ESCREVE NA MINHA LÁPIDE: AGUENTOU ATÉ DEMAIS!


Peixe perde mais uma e o flerte com a segundona ganha ares de namoro

Na tarde deste sábado (23), o Alvinegro Praiano recebeu o América-MG em partida válida pela vigésima oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Não sei se pesou mais o psicológico ou o tático, o que sei é que com a vontade que entraram em campo a derrota era vista como certa. Ademir e Alê (parece dupla sertaneja, mas não é) marcaram os gols do Coelho. O resultado afunda um pouco mais o barquinho branco e preto furado há vários anos. Oremos!

Foto: Reprodução Santos Depressivo

Na lembrança do torcedor, um jogo qualquer de algum campeonato anterior em que as coisas foram bem ruins para nosso lado, parecia quase um prenúncio do que viria. Naquela oportunidade foram chutes em direção ao gol, que nunca se transformaram em gritos de comemoração, desta vez nem isso teve.

Dá para salvar um e outro e em raríssimos momentos. Tardelli, João Paulo sempre, Marinho às vezes. A “culpa” vai acabar sobre as costas do técnico, que até errou em diversas ocasiões, mas a verdade é que esta é uma conta acumulada há tempos e que uma hora terá de ser paga. Em entrevista coletiva após o jogo, o comandante alvinegro falou em trabalho e botar a cabeça em ordem. A sensação que dá é que se treina para nada e que a cabeça deve estar em Miami.

O jogo parecia uma sucessão de azares, nada funcionou e sempre pode piorar. Aos 44 minutos, quando já me conformava com um zero a zero, uma conversa no vestiário e possível melhora, Camacho sentiu uma lesão muscular e precisou ser substituído. Nesse momento, é fácil imaginar os tais deuses do futebol reunidos olhando para a Vila Belmiro com sua torcida modesta acreditando até o último segundo nesse time desgranhento. 

Tenho quase certeza de que um olhou para o outro com cara de menino pronto para colar chiclete no cabelo da coleguinha sentada na carteira da frente, um deve ter esfregado as mãos, talvez um deles tenha tido pena, mas era minoria… todos esperando o lance que mudaria a noite, e talvez a vida, do torcedor. Imagino a gargalhada quando viram Jean Mota se aproximando da linha lateral. A primeira substituição da noite. O resultado… 

Jean Mota, a cara do meu salário: quando pensei que estava chegando, já havia ido embora e ainda deixado um saldo negativo. Por que Senhor!? O meia ficou em campo tempo suficiente para fazer uma falta que originou um pênalti que resultou em gol. Daquelas falta de sorte que não dá para contestar. Menos de dois minutos. O que dá para fazer em menos de dois minutos, meu deoos. Matar alguém?

Ademir cobrou e João Paulo não conseguiu salvar desta vez. Placar aberto, vamos acordar agora, né? Não exatamente! 

Voltamos para a segunda etapa com mudanças  na escalação: Madson no lugar de Pará e Marcos Guilherme no lugar de Sánchez. Parece que o tal papo transformador ficou no vestiário. No primeiro minuto de jogo, a situação que já estava ruim, conseguiu piorar. Confusão na área após cobrança de escanteio e gol adversário. Alê só teve o trabalho de empurrar para as redes. 

Agora, era o Coelho tentando administrar o placar e o Peixe buscando o milagre de balançar as redes. Mas em dias de azar nada flui e ela simplesmente não entrou. Fim de papo na Vila e só sei que tá doendo. Tempos sombrios para o torcedor santista.

Com esse resultado o Peixe cai para a 16ª colocação na tabela com 29  pontos e depende do resultado de outras partidas para permanecer fora da zona da degola. Na próxima rodada enfrenta o Fluminense em casa, às 19h (de Brasília). Seguimos.

#ReageSantos 

Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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