NÃO É MILAGRE, É CLUBE ATLÉTICO MINEIRO


Saudações Atleticanas, 

Parece que as terças-feiras estão sendo os dias decisivos da Libertadores. E esta terça-feira (20), não foi diferente, tivemos logo uma decisão fortíssima contra o Boca Juniors no  Mineirão. 

Foi uma festa linda, só não foi mais linda, porque nós torcedores não estávamos lá, o que não impediu a massa de fazer um grande mosaico, talvez o maior já visto. Antes da partida ainda teve rua de fogo para receber o ônibus atleticano. Apoiaremos até o fim, somos o décimo segundo jogador em campo.

Vimos um Galo que buscava a vitória, chamava a responsabilidade para si, até por está jogando em casa, coisa que faltou na Argentina. O Galo poderia ter aberto o placar logo no início da partida, em um lance que tinha só o argentino Zaracho e o goleiro que acabou ficando com a bola. Faltava ao alvinegro manter a calma, respirar e organizar melhor a casinha.

No segundo tempo, os ânimos foram se esquentando, afinal ninguém queria sair perdendo. O Boca Juniors melhorou e mais uma vez o Galo ficou desesperado, no modo soneca. Os argentinos até abriram o placar com Weigandt após uma falha grotesca do goleiro atleticano, porém o lance foi checado pelo VAR e acabou sendo anulado. A partida acabou ficando 0x0, o que levava o seu desfecho aos pênaltis, que se torna lindo, desde que não seja com seu time.

Pênalti começou com Hulk errando, Rojo marcou, Nacho fez o dele. A estrela do questionado goleiro Everson resolveu se iluminar, na cobrança de Villa o atleticano fazia a sua primeira defesa. Alonso converteu, Everson, pegou, agora na batida de Rolón. Hyoran escorregou e acabou isolando a bola para cima. Izquierdoz em sua cobrança, também isolou. Com a estrela iluminada, Everson foi para a última cobrança, marcou e levou a sua equipe para as quartas de finais da Libertadores 2021.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O futebol tem às suas loucuras, de questionado à iluminado, em uma noite que nas arquibancadas tinha um mosaico de um santo, o São Victor do Horto,  vi um outro jogador se consagrar santo desta vez no Mineirão. Durante toda a disputa foi visto que o arqueiro colocava um terço na linha do gol. Em 2013 quando o treinador Cuca foi campeão ele estava com a sua camisa tão popular onde tem a imagem de uma santa logo na frente, talvez seja apenas um dejavu, porém mais uma vez vi um milagre acontecer.]

Foto: Pedro Souza / Atlético

Nas cobranças de pênalti eu já estava chorando, quando pequena eu ficava vendo os jogos da Liberta e ficava sonhando com um Galo x Boca. Era meu sonho futebolístico ver as duas torcidas na arquibancada, hoje tudo isso poderia ser possível, porém mais um sonho que a pandemia tirou. 

Chorei igual uma criança, ainda trêmula, coração acelerado, mãos quentes liguei para o meu pai que assim como eu é atleticano, e com a voz embargada, disse: ” Pai, o Galo vai me matar, eu não tenho mais coração pra isso”.  Ele me disse: ” Calma, tudo para o Galo é mais sofrido”. A minha parceira de coluna, Angélica Sheila, twittou: ” O Atlético tem sido uma das minhas alegrias, que me faz continuar viva! Te amo @Atletico”.

Nós atleticanos não éramos favoritos na partida de hoje, assim como foi em 2013. Se amanhã o nosso adversário for o River Plate também não seremos os favoritos. Tudo bem, afinal quem precisa ACREDITAR em algo, somos nós TORCEDORES. Muito obrigado CLUBE ATLÉTICO MINEIRO por todos os momentos que se fez presente em minha vida, tenho orgulho de ser mais uma ALVINEGRA entre tantas outras.

Ao goleiro, Everson, deixo o meu pedido de desculpas por tantas críticas. Você foi GIGANTE levando à sua equipe a uma decisão tão difícil, sinta-se aplaudido pela massa, que reverencia o seu nome. 

Deixemos a Libertadores e a classificação de lado para focar em um novo desafio, desta vez é no Brasileirão, contra uma equipe que vem crescendo para cima do alvinegro. No domingo (25), no mesmo Mineirão, enfrentaremos a equipe do Bahia com início às 11h. Torceremos juntos rumo a mais uma vitória. Avante meu Galo. 

Por Elluh Ferreira 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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