Corinthians vence o Athletico e mantém invencibilidade em Itaquera
Foram mais de dois anos longe de Itaquera. 738 dias sem ver o Coringão dentro da nossa casa, sem poder pular e cantar na bancada. Mas essa agonia teve fim neste domingo (28). Voltei ao estádio, feliz, com os olhos marejados e muita gratidão a Deus. Voltei cheia de ansiedade e vontade de cantar até ficar rouca.
Estádio cheio, torcida ensandecida. Pulei, gritei, chorei. Sai rouca, com os pés cheios de bolhas, mas com o coração quentinho. Sai com sensação de dever cumprido e feliz por mais uma goleada do Timão por 1 a 0.
O adversário foi o Athletico e tínhamos a missão de seguir no G4. Objetivo conquistado com sucesso, 3 pontos na conta e classificação a Libertadores 2022 garantida.
O jogo foi no jeito Corinthians de ser. Dominamos a partida, mas sofremos com o arremate final. Cássio pouco trabalhou, enquanto o árbitro tratou de amarelar todo o sistema defensivo do Corinthians. Na primeira etapa, o alvinegro sofreu para converter em gols, o seu domínio. Renato Augusto serviu bem Jô, que bateu rasteiro, acertando na trave, nossa melhor oportunidade.
O sol castigava o torcedor, falo por experiência própria, mas isso foi o de menos. Seguimos firmes, cantando, pulsando, empurrando o Coringão. Veio o segundo tempo e o Corinthians seguiu comandando as ações. Roger Guedes foi quem mais buscou a área. Willian entrou e incendiou o meio de campo. O almejado gol saiu em lance de Guedes, que partiu em velocidade pelo lado esquerdo. O camisa 123 serviu Renato Augusto, que quando tentou mandar na área viu Marcinho interceptar a bola com a mão. Pênalti. Fábio Santos, rei das penalidades, foi para a cobrança e guardou! 1 a 0.
O Corinthians até tentou ampliar o placar, mas é aquilo: se não é sofrido, não é Corinthians. Vivemos a agonia até o fim, sobrevivemos aos 5min de acréscimos. Soltamos o grito! Vencemos! Seguimos invictos em casa!
O próximo compromisso do Corinthians será dia 5, contra o Grêmio, também em Itaquera, às 16h.
Por fim, reforço nossa máxima: não se explica o que é ser Corinthians. Mais uma vez tive a companhia de minha parceira de arquibancada Victoria Monteiro. Dividimos a ansiedade, a breja, a felicidade. Foi do olhar em “foi pênalti?”, ao êxtase de se abraçar e comemorar o gol da vitória. Foi voltar a acompanhar o masculino, foi rir e agradecer. Foi do grito de “Vai Corinthians” ao “Festa na favela”. Foi a gente, foi preto no branco, foi CORINTHIANS!
Por Mariana Alves
* Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.