No Brasileirão, Athletico e Flamengo repetem o 2 a 2 do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil
Quem acompanha o futebol, seja torcendo, como imprensa, jogando aquela pelada, ou profissionalmente, sabe que o esporte Bretão tem uma infinidade de jargões. “Catimba”, “chutou a orelha da bola”, “onde a coruja dorme”, “abriu a caixa de ferramentas” e “empate com gosto de vitória” são alguns deles.
Esse último, “empate com gosto de vitória”, foi o que o torcedor atleticano vivenciou na última partida entre Athletico e Flamengo pelo Brasileirão, que aconteceu na Arena da Baixada.
Mordido, em razão da desclassificação na Copa do Brasil causada por este mesmo Athletico, o torcedor já sabia que o Flamengo viria com sangue nos olhos. Foi com esse sangue e com uma falha do infalível goleiro Santos, que o Furacão tomou 2 gols logo no primeiro tempo, na frente da sua torcida apaixonada que, não muito contente, tentava se acalmar.
Aquele que Não Deve Ser Nomeado (diz a lenda que se falar o nome dele três vezes em frente ao espelho ele aparece pra te provocar) não marcava há seis jogos pelo seu time, e buscou a redenção justamente contra o Athletico, fazendo logo dois gols.
Até o final do primeiro tempo, o Furacão lutava, buscava criar jogadas, mas mesmo com maior posse de bola e sem levar perigo do adversário, viu o Flamengo marcar duas vezes. Na arquibancada, o torcedor lutava junto, da forma que podiam.
Sempre dizem que vestiário ganha jogo e, muito provavelmente, isso fez efeito para o segundo tempo. Se já estava bem na primeira etapa, na complementar sufocou o adversário, e foi assim mesmo que marcou três gols. TRÊS GOLS, SENDO UM ANULADO.
Renato Kayzer mais uma vez mostrou que a camisa rubro-negra só se veste por amor. Ao marcar o primeiro, que precisou ser validado pelo VAR, saiu correndo com a bola para o meio de campo. Ele queria a virada, ele queria os três pontos. A Baixada explodiu quando o segundo gol foi marcado por Terans, e lamentou, na sequência, quando foi anulado.
Mas ainda teve o terceiro, nos acréscimos, daquele jeito que o Athletico gosta. Bissoli desviou e empatou a partida em 2 a 2. A Baixada veio abaixo. O Caldeirão do diabo efervesceu e explodiu. O atleticano só queria mais 5 minutos. Mais 5 minutos e a história seria outra. Com a empolgação era certo que o Furacão viraria o jogo.
Mas o apito final veio, e com ele o suspiro do torcedor. Os 3 pontos, importantíssimos nessa reta final de Campeonato em que flerta com a Z4 não vieram. Mas o Flamengo não venceu na Arena, e tomou sufoco, e o atleticano pôde dormir bem.
Por Daiane Luz, setorista do Athletico no Portal Mulheres em Campo.
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