Com gol de Régis Bugre vence o clássico campineiro, briga na parte de cima da tabela e afunda o rival na lanterna
A frase provocativa sempre usada após um clássico ou um feito por qualquer um dos times de Campinas expõe uma verdade: Campinas tem dono, e é o Guarani. O Bugre mantém a soberania em dérbis há 105 e em 2021 não pode mais ser ultrapassado pelo rival.
Com show de luzes, painel com torcida virtual, mosaico e bandeiras, o Guarani finalmente encarou o clássico como deve ser encarado. Com força quase máxima o Bugre dominou o primeiro tempo e poderia ter inaugurado o placar logo aos 50 segundos de jogo quando o zagueiro adversário salvou o chute de Júlio César praticamente em cima da linha.
Jogando na retranca, como era esperado, o adversário levou pouco perigo ao gol bugrino no segundo tempo e as melhores oportunidades eram da bola parada. Mas a noite estava destinada a ser do camisa 78. Regis estava com o espírito de dérbi, discutiu com os adversários, chamava a responsabilidade para si e buscava jogo. Às vezes até demais. A vontade era tanta que por vezes o jogador deixava de passar a bola para um companheiro melhor posicionado para tentar o gol.
Mas a garra foi premiada ainda no primeiro tempo. Nos minutos finais, o zagueiro Carlão, livre por conta da retranca, conseguiu avançar e deu o passe certeiro para Regis chutar e marcar. O gol do dérbi e seu nome na história do clássico.
Bem menos animado que o primeiro tempo, o segundo tempo mostrou uma equipe disposta a segurar o resultado. As substituições adversárias não surtiram efeito e Daniel Paulista, ciente da importância do resultado, preferiu ser precavido. Quando todo mundo esperava um Lucão do Break, ou Andrigo para tentar dar uma correria na lenta zaga, o técnico bugrino entrou com o zagueiro Titi, o volante Índio e o meio campista Ton, com a clara intenção de segurar mais a bola. Outro que entrou e cumpriu bem a função foi Matheus Souza.
Comportado taticamente, o Bugre conquistou justamente a vitória em um clássico que teve a devida importância estabelecida do começo ao fim. O dérbi nunca é mais um jogo. É sempre O jogo.
O Guarani volta a campo agora na próxima terça-feira, às 21h30, em Belém contra o Remo para permanecer na cola e quem sabe até sonhar com o G4.
Por Isabella de Vito
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.