Saudações Azulinas,
Olá meu povo, que bom mais uma vez poder estar aqui com vocês para falar do nosso querido Azulão do Mutange, mas, além disso, falar também do Estádio Rei Pelé, carinhosamente conhecido como Trapichão.
Ele, que como o próprio apelido já diz, está localizado no bairro do Trapiche da Barra, e sempre foi o maior estádio de Alagoas. Palco de muitos títulos importantes em nossa história, que estão marcados para sempre na memória e no coração de todo azulino.
Quem nunca se emocionou com seu time do coração nas arquibancadas do Rei Pelé, que atire a primeira pedra.
Fundado em 25 de Outubro de 1970, o estádio Rei Pelé foi assim batizado em homenagem ao jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que foi um dos principais jogadores na conquista do tricampeonato da Seleção Brasileira, naquele mesmo ano. Inclusive, foi em um jogo inaugural que contou com a participação do “ícone” brasileiro na época, que consta até hoje como o jogo com maior público já visto em toda a história do Trapichão.
Mas, vamos ao que interessa. Por ser o maior palco futebolístico do estado, é nele que estão registrados os melhores momentos de todo alagoano que curte o bom e velho futebol.
Além de sermos o Maior Campeão do estado de Alagoas, consta em nosso favor jogos importantes, tanto para a história do CSA, quanto para a história do futebol alagoano. Entre eles, estão os jogos da última edição da Conmebol em 1999, onde o CSA disputou a competição, chegando à final da mesma tendo um dos dois jogos disputados em Alagoas.
Naquele ano, o CSA enfrentou a equipe do Talleres (Argentina), e o primeiro jogo da final da Conmebol, atual Sul-Americana, foi no estádio Rei Pelé. Em 01 de Dezembro de 1999, com o público de 30 mil pessoas, o estado de Alagoas parou para ver o Azulão jogar. Como esperado, o time marujo fez o dever de casa bem feito, vencendo a partida por 4 a 2, sendo três gols de Missinho e um de Fábio Magrão.
Mesmo com o bom resultado obtido em casa, o CSA não conseguiu repetir o feito no jogo da volta em 08 de Dezembro de 1999, lá na Argentina, onde perdeu por 3 a 0, ficando com o vice-campeonato da competição. Apesar disto, é o único time nordestino a ter chegado a uma final de competição internacional.
Embora o torcedor rival se “gabe” por ter mais títulos conquistados no estádio, são 17 títulos alvirrubros, contra 16 azulinos, nós somos o que possuímos o titulo de maior importância para o futebol alagoano até o momento, e ele também foi conquistado no Rei Pelé.
No dia 21 de Outubro de 2017, data em que o estádio completou seus 47 anos, o time marujo teve o prazer de levantar a taça de Campeão Nacional da Série C do Campeonato Brasileiro. Título inédito no estado e de grande importância para o futebol local, que inclusive até hoje, quase quatro anos depois, nenhum outro conseguiu bater o feito azulino.
Claro que também temos momentos de tristezas, e que não foram poucos, mas foram eles que nos fizeram mais fortes e nos deram incentivo para melhorar.
Foi também no Rei Pelé que foram registrados os piores momentos da história do Centro Sportivo Alagoano, entre eles os dois rebaixamentos do clube à segunda divisão do estadual.
Porém, depois de anos penando para conseguirmos de volta “o nosso lugar ao sol”, somos o único clube brasileiro a conseguir o acesso consecutivo da Série D até a A, mas aí já é assunto para um outro texto.
É isso meu povo, como todos sabem, um time vive e sobrevive de títulos e história e disso não podemos reclamar. Mesmo com toda a má fase que enfrentamos, continuamos no topo do futebol estadual, tendo 40 títulos alagoanos e um nacional.
Os rivais até tentam, mas conseguir passar o Maior são outros quinhentos.
Avante Azulão!
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
