Na perseverança, Canadá fatura o ouro inédito em Tóquio
Quando a final do futebol feminino foi definida, a Suécia foi considerada ampla favorita pela campanha realizada ao longo da competição. Com o 100% de aproveitamento das suecas, o Canadá era considerado a zebra. No fim, os apostadores do azarão se deram bem e provavelmente levaram uma bolada, porque o ouro ficou com as canadenses.
Futebol não é justo, e nem sempre a melhor equipe leva. Futebol é efetividade, raça e busca intensa, e isso as canadenses cumprem rigorosamente. Depois de dois bronzes nas últimas edições, Londres-2012 e no Rio-2016, finalmente o inédito e almejado ouro saiu.
A conquista tem influência direta da goleira Stephanie Labbé, mas antes de falar dela, vamos ao jogo.
Como esperado, a Suécia começou melhor, controlando a partida e marcando pressão. Jakobsson teve boa chance de cabeça, mas Labbé fez boa defesa. Blackstenius abriu o placar batendo de primeira, depois de vacilo da zaga canadense e cruzamento de Asllani. O primeiro tempo seguiu com domínio sueco, mas sem lances claros de gol.
Na segunda etapa, a seleção do Canadá conseguiu equilibrar o jogo, mas sem efetividade. Eis que Sinclair vence a marcação e, após toque de Ilestedt, cai na área. A árbitra mandou seguir, mas o VAR chamou. Pênalti. Flemming foi para a bola. Bola para um lado, goleira para o outro: gol. Tudo igual no placar.
Depois do gol o Canadá cresceu. Bjorn salvou a Suécia em cima da linha. No fim foi a vez da canadense Buchanan salvar. O jogo seguiu truncado e se encaminhou para a prorrogação.
Na prorrogação, as equipes até que tentaram, mas o placar seguiu o mesmo. Hora de penalidades. A Suécia abriu a sequência com Asllani que acertou a trave. Do lado canadense, Flemming converteu. Bjorn converteu e a goleira Lindahl recolocou a Suécia na briga defendendo a cobrança de Lawrence. Schough virou para a equipe azul e amarela. Gilles foi para a batida e acertou a trave e Labbé defendeu a penalidade de Anna. Lindahl não fez por menos e defendeu a cobrança de Adriana Leon. Seger foi para a batida de ouro da Suécia, mas mandou por cima do gol, e Rose igualou para o Canadá.
Quanta emoção. Vieram as alternadas. Andersson foi para a batida que colocaria a mão da Suécia no ouro, mas a goleira Labbé defendeu. Coube a Julia Grosso a cobrança do ouro da seleção Rouge, e ela não desperdiçou! O lugar mais alto do pódio é do Canadá.
Fecharam o pódio as americanas que superaram as australianas por 4 a 3. Os gols dos Estados Unidos foram marcados por Carli Loyd, duas vezes, e por Megan Rapinoe, também duas vezes. Um dos gols de Rapinoe foi uma verdadeira pintura, um gol olímpico. Já pelo lado australiano marcaram Samantha Kerr, Foord e Gielnik.
Por Mariana Alves
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