PRIMEIRO OBJETIVO CONCLUÍDO COM SUCESSO


Brasil faz jogo protocolar, vence a Zâmbia por 1×0 e se classifica em segundo lugar no grupo F para enfrentar o Canadá

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino entrou em campo às 08h30 da manhã desta terça-feira (27), praticamente classificada para as quartas de final, precisando apenas administrar o resultado, e assim foi feito. Com um placar tímido de 1×0 e a goleada da Holanda em cima da China, as brasileiras encontraram o cenário ideal e enfrentam o Canadá na próxima etapa.

Com modificações no time, Pia Sundhage teve como titulares: Barbara; Rafaelle, Poliana, Letícia Santos, Jucinara; Formiga, Marta, Angelina, Andressa Alves; Ludmila, Bia Zaneratto.

Foi um jogo feio, é verdade. No início, pareceu que as equipes jogariam futebol e apresentariam uma boa partida, mas ficou só na primeira aparência mesmo. Com menos de 10 minutos do primeiro tempo, Ludmila sofreu uma falta na entrada da área e acabou se chocando com a goleira da Zâmbia. A princípio, a árbitra teve dúvida se o lance foi falta de ataque da jogadora brasileira, falta da jogadora da Zâmbia ou pênalti e o VAR foi acionado para confirmar a falta. Com o impacto da trombada, a goleira adversária precisou ser substituída e, pela regra, o cartão vermelho para a defensora foi aplicado. A falta foi cobrada de forma perfeita por Andressa Alves, que abriu o placar e fez o único gol do jogo. A meio-campista entrou para uma prateleira que era ocupada antes, de forma solitária, por sua esposa, a ex-jogadora Fran. Agora o casal ocupa o posto de únicas jogadoras a fazer um gol de falta pela Seleção Brasileira em Olimpíadas.

Foto: Sam Robles/CBF

Sem sua goleira titular, com uma a menos e sem muito o que perder, as zambianas entraram em um modo mais agressivo e faltoso, deixando a bola correr pouco e apelando para o jogo de corpo, obrigando as brasileiras a fazer um jogo mais lento e defensivo. Do lado brasileiro, Poliana e Bia Zaneratto precisaram ser substituídas após choques diretos de cabeça com jogadoras adversárias. A partida marcou também a estreia de Gio Queiroz pela Seleção Principal. A jogadora, que nasceu no Brasil, mas cresceu na Espanha e Estados Unidos, agora só poderá defender a camisa verde e amarela.

Desde o princípio, ficou claro que a estratégia da treinadora Pia Sundhage era não sobrecarregar suas jogadoras e cumprir com sua obrigação. Assim foi feito. Pode não ter sido lá um grande espetáculo de futebol ou um jogo que fez valer o tempo investido na audiência, mas foi um passo importante rumo ao objetivo inicial, que é o de disputar alguma medalha. O Brasil tem um time mais velho, mais técnico e queimar fichas em correria, em um jogo que já começou com o resultado favorável, era assumir um risco desnecessário.

Com a goleada de 9×2 da Holanda diante da China, o Brasil se classificou em segundo lugar no grupo, jogou a bucha de enfrentar os Estados Unidos para as holandesas e enfrenta as canadenses pela terceira vez no ano. O primeiro confronto, na She Believes Cup, foi favorável, e o segundo, nos amistosos pré-olímpicos, ficou no 0x0. 

A próxima partida acontece na sexta-feira (30), às 05 da manhã.

Por Vic Monteiro

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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