É DA POLÍCIA? QUERO DENUNCIAR UM ASSALTO NO COUTO PEREIRA


Nesta sexta-feira (6), o Coritiba recebeu o Goiás, em partida válida pela 16ª rodada do Brasileirão – Série B. O jogo foi movimentado, com as duas equipes buscando a vitória para se manterem com vantagem no G4, mas o resultado ficou em 1×1 graças à arbitragem, que interferiu descaradamente no placar.

Foto: Coritiba

Quem me acompanha por aqui, sabe o quanto eu evito criar polêmicas com os profissionais do apito. Sendo beneficiado ou prejudicado, sempre respeito o trabalho dos árbitros e bandeirinhas, mas, dessa vez, não tem como passar em branco. O que aconteceu no estádio Couto Pereira nesta sexta foi vergonhoso, foi lamentável.

O VAR, que estará disponível a partir do segundo turno, ou seja, daqui há quatro rodadas, na teoria seria para melhorar, para ajudar a decidir lances como os que ocorreram, mas, a pergunta que fica é: Será que essa arbitragem brasileira da série B está preparada para tal ferramenta? De nada adianta contar com a tecnologia, se não saber utilizar de forma correta e coerente. O jeito é se preparar emocionalmente, porque jogos como este, pelo visto, serão frequentes.

O JOGO

A partida começou movimentada, com as equipes buscando o gol. A equipe goiana finalizou mais vezes, obrigando Wilson a trabalhar e contando com a sorte da trave ajudar o Coxa. Mal sabíamos que a tal sorte não estava nada favorável ao nosso lado.

Após pressão do Goiás, o Coritiba equilibrou a partida e assumiu a posse de bola. O lateral Natanael, novamente, fez uma brillhante atuação e quase marcou, obrigando o goleiro Tadeu a fazer uma boa defesa. Na reta final da primeira etapa, começou a saga com a arbitragem.

Aos 36 minutos, Igor Paixão ficou de frente para o gol, mas levou uma falta por trás do jogador adversário e mandou para fora. O atacante ficou caído, sentindo, e a arbitragem, que deveria ter assinalado pênalti no lance, além de penalizar com o cartão, marcou apenas tiro de meta.

Minutos depois, outro lance digno de assalto: Igor Paixão se livra da marcação e manda para o gol, mas a bandeirinha assinala impedimento, alegando que o atacante estava em posição irregular. Outro erro bizarro e criminoso dos donos do apito.

Um compilado de lances que prejudicaram o Verdão. Foto: InstaCoritiba

Veio o segundo tempo, e com ele, logo saiu outro gol, desta vez não anulado. Em cobrança de escanteio de Robinho, a defesa do Goiás tentou afastar, mas Castán pegou a sobra e ajeitou para o zagueiro Henrique, que mandou para o gol, marcando o primeiro tento “não anulado” da partida. Foi o primeiro de Henrique desde o seu retorno, e o 12º com a camisa alviverde. O último gol dele havia sido em 2007, pela decisão da série B na época, que deu o título ao Verdão.

Henrique comemora muito seu gol. Foto: Coritiba

O Coxa tentou ampliar, mas quem empatou foi o Goiás. Antes disso, novamente um lance polêmico: em um ataque alviverde, a bola bateu no braço de Nicolas e adivinhem? Nada de pênalti marcado. Na sequência, o time esmeraldino armou um contra-ataque e o próprio Nicolas acabou marcando um belo gol: 1×1.

O resultado se perdurou até o apito final. Um empate com gosto amargo, com gosto de roubo. O Coritiba não merecia sair deste duelo sem os três pontos. A equipe já havia sido prejudicada contra Botafogo, Londrina, e segue sendo operada sem anestesia. Mesmo em bom momento, com atuais 30 pontos e na segunda colocação, é revoltante. O que aconteceu deve ter punição, deve ser revisto.

O vice presidente do clube, Osíris Klamas, declarou em entrevista após o fim da partida:

“Nós queremos profissionais competentes, qualificados, e que simplesmente façam o seu trabalho sem atrapalhar. É inadmissível o que aconteceu no Couto Pereira. Estamos cansados de enviar ofícios reclamando destas atuações e recebendo a resposta de que os profissionais envolvidos iriam para a reciclagem”.

O próximo compromisso alviverde é contra a equipe do Brasil/RS, na quarta-feira (11), às 16h, no estádio Bento Freiras.

Seguimos, como sempre foi: Contra tudo e contra todos!

Por Viviane Mendes, coxa doida de coração – e indignada.

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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