Seleção brasileira enfrenta a Alemanha em sua estreia nos jogos de Tóquio
Depois de subir pela primeira vez no lugar mais alto do pódio nos jogos olímpicos em 2016, a seleção brasileira começa nesta quinta-feira (22), a sua caminhada na busca por mais um ouro olímpico. E quis o destino colocar frente a frente novamente Brasil x Alemanha. As duas seleções que se enfrentaram na final dos jogos no Rio de Janeiro em 2016, agora vão se encontrar na primeira rodada do grupo D em Tóquio. A partida está marcada para às 8h30 (Horário de Brasília) no Estádio Internacional de Yokohama.
O estádio traz ótimas lembranças para a seleção e todos os brasileiros, já que foi lá em 2002, que o Brasil se tornou pentacampeão do mundo justamente diante da Alemanha. Então, que as boas lembranças do passado possam nos trazer sorte.
Falando um pouco sobre a nossa seleção de futebol masculina em jogos olímpicos, o Brasil participou pela primeira vez em 1952 onde chegou até as quartas de final. E uma curiosidade é que em 121 anos em que o futebol é disputado nas olimpíadas, a seleção brasileira foi quem ganhou mais medalhas na história: três medalhas de prata (1984, 1988 e 2012), duas medalhas de bronze (1996 e 2008) e a tão sonhada medalha de ouro que demorou, mas finalmente chegou em 2016.
Nesta edição, pode se dizer que, a seleção brasileira é uma das favoritas, mas antes disso, teremos um longo caminho pela frente. Não será fácil e o adversário da estreia deixa isso muito claro.
Antes de chegar a Tóquio, Jardine teve bastante dor de cabeça em relação ao elenco. Com alguns jogadores vetados pelos clubes e outros que tiveram que ser cortados por conta de lesões, André Jardine teve que encontrar outras soluções até finalmente conseguir fechar o elenco com os 22 jogadores que vão representar o Brasil nas olimpíadas.
A seleção brasileira tem uma equipe bastante equilibrada e muito promissora com jogadores que mesmo sendo jovens tem bastante destaque em seus clubes, como é o caso de Renier (Borussia Dortmund), Claudinho (Bragantino) Paulinho (Bayer Leverkusen), Gabriel Martinelli (Arsenal), Douglas Luiz (Aston Villa), Matheus Cunha (Hertha Berlim) e de Richarlison que será um dos nomes importantes do Brasil nessas olimpíadas. O jogador que é sempre convocado pela seleção principal e também é destaque do Everton (ING), se juntou ao grupo após a disputa da Copa América. Outro destaque que chamou bastante atenção desde o momento que saiu a lista dos convocados foi o veterano Daniel Alves com 38 anos. Com vários títulos importantes na carreira, o jogador será o capitão que vai liderar o time dentro de campo, tendo a ajuda dos experientes Santos e Diego Carlos.
“Sou como o Benjamin Button. Vou de mais a menos. Poder estar aqui é muito especial para mim. Bati na trave duas vezes e, na terceira, aconteceu. Grato pela confiança e pelo trabalho feito em toda a carreira. Tenho o espírito muito jovem.” (…) “Por mais que tenha vivido coisas grandiosas e especiais, a primeira vez sempre tem o friozinho na barriga, o nervosismo bom, saudável. Espero estar à altura não só da competição, mas também da minha Seleção.” Disse Daniel Alves em entrevista antes da partida.
Antes de chegar até Tóquio no último sábado, a seleção terminou a sua preparação para as olimpíadas na Sérvia, onde venceu de virada os Emirados Árabes Unidos por 5 a 2. Nesse jogo o técnico André Jardine pôde observar alguns erros. O técnico só pôde começar a treinar com os 22 convocados no último domingo, depois das chegadas do atacante Malcom e do goleiro Brenno que havia ficado na Sérvia esperando a contraprova do exame da Covid-19 que deu negativo. Só assim Jardine pôde decidir sobre a sua equipe titular que vai a campo com:
Santos; Daniel Alves, Diego Carlos, Nino e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Richarlison, Matheus Cunha e Antony.
Na véspera da partida, a seleção brasileira foi até o Estádio de Yokohama onde fez o reconhecimento do gramado e depois retornou para o seu último treinamento antes do jogo. Daniel Alves e André Jardine foram os escolhidos para a entrevista e o técnico falou um pouco sobre a preparação do Brasil:
“A gente teve que aproveitar os poucos treinamentos com o grupo completo, a estratégia foi entrosar ao máximo a equipe que a gente acha ideal. É muito comum nesses torneios que as equipes que comecem não terminem o torneio. Acredito que nossa equipe vai se modificar durante a competição, encontrar outras variantes. Não nos preocupamos com isso, pelo contrário. Como treinador, tento desfrutar da qualidade e desse bom repertório de jogadores que a Seleção tem, para durante a competição surpreender e encontrar alternativas diferentes, melhores estratégias. Para esse jogo, optamos por uma formação que vai nos oferecer bastante força na frente, um poder grande de marcação, entendemos que é a formação ideal para esse primeiro jogo, contra a Alemanha.”
Por Jessica Martins colunista das Olimpíadas no Portal Mulheres em Campo
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.