Santos perde fora de casa e vê vaga às oitavas se distanciar um pouco mais
Na noite desta terça-feira (18), em partida válida pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores, o Santos enfrentou o The Strongest, em La Paz, na Bolívia. Paz só no nome da cidade mesmo, porque na vida do santista, este é um sentimento quase inexistente principalmente diante da atuação pífia desta defesa. Deus, na próxima vida, por favor, me faz vir apaixonada por ping pong.
O adversário, que na partida de ida tomou cinco, mostrou que vingança é um peixe se come frio, e só não fez cinco porque não quis. A derrota por 2×1 ainda saiu barata.
Com Fernando Diniz suspenso, o comando santista ficou por conta do auxiliar Márcio Araújo, e quero deixar registrado que simplesmente detestei o trabalho do ser. Dito isto, vamos ao jogo: time previsível, não tem muito para inventar e para honra e glória do Senhor, Luiz Felipe não estava entre os onze, preparei minha dose de ilusão e fui.
Os primeiros minutos já mostravam que a noite seria tensa, até me preparei para a tal falta de ar (e pique) que viria, mas esperava ela lá pelo segundo tempo. Doce engano. Mais perdido que cego em tiroteio, a defesa abriu espaço para Reinoso marcar o primeiro gol dos donos da casa com 15’ de bola rolando. Às vezes, acho que o universo não vai muito com a minha cara. Três minutos depois, Jean Mota arrancou suspiros fazendo o goleiro trabalhar todo para impedir o gol de empate.
Poucos minutos depois, saiu o segundo gol adversário, em outra falha da defesa, Willie mandou da entrada da área, e João Paulo, que deu razão à minha paixão por goleiros esta noite, não pôde fazer muito além de ir buscar a bola no fundo das redes.
Aos 25 minutos, Castillo recebeu o segundo amarelo por falta em Kaio Jorge. Com um a mais, esperava uma reação do time praiano. Posso dizer que estou esperando até agora, iludida que sou. Apesar das inúmeras tentativas santistas, estava mais fácil sair o terceiro deles do que o primeiro nosso.
Segunda etapa com mudanças na escalação, saíram Kaiky e Gabriel Pirani para entrar Copete e Marcos Leonardo. Parece que a ideia é atacar! A ideia ficou mais na teoria que na prática. Até que, com 19 minutos, alguém lá de cima ouviu meu apelo e Felipe Jonatan marcou um golaço, que poderia perfeitamente valer por dois… Um gol para minimizar a noite horrenda e deprimente. Não foi possível reagir, nem esboçar qualquer preocupação ao adversário. As alterações feitas pelo senhor Márcio também não surtiram efeito. Enfim, o glorioso som do apito final. E a classificação fica um pouco mais longe agora.
Na última rodada, o Alvinegro Praiano enfrenta o Barcelona de Guayaquil, no Equador, às 21h (de Brasília) na próxima quarta-feira (26). A situação santista é a seguinte: com seis pontos conquistados ocupa a segunda posição do grupo, atrás do Barcelona com nove (que joga nesta quarta, 19, contra o Boca) e empatado com Boca Juniors e o próprio The Strongest. Para passar à próxima fase, precisa vencer o próximo jogo e contar com uma combinação de resultados ou um milagre mesmo. A esperança é a única que morre, seguimos.
Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.
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