos.

Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

Se tem algo que não podemos esquecer, é que o Palmeiras é gigante! Temos uma geração vitoriosa, constante, que com alguns pequenos ajustes deixará a galeria de títulos alviverdes ainda mais extensa, além disso, deixarão também seus nomes na história. Avanti Palestra!

Por Victória Amorim e Vânia Souza

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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