Corinthians estreia no Paulistão na noite de terça-feira (25), joga bem, mas não sai do 0 a 0
Esperamos ansiosamente pela estreia do Corinthians no Paulistão, passamos o sufoco costumeiro e o placar não saiu do insosso 0 a 0. Como suspeitávamos, a escassez de gols e de proatividade nos jogos treinos foram indicativos que o início de 2022 não será fácil. Por outro lado, tivemos pontos positivos no duelo que merecem ser exaltados.
Diante da Ferroviária, em Itaquera, o alvinegro reencontrou a Fiel e um de seus ídolos recentes, Paulinho. No entanto, tivemos que esperar pacientemente pela entrada do veterano, uma vez que Sylvinho não o colocou na equipe titular.
O Corinthians merecia a vitória, mas futebol não é sobre merecimento, é sobre efetividade. Perdemos gols que não poderiam ter sido perdidos. Erramos demais. Claro, pesou a falta de ritmo, de entrosamento, afinal, foram só duas semanas de treinos e muitas mudanças no posicionamento do time.
O técnico merece críticas? sim! Mas também merece elogios! Sylvinho sacou Fábio Santos e Gabriel, que tanto deixaram o time lento e promoveu as entradas de Píton e Du Queiroz. Piton jogou o fino da bola e foi um dos melhores em campo, com 99% de passes certos, enquanto Queiroz, evidentemente, está esquentando o lugar de Paulinho. Inclusive, na segunda etapa, Du deu lugar a Paulinho que eferveceu o jogo e por pouco não marcou. Em pouco mais de 30 minutos, o camisa 15 mostrou porque é aclamado pela Fiel, flutuando em campo!
Outro que entrou no time foi Mantuan, que por sua vez, atuou como centroavante, mas não teve o mesmo desempenho dos companheiros. O menino não tem a força física necessária para posição e acabou sendo castigado.
Willian, Renato e Giuliano também merecem destaque, sobretudo pela qualidade nos desarmes e nas ligações de contra-ataques. No entanto, o time não soube aproveitar as bolas alçadas na área, fundamento que precisa ser trabalhado urgentemente. O camisa 10 apoiou bastante Fagner pela direita, o que pode ser a chave para o Corinthians. Destaco ainda, a liderança de Renato Augusto, que o tempo todo dialogou com o treinador sobre o posicionamento do time, o que demonstra que temos um time unido, diferente do que tivemos no passado. Já Roger Guedes, o novo 9, falhou nas decisões e ainda sofre para encontrar uma posição confortável dentro de campo.
Observando o todo, a verdade é que estamos num bom caminho, apesar do tropeço em casa. Fomos superiores, dominamos o adversário, mas foi um daqueles dias em que simplesmente a bola não entra. Foi um jogo de ataque contra defesa, o que nos enche de esperança para outras competições. O Paulistão será, sim, uma espécie de laboratório de Sylvinho, e vale a pena seguir testando, mas tendo consciência. O treinador ainda terá outras peças, como Cantillo que entrará na briga pelo meio campo, por isso, precisa fazer o simples e parar de inventar moda na hora de escolher o esquema tático.
por Mariana Alves
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