Imagine a seguinte situação: uma equipe de transmissão recebe a escalação oficial de uma partida entre Athletico e América Mineiro, pelo Brasileirão da Série A. Consta, nesta papeleta, que o camisa 11 do Athletico é o atleta Maycon Vinicius. Desavisados, narrador e comentarista chamam o meia atacante pelo nome que consta na papeleta, e mais que depressa, são corrigidos pelos torcedores que dizem: Maycon é o Nikão, é assim que conhecemos ele, é assim que ele é conhecido no meio futebolístico. Muito provavelmente, a equipe mais que depressa, corrigiria o erro grosseiro e seguiria a partida chamando o atleta de Nikão.
Pois me parece que, infelizmente, no futebol feminino as coisas não são bem assim. Não é a primeira transmissão que as equipes insistem em chamar as atletas pelo nome “fornecido pelos clubes”, sendo que o próprio clube divulga a escalação com os nomes e apelidos corretos das atletas em suas redes sociais.
Nossa, Dai, mas por que isso é tão importante?
Simplesmente porque além do futebol feminino merecer o mesmo respeito na divulgação de informações corretas nas transmissões, que o futebol masculino, estamos vivendo um processo de identificação com nosso time feminino. E para criarmos efetivamente essa identificação, é muito importante sabermos os nomes corretos de cada atleta.
Em consulta à súmula do jogo, é possível verificar que os nomes informados pelo clube não são os mesmos postados em suas redes sociais na divulgação da escalação, Então fica o recado também para o clube ter mais atenção com esse ponto e também para colocar o nome das Gurias nas respectivas camisas, assim como coloca nas camisas do time masculino.
O JOGO
A partida foi válida pela quarta rodada da fase de grupos do Brasileiro Feminino A2, e o Furacão enfrentou o time do América Mineiro, no CAT do CAJU.
A técnica Rosana entrou em campo com a mesma equipe que venceu o Brasil de Farroupilha pelo placar de 6 a 0 na última rodada: Renata, Piri, Bia, Nayara, Rafa Vargas, Tainá, Lelê, Juliana, Joyce, Milena e Kim Campos.
A partida não foi lá aquele primor, e no primeiro tempo as equipes apenas se estudaram, sem que tivesse grandes chances tanto para as Gurias Furacão quanto para as Spartanas.
O gol veio no segundo tempo, quando Milena driblou pela direita, levou a bola até a linha de fundo e cruzou no segundo pau. Miúda pulou alto, cabeceou para o meio da área, encontrando Kim Campos de frente para o gol e mandando a bola para o fundo das redes.
Com 4 gols em 4 jogos, Kim Campos é nossa artilheira até o momento no Brasileiro A2 desta edição, igualando à marca de Milena que foi a artilheira da edição passada.
A partida terminou em 1 a 0 para as Gurias, o que garante, desde já, a classificação da equipe para as oitavas de final da competição. É importante vencer a próxima partida, que acontece contra a Ponte Preta, para manter as chances de ficar em primeiro lugar no grupo F.
Pra cima, Gurias!
Por Daiane Luz
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não representam, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
