Na noite desta quarta-feira (7), o Colorado protagonizou mais uma noite de terror absoluto no Estádio Beira Rio. Recebeu a equipe do São Paulo e foi derrotado por 2 x 0, um resultado que ficou barato para o alvirrubro.
Futebol? Sobre isso não há um resquício no time do Internacional, qualquer coisa apresentada por quem entra em campo passa desesperadamente longe do que qualquer escolinha de futebol infantil seja capaz de ensinar.
O mesmo São Paulo, que não havia vencido ainda na competição e que não vencia no Beira Rio há meia década, abriu o placar aos 2’ numa falha bizarra e infinitamente infantil da zaga Colorada. O Tricolor chegou lá e não deu chances nenhuma para a defesa que se encontrava já em frangalhos.
A impressão que fica é de que o Inter sempre precisa que o apito inicial ocorra 30 minutos antes, para que até que o adversário entre em campo ele já esteja acordado o suficiente para aguentar os primeiros 5 minutos sem levar gols. sinceramente, aos 30’ de jogo, o Internacional já poderia estar levando 3 x 0 tranquilamente.
Uma linha de impedimento fez com que o Internacional não saísse goleado, pois humilhado já se encontrava antes do fim da primeira etapa.
Já tivemos elencos tecnicamente deficientes, com pouca qualidade individual, já jogamos com equipes pavorosas, mas hoje vemos desfilar em campo a dureza de uma equipe declaradamente fracassada. Não importa em que minuto do jogo saia o gol do adversário, não existe o mínimo poder de reação.
O Inter é um pandemônio, dentro e fora de campo, como se a energia e a alegria de qualquer um que entra no clube fosse sugada, fosse extraída…
O São Paulo não demorou para fazer o segundo gol na etapa complementar, um baita gol inclusive. O São Paulo deixou de devolver aquela goleada de 5×1, deixou porque quis ou pela infelicidade do desgaste de alguns jogadores.
Um emaranhado de confusões, de gente perdida dentro e à beira do gramado. Aguirre mal chegou, mas não pode não ter escolhas ruins sendo criticadas. Bruno chegou para ser zagueiro em uma equipe que não tem uma zaga sólida e em sua primeira oportunidade entra em campo como lateral. Estas são as coisas das quais há dificuldade de se compreender.
A entrevista pós jogo, os semblantes durante a partida, é o escancaro de ver o clube abraçando-se ao comodismo, o comodismo dentro de um caos de fracassos e quases.
Sobre “os sapos do Beira Rio”, há de se encontrar em que alicerce ou em que pedaço do gramado o Beira Rio se perdeu. O Gigante nunca escolheu adversário para amedrontar, mesmo sem torcida na última temporada, ainda assim se fez como sempre: GIGANTE E ASSUSTADOR, hoje no entanto assusta mais a si mesmo do que a qualquer adversário.
05 meses separam o Internacional que brigou pelo Campeonato Brasileiro do que hoje se candidata ferozmente a segunda divisão. O que aconteceu aqui?
Por Jéssica Salini
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres do Campo