O São Paulo mantinha um tabu de quatro anos sem perder para o Flamengo, mas na tarde deste domingo, foi tudo por água abaixo. O time comandado por Hernán Crespo tomou 5 gols e conseguiu marcar apenas 1, no Maracanã, em partida válida pela 13ª rodada do Brasileirão.
O Tricolor não pôde contar com Léo, que cumpriu suspensão por ter levado três amarelos, Luan, que sofreu um trauma na perna esquerda, Éder, Luciano e William que se recuperam no departamento médico e Daniel Alves, que está com a Seleção Brasileira disputando as Olimpíadas de Tóquio.
Visando a partida contra o Vasco, no meio da semana, o comandante são-paulino entrou no jogo com Benítez e Rigoni no banco de reservas. Sendo assim o São Paulo entrou com: Volpi; Arboleda, Miranda e Bruno Alves; Igor Vinícius, Liziero, Nestor, Gabriel Sara e Welington; Vitor Bueno e Marquinhos.
Os dois times começaram bem e a primeira etapa deu sinal de que seria disputada e equilibrada. Os goleiros foram diversas vezes acionados e corresponderam às expectativas. Na segunda etapa, o zagueiro Arboleda abriu o placar aos 2’, e do nada o time são-paulino sofreu um apagão…
O Flamengo desceu para o ataque, empatou aos 24’, virou aos 27’ e ampliou aos 32’. Em menos de 10 minutos Bruno Henrique marcou três vezes e mudou a história do jogo, inexplicavelmente. Ainda deu tempo do Wellington marcar contra, 5×1.
CONFUSÃO E AMOR:
Desde que a comissão técnica Argentina desembarcou em São Paulo uma figura chama atenção de todos, o preparador físico e braço direito de Crespo, Alejandro Kohan.
Além do trabalho físico, é ele quem puxa as preleções, quem abraça os jogadores em cada derrota e também quem, muitas vezes, representa o torcedor. Nesta tarde não foi diferente. Aos 34’ da primeira etapa, Kohan tomou amarelo por reclamação, o argentino estava irritadíssimo. Aos 32’ do segundo tempo, novamente as atenções se voltaram para ele, desta vez, devido a uma confusão com um dos médicos cariocas.
Na súmula, o árbitro sinalizou que Márcio Tannure, do Flamengo, após um dos gols, fez “gestos acintosos e provocativos” em direção ao banco de reservas da equipe tricolor, também proferindo as seguintes palavras: “Fala muito, fala muito, fala agora”.
Apesar dos dois profissionais terem sido expulsos, apenas Kohan foi retirado do campo, pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE), a base de gravata. Uma polícia especializada em estádios, tratando um profissional como bandido. A cara do Rio do Janeiro, a cara do Flamengo.
Por Jéssica Gonçalves – SENTIMENTOS MOVIDOS POR UM IDEAL
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