DERROTA EM CAMPO E PEDIDO DE APOIO


Após derrota contra o Remo, Rômulo e Sóbis falam sobre trabalho sério, voto de confiança da torcida e união no vestiário

Vamos de textão…

O Cruzeiro perdeu. Esse é o sétimo jogo sem vitória, com 4 empates e 3 derrotas. Essa coluna sempre manteve uma postura positiva e de apoio a todos que de alguma forma estivessem  envolvidos com o Cruzeiro, porém, o trem tá mais que feio, tá difícil engolir!  

Claro que em uma disputa alguém ganha e o outro perde. Acontece que essa realidade de sofrimento e todo dia uma fadiga diferente definitivamente não é o que o cruzeirense está acostumado. Não é questão de “estamos cansados”. Dói!!! 

Ter consciência que o jogador profissional busca sempre seu melhor desempenho, se entrega e quer vencer é evidente. Prefiro pensar que situações contrárias aconteçam apenas em casos extremos ou com pessoas de caráter duvidoso. Aliás, infelizmente, o torcedor Celeste acabou por conhecer gente da pior espécie nas gestões passadas.

Falei tudo isso para comentar a entrevista coletiva concedida após o jogo pelo técnico Mozart Santos e pelos jogadores Rômulo e Rafael Sóbis. 

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O que disse Mozart Santos?

A regra atual impede que o clube contrate novo comandante por já ter feito uma troca anterior. Apenas se  Mozart pedir demissão, o Cruzeiro terá direito a buscar outro treinador. Caso haja demissão, apenas alguém que já esteja dentro do clube poderá assumir o cargo. 

Questionado se ainda existe clima para continuar à frente do Maior de Minas, Mozart afirmou que tem clima sim e mantém ótima relação com os jogadores. Se vai permanecer ou não fica a cargo da diretoria. Falou ainda que pelo jogo desta terça-feira (20) acha ser possível reverter a sequência ruim. 

As perguntas sobre seguir no clube foram insistentes. Inclusive, até sobre ser mais digno ver que nada está dando certo e que ele não irá conseguir tirar o time dessa situação foi mencionado. Mozart rebateu  dizendo que seria muito fácil entregar o cargo e ir embora, mas isso não seria digno da parte dele, pois qualquer um faria isso. Afirmou também  que NÃO IRÁ FAZER ISSO por acreditar nos seus jogadores, no seu trabalho e que podem reverter.

É pessoal, seguiremos com Mozart Santos. Até quando não tem como prever. A pressão é grande e o técnico vive de resultado. Assim, gostando ou não do trabalho dele e de sua comissão técnica, o negócio é torcer por um resultado positivo! 

Rômulo e Sóbis

Rômulo abriu a entrevista deixando claro que os próprios jogadores quiseram ir à coletiva dar uma justificativa aos torcedores que amam o Cruzeiro e que nenhum deles gostaria de vivenciar a atual situação. Comentou sobre uma reunião durante a semana e uma outra após a derrota contra o Remo. Disse ainda, que o verdadeiro torcedor que tem apoiado o grupo pode ter certeza que lá dentro tem homens de verdade dispostos a dar a vida para fazer o clube voltar a ser o que sempre foi. 

Afirmou ser uma caminhada muito difícil, mas que precisa do empenho de todos, inclusive da torcida. Que dentro do grupo todos estão empenhados e unidos. 

“Quando viemos para o Cruzeiro, falo de uma forma geral, sabíamos de todas as dificuldades que iríamos encontrar pelo momento que o clube está passando, por tudo que aconteceu no passado e por essa lacuna tão grande que foi deixada aqui. Sabíamos que iríamos ter que remar muito com uma tempestade muito forte…claro que não é uma situação fácil…os torcedores tem todo direito de protestar, mas a gente se uniu há dois dias atrás (…) a nossa união no vestiário (…) a gente sentou e colocou tudo na mesa, que nosso desempenho tem que ser cada vez maior, que a gente tem que suar, que a gente tem que dar a vida por esse clube…” 

Foto: Reprodução Youtube Cruzeiro

Rômulo ainda garantiu que em pouco tempo, todos comemorarão juntos, abraçando a erguida do Cruzeiro. Que o grupo vai dar essa alegria ao torcedor a partir do próximo jogo. 

Já Rafael Sóbis foi questionado se há desgaste na relação entre a comissão técnica e os jogadores. O atacante disse não haver qualquer desgaste, elogiou o técnico Mozart por ser muito trabalhador e assumiu a parcela de culpa que cabe aos atletas.

“Nos jogadores estamos juntos com nosso treinador cientes que estamos devendo muito e que essa pressão também influencia…falar para o torcedor cruzeirense, do fundo do coração, que todo mundo está tentando fazer o maximo em todas as partes, que não fiquem escutando quem não quer o bem do Cruzeiro (…) e que acreditem na gente, nos mandem confiança, nos mande pensamento positivo. Esse é o grupo, não tem o que fazer. Mais do que nunca precisamos de todo mundo. Nós eatamos treinando, estamos trabalhando, estamos nos dedicando, estamos deixando de viver tudo na rua em prol do Cruzeiro. Quem tá aqui ama o Cruzeiro. Quem tá aqui dentro de acertos e erros procura fazer o melhor”. 

Bom, transcrevi quase todas as palavras dos dois atletas. Percebemos um pedido de apoio, de um voto de confiança. Afirmações de dedicação, de trabalho e união. Como falei anteriormente, é complicado aceitar tudo que vem acontecendo, mas não se pode tirar os méritos dos jogadores em falar. Muitas e muitas vezes tivemos omissão por parte dos atletas e não foi o caso desse jogo. Se vai dar certo ou não, “são outros 500”. Como torcedores realmente precisamos apoiar. Claro que o cenário não favorece em nada, mas ainda dá tempo de conseguir o acesso que é nosso objetivo. 

Essa semana até mesmo o goleiro Fábio respondeu um torcedor. Sinal que não há apatia. Existe incômodo, existe brio. Vamos então apoiar a quem pediu! 

Sobre o jogo

Cruzeiro e Remo se enfrentam nesta terça-feira (20), no estádio Baenão, na cidade de Belém (PA), às 19h, pela 13º rodada do Campeonato Brasileiro série B. Foi o reencontro do Cabuloso com o ex-técnico Felipe Conceição que agora comanda o Leão da Amazônia. 

O primeiro tempo não foi nada produtivo, sem chances reais de gols. Aos 22’, raro momento o adversário conseguiu espaço com Ennes que cruzou para Victor Andrade mandar de voleio no canto ângulo esquerdo sem qualquer chance de defesa do goleiro Fábio. Um golaço. Remo 1 a 0.

A etapa complementar também não foi nada boa, apesar da Raposa voltar mais ofensiva. Logo aos 3’ Rafael Sóbis perdeu grande oportunidade de empatar a partida.

Se com 11 jogadores a coisa já estava complicada, aos 25’ Matheus Barbosa foi expulso ao levar o segundo cartão amarelo. O jogador iria levar um chapéu do adversário, para tentar interceptar o cruzeirense levanta muito o joelho e acaba acertando.  O Cruzeiro teve mais posse de bola, mais escanteios, mais finalizações, mas não venceu. Com isso segue com apenas 11 pontos e está na zona de rebaixamento.

O próximo duelo Celeste será contra o Vila Nova-GO, no sábado (24), às 16h30, no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, na cidade de Goiânia (GO).

Por Sam Bella

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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