A torcida vibrou aos 52’ com o gol daquilo que seria a vitória Celeste, mas o juizão anulou e causou polêmica
O Cruzeiro enfrentou o Operário nessa quinta-feira (16), na Arena Buser, na cidade de Sete Lagoas-MG, pela 24ª rodada da Série B. A torcida Celeste marcou presença e todos os ingressos disponíveis foram vendidos (30% da capacidade do estádio).
Tudo parecia favorável à Raposa, que começou bem, abriu o placar, mas cedeu o empate com um gol de pênalti questionável. Já no final da partida, o Maior de Minas pressionou, chegou a marcar o segundo gol, mas o juiz anulou com “ajuda” do VAR.
Após o gol que seria do desempate, uma confusão tomou conta do duelo e a partida ficou parada por mais de 12 minutos. Membros das duas comissões técnicas invadiram o campo, os jogadores ficaram alterados, e o técnico Vanderlei Luxemburgo foi expulso.
O placar de 1 a 1 foi péssimo para o Cruzeiro que ainda segue com chances de acesso. O presidente Sérgio Santos Rodrigues mostrou sua indignação com o ocorrido em seu Twitter: “É assim mesmo @CBF_Futebol que vocês querem impedir a gente de subir???? A-B-S-U-R-D-O Lance é inconclusivo, o mínimo que tinha que ser feito era manter o resultado de campo!!”, publicou o presidente do Cruzeiro.
De fato, o juiz Rodrigo Dalonso Ferreira foi péssimo. Prejudicou sim o Cruzeiro. Marcou um pênalti duvidoso, não deu os acréscimos necessários, não marcou faltas a favor do Cruzeiro no decorrer da partida e anulou o gol sem imagens conclusivas. De fato, a bola tocou na mão do jogador Celeste, mas as imagens que mostra tão situação não foi avaliada pelo árbitro.
O jogo
A partida começou frenética com o Cruzeiro buscando mais e obrigando o adversário ficar na defesa. Domínio Celeste até que aos 16’ Fábio deu um chutão, a bola chegou em Marcelo Moreno, que a cabeceou, a zaga adversária falhou. Claudinho girou o corpo e bateu de canhota para o fundo das redes. Cruzeiro 1 a 0.
Após o gol o Cruzeiro recuou, mas não se aproveitou dos contra-ataques. O Fantasma cresceu em campo, ficou com mais posse de bola e passou a gostar do jogo. Aos 37’ o juiz marcou pênalti a favor do adversário. O zagueiro Eduardo Brock teria levantado muito o pé e acertado o atleta adversário.
O atacante Paulo Sérgio esperou um tempo, caminhou lentamente acelerou o passo é bateu firme no canto esquerdo. O goleiro Fábio foi para o lado direito e não teve a menor chance de defesa. Placar igual, 1 a 1.
O segundo tempo foi todo cruzeirense. A equipe foi toda para frente. Luxemburgo fez substituições importantes: saíram Dudu, Cáceres, Claudinho, Matheus Pereira e Adriano, e entraram Felipe Augusto, Marco Antônio, Giovanni, Thiago e Rafael Sóbis.
A polêmica
Já nos acréscimos finais, aos 52’, a bola foi lançada na frente, Reniê tentou tirar, Marco Antônio pegou rebote, chutou para Marcelo Moreno mandar de primeira. Cruzeiro 2 a 1.
Os jogadores do Operário reclamaram o toque de ombro de Moreno. O tempo fechou! Discussão entre os atletas já em campo, as comissões técnicas também entraram no gramado, o técnico Vanderlei Luxemburgo acabou expulso e se rezava ir para o vestiário. O auxiliar Maurício Copertino também levou cartão vermelho.
Como os ânimos não se acalmavam, o juiz chamou a polícia. Com muito custo, ele foi até o monitor do VAR e anulou o gol Celeste. A bola bateu no ombro de Marco Antônio antes de chegar em Moreno.
Vanderlei Luxemburgo em coletiva após o duelo, afirmou que as imagens do VAR não eram conclusivas, sendo assim a responsabilidade é do próprio árbitro em validar o gol.
Destaque
Sem dúvida, o destaque negativo da partida foi o árbitro que não conseguiu conduzir bem a partida. Em compensação, o goleiro Simão do Operário se destacou por defender tudo no segundo tempo e impedir que a Raposa marcasse mais gols. Muitos chutes de Marcelo Moreno, Eduardo Brock e Rafael Sóbis. Pior para o Cruzeiro que pontuou apenas um ponto.
Sobre a tabela
Mais um empate. São 12 empates em 24 jogos. A situação de classificação fica a cada dia mais complicada. Faltam apenas 14 partidas para o fim da competição.
O Cruzeiro tem 30 pontos. A rodada termina no sábado (18). O quarto colocado é o CRB, que também já jogou e empatou com o Vasco por 1 a 1. Dessa forma, a diferença entre Cruzeiro e o G4 segue sendo de 11 pontos.
Próximo confronto
O Cruzeiro volta a campo já no domingo (19), para enfrentar o Vasco da Gama, no estádio São Januário, na cidade do Rio de Janeiro. A partida válida pela 25ª rodada, será às 16h, sem a presença da torcida adversária.
Ficha técnica: Cruzeiro 1×1 Operário
Motivo: 24ª rodada Campeonato Brasileiro série B 2021
Local: Arena Buser – Sete Lagos/MG
Data: 16/09/2021
Árbitro: Rodrigo Dalonço Ferreira (SC)
Assistentes: Helton Nunes (SC) e Alex dos Santos (SC)
VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)
Cartões Vermelhos: Vanderlei Luxemburgo (técnico do Cruzeiro), Maurício Copetino (auxiliar do Cruzeiro) e Matheus Costa (Operário)
Cartões amarelos: Marcelo Moreno, Eduardo Brock, Vanderlei Luxemburgo (Cruzeiro); Leandro Vilela, Thomáz, Djalma, Simão Fabiano (Operário)
Cruzeiro: Fábio, Raul Cáceres (Marco Antônio), Ramon, Eduardo Brock, Matheus Pereira (Thiago), Adriano (Rafael Sóbis), Rômulo, Claudinho (Giovanni), Wellington Nem, Dudu (Felipe Augusto) e Marcelo Moreno. Técnico Vanderlei Luxemburgo
Operario: Simão, Fábio Alemão, Rodolfo, Reniê, Fabiano, Leandro Vilela (Alex Silva), Marcelo Santos (Rafael Longuine), Thomáz (Felipe Garcia), Marcelo (Pedro Ken), Djalma Silva (Gustavo Coutinho) e Paulo Sérgio. Técnico Matheus Costa
Por Sam Bella, setorista do Cruzeiro
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