CHEIRO DE PIPOCA NO AR


No primeiro Clássico-Rei com a volta das torcidas, Fortaleza é atropelado pelo rival

Foto: Divulgação/Fortaleza EC

Meu povo, estou até agora procurando a placa do caminhão. Foi muita pipoca. Pode até chamar o elenco de IFood, porque perdi a conta de quantas entregas foram feitas. 

Na noite desta quarta-feira (17), a Arena Castelão recebeu o clássico Fortaleza x Ceará, às 20h, válido pela 33ª rodada. O rival, que jogava como visitante, venceu por 4×0. O Leão continua em seu jejum de vitórias (5 jogos) e segue estacionado com 49 pontos. 

A arquibancada vibrava na entrada dos dois times em campo. O técnico Juan Pablo Vojvoda mandou a campo o time com Marcelo Boeck, Tinga, Titi, Benevenuto, Bruno Melo, Yago Pikachu, Jussa, Ronald, Éderson, Depietri e Robson. Porém, metade desses caras parecem que não entraram nas quatro linhas para jogar um clássico, mas apenas para cumprir tabela. Postura displicente, inaceitável, patética, inadmissível e ridícula.

PRIMEIRO TEMPO

A sequência de erros e os apagões fizeram a partida ser de um time só. O rival aproveitou os erros do Fortaleza e fez seu papel. Não errou quando chegou à meta de Boeck e levou os 3 pontos com méritos. Logo aos 13’, em saída errada do goleiro Tricolor, que tinha três opções livres, mas preferiu dar a bola a Éderson, completamente marcado. O volante não dominou, perdeu a bola e Lima abriu o placar. O Fortaleza finalizou em seguida com Tinga e Pikachu, mas sem riscos.

Aos 44’, o Leão teve cobrança de escanteio. O time completo dentro da área e o esfarelado do Pikachu cobrou um escanteio curto, numa jogada ensaiada (???) e armou um contra-ataque para o rival que, novamente, não desperdiçou. Ceará 2×0 e fim de primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Vojvoda mexeu no time já na volta do intervalo colocando Matheus Vargas no lugar do zagueiro Titi. O time não se encontrava em campo e seguia numa sequência absurdas de erros. Meu Deus, por quê? 

Aos 30’, Romarinho e Edinho entraram para a saída de Depietri e Robson. A postura do elenco não mudou muito. Na sequência, Tinga errou o domínio de bola e armou o cenário da catástrofe. O Ceará foi lá e guardou. 3×0. Depressão, choro e ranger de dentes. E para piorar logo a desgraça, tomamos gol de Yony González, meu Deus. 4×0. Tristeza e melancolia.

O Fortaleza olhou para a ladeira e disse “vou descer”. Um dos piores jogos em quase 30 anos. A mística “Daquelas camisas” merece respeito. Simplesmente sem entender e sem digerir a partida. Faltou tudo. Entrega, raça e coração para se jogar um clássico. O próximo jogo será contra o Palmeiras, na Arena Castelão, sábado (20), às 19h. Deem a vida ou as últimas rodadas serão na base do apavoro.

Por Sara Cordeiro

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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