LA MANO DE VAR


Athletico e Flamengo empatam em 2 a 2 no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil

(Foto: Athletico Oficial/Fábio Wosniak)

Certa vez, Maradona disse em entrevista, que teria sido preso se existisse o VAR quando aconteceu o famoso evento “la mano de Diós”. Na noite de quarta-feira (20), enquanto o Athletico vencia o poderoso e midiático Flamengo, de virada, por 2 a 1, o árbitro do VAR é quem poderia ter sido preso.

Apesar do empate aos 51 do segundo tempo, o Furacão saiu de cabeça erguida quando, contrariando todas as expectativas, principalmente do jornalismo especializado, deu canseira no outro rubro-negro. O Furacão fez o adversário  ficar em seu campo de defesa em grande parte do jogo, e só não saiu com a vitória porque o VAR existe.

O JOGO

Em jogo válido pela ida das quartas de final da Copa do Brasil, Athletico e Flamengo se encontraram às 21h30 na Arena da Baixada. Com quase 10 mil torcedores, sendo alguns deles flamenguistas infiltrados, a Arena viu um Furacão aguerrido e bem diferente daquele que disputa o Campeonato Brasileiro.

Alberto Valentim entrou com o que tinha de melhor dentro das possibilidades: Santos, Thiago Heleno, Pedro Henrique, Nico Hernandéz, Marcinho, Abner, Cittadini, Erick, Nikão, Terans e Renato Kayzer.

A Baixada estava “on fire”, e a partida começou com um Athletico bem posicionado que incomodou o Flamengo no começo do jogo e foi melhor, até que tomou o banho de água fria com um espaço da marcação e um gol de Thiago Maia que abriu o placar para o visitante. Após o gol, o time ficou assustado e parecia que não teria reação. As equipes foram para o vestiário com o placar de 1 a 0 para o Flamengo.

Na volta para o segundo tempo, mais uma vez a postura do Athletico foi outra. Toques de bola, infiltrações, enfiadas de bola, e o gol só não acontecia porque Terans estava muito marcado, e porque Renato Kayzer não conseguia encaixar. Foi quando em uma bola parada, na cobrança do escanteio, que Pedro Henrique, de cabeça, abriu o placar do Furacão e empatou o tento.

O segundo gol veio da cabeça dele: Renato Kayser, que recebeu aquela bola na medida de Abner, ganhou do (nosso) Léo Pereira, e mandou um balaço para virar o placar. A torcida não acreditava. Seria verdade que o “pequeno” Athletico Paranaense como dizem por aí venceria o gigante Flamengo? Contra tudo e contra todos?

Não foi bem assim.

O árbitro deu 6 minutos de acréscimo e no último respiro, Lucas Fasson que entrou no segundo tempo fez, ao que parece, uma falta dentro da área. Uma bola que nem tinha destino, uma jogada perdida, mas o VAR não titubeou. Chamou o árbitro que assinalou a penalidade máxima para o visitante. Não deu outra. O Flamengo empatou o jogo aos 51 minutos, e a partida se encerrou, deixando aquele gosto amargo nos torcedores pelo empate no finalzinho, mas a esperança de que, jogando como jogou, tem TODAS as chances de virar esse jogo no MARACA. Não gostou? CHORA!

Christian estava suspenso em razão de expulsão contra o Santos, Richard não jogou por cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo – e segundo informações não veste mais a camisa rubro-negra – e Bissoli também não pôde jogar por já ter disputado a Copa pelo Cruzeiro.

Destaques para Pedro Henrique que, além do seu primeiro gol com a camisa do Athletico praticamente, anulou a defesa do Mengo, e para CittaDeus, que fez uma partida perfeita como há muito não acontecia. Para Cittadini, o que fez toda a diferença para que o time estivesse tão concentrado e aguerrido foi a presença da torcida: “passamos muito tempo longe da nossa torcida, sentimos falta desse apoio”.

Vamos, ó meu Furacão!

Vamos lutar por mais essa taça!

Por Daiane Luz, setorista do Athletico no Portal Mulheres em Campo 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna, não representam, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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